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Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019

Autora: Amanda Reis
Superintendente executivo: José Cechin

A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Julho 2021
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A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças. E é exatamente esse o objetivo do nosso Texto para Discussão n° 82 “Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019”.

A publicação analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e comparou informações das edições 2019 e 2013, notando-se que a publicação da pesquisa é bem recente. Com isso, busca descrever a prevalência de hábitos alimentares e estilo de vida de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil de acordo com características sociodemográficas das duas edições da pesquisa.

O estudo apresenta detalhes relacionados aos hábitos alimentares, atividade física e sedentarismo, consumo de álcool e tabagismo, entre outros, e ressalta que muitas doenças podem ser evitadas com prevenção primária de riscos como excesso de peso ou obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares ruins e alcoolismo, por exemplo.

Os resultados mostram dados positivos e negativos sobre os hábitos dos beneficiários planos de saúde. Vale destacar, por exemplo, o aumento do percentual de pessoas com consumo regular de frutas, que foi de 55% em 2013 para 60% em 2019. Além disso, caiu o percentual daqueles que consomem alimentos doces, 25,5% contra 16,8%, e de carne vermelha, 35,2% para 28,8%.

Por outro lado, aumentou a prevalência do consumo de bebidas alcóolicas entre os beneficiários residentes nas capitais, indo de 46,3% para 53,3%. Já nas faixas etárias, houve avanço de 48,8% para 55% entre 19 e 59 anos, e de 32% para 38% para aqueles acima de 60 anos.

Ações voltadas para a promoção e prevenção à saúde buscam reduzir a ocorrência de doenças, a mortalidade e combater o aumento da frequência de fatores de risco envolvendo a saúde dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito fatores de risco representam 61% das mortes cardiovasculares (consumo de álcool, uso de tabaco, pressão alta, alto índice de massa corporal, níveis elevados de colesterol, altos níveis de glicemia, baixa ingestão de frutas e vegetais e inatividade física).

A pesquisa utiliza os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, pesquisa mais recente disponível. A PNS é um inquérito domiciliar realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde (Fiocruz).

Acesse aqui a íntegra da publicação. Continuaremos repercutindo os dados nos próximos dias.

Junho 2021
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Como falamos frequentemente, todo o setor de saúde teve que se adaptar e reinventar em função das demandas específicas da pandemia do novo Coronavírus. Não só no Brasil. Ao mesmo tempo em que se lida com as demandas dos pacientes infectados, é necessário manter a assistência aos doentes crônicos e agudos, incluindo aqueles em isolamento social.

E esse processo todo também serviu de catalisador de uma série de práticas, como do avanço da Telessaúde e outros aspectos. Diante deste cenário, faz-se necessária uma reflexão sobre quais lições podem ser extraídas para o setor de saúde no Brasil e no mundo.

Para responder à Covid-19, instituições ao longo de toda a cadeia de valor de saúde foram forçadas a experimentar e colaborar entre os elos para trazer respostas rápidas no enfrentamento da crise. Portanto, o futuro do setor de saúde irá demandar profissionais altamente especializados e ao mesmo tempo muito flexíveis, capazes de lidar com as ambiguidades de um sistema de saúde cada vez mais complexo, integrado e tecnológico.

É com isso em mente que a Iniciativa FIS (Fórum Inovação Saúde) irá debater o “Impacto da Globalização no Futuro da Saúde Mundial”. O encontro promete abordar os efeitos ocasionados por esse processo em todo o mundo, o que esperar das transformações geradas pela pandemia nas cadeias de pesquisa, tecnologia e integração. Ou ainda se existirá, no futuro, a transnacionalização de doenças transmissíveis, como a Covid-19.

Para isso, estão confirmados os seguintes debatedores: Embaixador Eduardo Prisco, Chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Rio de Janeiro; Denise Garrett, Vice-Presidente do Sabin Vaccine Institute; Mansueto Almeida, Economista-chefe do BTG Pactual; e Jarbas Barbosa, Vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. A moderação é de Josier Vilar, Presidente da Iniciativa FIS.

O debate gratuito acontece nesta sexta-feira, 18 de junho, a partir das 15h. Acesse agora e veja como participar.

Junho 2021
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Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é difícil. Mesmo que a mudança seja extremamente necessária e tenha grande impacto na nossa vida. Mudar o nosso comportamento é um desafio como poucos iguais. Falamos de mudanças que se sustentam a longo prazo.

Quer a mudança envolva a adoção de uma dieta saudável, prática de exercícios ou uma série de outras coisas. Não é fácil mudar velhos hábitos, mas novas tecnologias, como análise de big data e inteligência artificial (IA), ajudam a identificar esses padrões e a promover ações preventivas que salvam vidas.

Afinal, padrões de comportamento contribuem com até a metade dos riscos de mortes prematuras e incapacidades provocadas por doenças. A questão é objeto de estudo da gestão da saúde populacional, que busca entender quais fatores influenciam a saúde em segmentos específicos como Estados, municípios ou empresas.

Esse conhecimento auxilia a tomada de decisões que vão desde a caminhada de meia hora por dia ao desenho de políticas que afetam milhões de pessoas. E a saúde tem que se mudar e se adaptar ao novo momento sob o risco de não conseguir garantir a sua perenidade.

É por isso que o setor tem valorizado cada vez mais estratégias preventivas, como apontou reportagem publicado no jornal Valor Econômico que utiliza de dados de nossa pesquisa para ilustrar. A publicação lembra que, anualmente, R$ 28 bilhões são desperdiçados com fraudes e procedimentos desnecessários no Brasil.

Como 70% dos beneficiários de serviços privados estão entre os planos coletivos empresariais, isso coloca as empresas sob pressão de custos crescentes, que incluem a alta inflação médica e o aumento das doenças degenerativas. “Nesse cenário, a gestão da saúde populacional pode contribuir com os setores público e privado, beneficiando não somente pessoas saudáveis, como também pacientes agudos e crônicos”, reforça a reportagem.

“Há uma explosão de startups que nasceram com o olhar da atenção primária em saúde, para evitar o modelo hospitalocêntrico e empoderar o usuário”, comenta o médico-cirurgião Ricardo Ramos, presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), para a reportagem.  “Grandes empresas e operadoras também estão se movendo nessa direção.” O especialista defende uma agenda de incentivo ao aumento da eficiência, com ações de combate às fraudes, coparticipação na gestão de risco populacional e análise de custo-efetividade.

Acesse aqui a reportagem do Jornal Valor Econômico na íntegra.

Junho 2021
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Quem nos acompanha há um tempo, sabe que um dos temas que mais comentamos é sobre os modelos de remuneração no setor de saúde suplementar e a busca de valor para o paciente. A questão é crucial para o desenvolvimento do segmento e evita desperdícios e fraudes em toda a cadeia. Afinal, como já falamos aqui e em diversas outras oportunidades – em nossa Área Temática você pode ver todas rapidamente –, o fee-for-service, o modelo de pagamento mais adotado no Brasil, premia o desperdício ao remunerar por serviço executado e não por desfecho clínico. 

Vale lembrar os dados da nossa publicação “Impacto das fraudes e dos desperdícios sobre gastos da Saúde Suplementar”. O estudo mostra que, só em 2017, quase R$28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do País com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários.

Esse, aliás, foi o tema do nosso Seminário “360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras” , em que houve a entrega da última edição do Prêmio IESS. É importante ver, portanto, que o setor tem se movimentado cada vez mais sobre a questão. 

Na chamada “Era Covid”, a necessidade de isolamento fez com que as pessoas deixassem para depois a ida ao médico, inclusive, para cuidar dos olhos. Com o diagnóstico tardio, as doenças crônicas oftalmológicas se agravaram. 

Por conta dessas complicações, é importante que medidas sejam adotadas por gestores e profissionais de saúde para minimizar o impacto da pandemia na saúde ocular dos pacientes. Por isso, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE) realiza hoje a live “Saúde Ocular baseada em valor: A Jornada do Paciente na Era Covid-19”, a partir das 16h. 

Com participação de José Cechin, nosso superintendente executivo, o debate também contará com a presença de Reinaldo Ramalho, Consultor de Gestão Regulatória na Saúde Suplementar do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO); e Vanessa Pirolo, Coordenadora de Advocacy da ADJ Diabetes Brasil e escritora do livro Doenças Crônicas – Saiba como Prevenir. A moderação é de Martha Oliveira, CEO da Laços Saúde e da Design Saúde, além de ex-CEO da ANAHP.

Saiba como participar gratuitamente por meio do link 

Março 2021
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O Brasil está correndo contra o tempo na luta contra a covid-19. A prioridade é vacinar o maior número possível de pessoas para conter a transmissão de novas variantes do Coronavírus, mas não faltam obstáculos, e o principal é a falta de vacinas. Os contratos firmados até o momento preveem a entrega de 300 milhões de doses de vacina ao longo de 2021 – menos do que seria necessário para garantir a administração das duas doses para a população acima de 18 anos.

Em um cenário desfavorável, com média móvel de mortes acima das 1.000 pessoas por dia há mais de 30 dias consecutivos, os profissionais de saúde enfrentam o desafio de vacinar e de convencer a população a seguir adotando as medidas de proteção: uso de máscaras, higienização regular das mãos e distanciamento físico.

Claro que é imprescindível convencer as pessoas a se vacinarem, mas também é igualmente necessário explicar os limites das vacinas. Ou seja, é importante que se tenha campanhas extremamente intensas sobre a necessidade de vacinação, mas que também mostrem a necessidade de se manter as medidas de proteção, em especial com o baixo ritmo da imunização. 

“Este é o momento que considero como sendo o mais preocupante da pandemia. Temos o aumento da transmissão em muitas cidades. Isso é mais notável na região Norte, mas ocorre em outras regiões também. E, mesmo com a alta da transmissão, há redução das medidas de controle em várias localidades. Isso leva a uma sobrecarga dos serviços de saúde que lidam com o aumento dos casos de covid-19 e demais agravos”, alertou o Dr. André Siqueira, infectologista e pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia (INI) Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, em entrevista ao Portal Medscape.

Segundo ele, ainda não há uma estimativa do percentual da população que será vacinado este ano. “Com o aumento da transmissão, precisamos intensificar as ações de controle. Estamos vendo a situação do Reino Unido, que apesar do lockdown já extenso, tem maiores números de mortes diárias. E eles têm uma velocidade de vacinação bem maior do que a nossa”, aponta.

O portal ainda consultou outros especialistas no assunto para reforçar a necessidade de medidas de prevenção nesse momento. Confira aqui a reportagem na íntegra. 

Fevereiro 2021
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Desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil já contabilizou cerca de 10 milhões de casos e mais de 240 mil óbitos por Covid-19. Nos últimos dias, o aumento expressivo nas médias móveis diárias fez com que o setor tivesse que, novamente, se reinventar e reativar protocolos, rotinas e práticas, que foram criados, ainda no ano passado, para conter os avanços da doença.

Se você já leu nosso “Painel Odontológico entre 2014 e 2019” – disponível aqui – já sabe que em junho de 2020, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio da Resolução 226, regulamentou o exercício da profissão a distância e autorizou a prática do telemonitoramento e da teleorientação por um cirurgião-dentista em caráter de exceção.

Por envolver muita proximidade entre o paciente e o dentista, uma consulta odontológica acaba oferecendo alguns riscos à saúde tanto do profissional quanto da pessoa que está sendo atendida. Nesse período, a teleodontologia surge como uma novidade capaz de proporcionar qualidade e segurança, sem perder o foco no paciente e no atendimento a quem precisa.

Na prática, viu-se que essa inovação não deve ser realizada de forma indiscriminada, nem substitui a relação presencial dentista-paciente, mas permite ao profissional ter um primeiro contato; prestar a orientação sobre o que pode estar acontecendo; transmitir acolhimento e confiança; acompanhar o paciente em tratamento no intervalo entre consultas e, se necessário, realizar um questionário pré-clínico para encaminhá-lo no momento certo para o atendimento presencial, já lhe fornecendo os dados da clínica e antecipando a preparação para receber o caso. O novo formato restringe serviços como a realização de diagnósticos, a elaboração de planos de tratamentos e prescrições.

Assim como as já conhecidas consultas por telemedicina, essa ferramenta – algo difícil de imaginar em outros tempos – tem evitado deslocamentos desnecessários e exposição ao risco da contaminação, além de apresentar mais uma possibilidade versátil por meio da tecnologia.

Embora a resolução tenha caráter extraordinário e temporário, acredita-se que muitos profissionais continuem utilizando dessa nova forma de atendimento. Nós continuaremos avaliando os benefícios dessa e de outras inovações, a satisfação do paciente e seus impactos, para que novas práticas surjam como complemento do exercício da odontologia. Por isso, não deixe de nos acompanhar!

Ah, não custa lembrar, acesse aqui o Painel Odontológico entre 2014 e 2019 na íntegra.

Fevereiro 2021
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Se você tivesse que responder qual o foco dos profissionais de odontologia, o que você diria? Para muitas pessoas, ainda não está claro que a saúde bucal não é a única preocupação desses especialistas, mas também manter o pleno estado de saúde do paciente. Esse é o conceito do que chamamos de odontologia sistêmica e integrativa, que observa de maneira mais profunda os sinais e problemas do paciente, de forma individual e de acordo com suas necessidades, a partir de uma visão multidisciplinar e mais humanizada.

Saúde bucal e saúde do indivíduo como um todo estão fortemente relacionadas. Mas, apesar disso, pouco se discute sobre esta inter-relação. Essa nova modalidade se expandiu e ganhou força após a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares pelo Ministério da Saúde, em maio de 2006. Em junho de 2008, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) também regulamentou outras práticas integrativas, como acupuntura, fitoterapia, hipnose, homeopatia, terapia floral e laserterapia. Liberando assim, dentistas para incluí-las em seu atendimento.

Algumas doenças sistêmicas aumentam a incidência de lesões na mucosa oral, de cárie e de doença periodontal. Por isso, pacientes portadores de diabetes, osteoporose, doenças autoimunes, síndromes diversas ou deficiências vitamínicas devem ter um cuidado mais especial com sua saúde bucal. Da mesma maneira, pacientes que fazem uso de certos medicamentos, como os quimioterápicos, que possuem hábitos alimentares inadequados ou são tabagistas, necessitam de cuidados que reduzam o risco de desenvolverem alterações na cavidade oral.

Por que integrar medicina e odontologia?

A implementação dessas estratégias integradas em saúde é fundamental para a reordenação do modelo assistencial, priorizando o desenvolvimento de ações de prevenção junto à comunidade e a construção de relações permanentes entre os profissionais da saúde e a população assistida.

Segundo dados da nossa recente publicação “Painel de Odontologia entre 2014 e 2019”, o Brasil é o país com o maior número (330 mil) de dentistas do mundo, o equivalente a 20% da quantidade total desses profissionais. Em 2019, um milhão de pessoas passaram a ter plano odontológico, um crescimento de 4,1% em 12 meses. Ao todo, são 25,8 milhões de beneficiários em todo o país.

Os números acima justificam o porquê a odontologia deve estar associada a esse processo de cuidado coordenado. De outra forma, há o risco de o indivíduo contar com assistência médica, mas descuidar da saúde bucal, comprometendo o plano de cuidado, podendo deflagrar outras doenças e agravar o quadro clínico.

Acesse aqui o Painel Odontológico entre 2014 e 2019 na íntegra.

Você também pode assistir ao nosso webinar sobre o tema abaixo ou acessando aqui.