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Fevereiro 2021
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Os benefícios oferecidos aos trabalhadores são fundamentais na estratégia de gestão de pessoas e são diferenciais para o sucesso das empresas. Já faz um bom tempo que as pessoas buscam em um emprego mais do que apenas uma remuneração adequada ou acima da média do mercado. Por isso, é fundamental que as empresas conheçam e saibam sobre a importância de se implementar auxílios, como os planos odontológicos a seus colaboradores.

Uma pesquisa sobre benefícios da Willis Towers Watson, que contou com a participação de 194 empresas nacionais e multinacionais demonstraram que, em 2012, o plano odontológico era o 4º item mais prevalente (presente em 89% das empresas) numa lista de 13 itens – atrás apenas do plano médico-hospitalar, seguro de vida e auxílio-refeição. Já num outro inquérito, com dados da pesquisa AON 2016/2017, visualizou-se que das 536 empresas participantes, 92,4% concediam o plano odontológico, atrás dos planos médico-hospitalares (99,8%) e do seguro de vida (94,0%).

Se por um lado o profissional se tornou mais exigente, por outro as organizações também passaram a entender as vantagens alcançadas ao investir na qualidade de vida e bem-estar do colaborador, já que isso significa um aumento de produtividade. O benefício odontológico se torna, portanto, uma forma de prevenir doenças, gerar bem-estar, reter talentos, reduzir o absenteísmo e melhorar a produtividade, sendo um ponto positivo tanto para os colaboradores quanto para as empresas.

Segundo nossa recente publicação “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”, a exemplo do que acontece com os planos médico-hospitalares, os coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores) respondem pela maior parte dos vínculos exclusivamente odontológicos: eram 18,4 milhões ou 73,4% do total em 2019. No período de 2000 a 2019, também são os que mais cresceram em número de beneficiários: de 698,7 mil para 18,4 milhões (aumento de 17,7 milhões de beneficiários ou 26 vezes mais).

E os números não param de crescer. Ainda no mesmo período, os planos individuais/familiares passaram de 291 mil para 4,3 milhões beneficiários (crescimento de 4 milhões de vínculos ou 15 vezes mais) e os planos coletivos por adesão passaram de 434 mil para 2,4 milhões de beneficiários (aumento de 1,9 milhão de beneficiários ou 5 vezes mais). Os dados também são da publicação e podem ser consultados na íntegra aqui.

Como você pôde observar, grande parte dessa expansão em planos coletivos empresariais é justificado pela ampliação dos planos odontológicos aos beneficiários de empresas de pequeno e médio porte (antes, centralizadas em grandes corporações), que começam a entender a importância dos benefícios como uma estratégia.

Fevereiro 2021
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Recentemente, divulgamos a publicação “Painel Odontológico entre 2014 e 2019”, com o objetivo de contribuir com a disseminação de dados de assistência à saúde, observar o panorama da odontologia suplementar e a evolução dos procedimentos e das despesas assistenciais odontológicas neste período. Você pode ver aqui um pouco mais sobre o relatório.

A partir deste documento é possível criar um panorama do perfil dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, por meio de análises detalhadas sobre:

- Sexo: o crescimento dos beneficiários segundo sexo foi praticamente igual entre dezembro de 2000 e 2019. Em 2000 havia 1,32 milhão de beneficiários do sexo masculino (50,6% do total de beneficiários) e 1,29 milhão do gênero feminino (49,4%). Em 2019, o número de homens foi de 12,6 milhões (48,9% do total) e de mulheres foi de 13,2 milhões (51,1%).

- Tipo de contratação: os planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos como benefício pelas empresas aos seus colaboradores) foram os que mais aumentaram o número de beneficiários entre 2000 e 2019. Nesse período, havia 698,7 mil beneficiários em 2000 e 18,4 milhões em 2019 (aumento de 17,7 milhões de beneficiários ou 26 vezes mais). No mesmo período os planos individuais/familiares passaram de 291 mil para 4,3 milhões beneficiários (crescimento de 4 milhões de vínculos ou 15 vezes mais) e os planos coletivos por adesão foram de 434 mil para 2,4 milhões de vidas (aumento de 1,9 milhão ou 5 vezes mais).

- Faixa etária: verificou-se que entre os anos de 2000 e 2019, a faixa etária de 0 a 19 anos saltou de 725 mil para 5,3 milhões de beneficiários, entre 20 e 59 anos passou de 1,5 milhão para 17,9 milhões e a faixa de 60 anos ou mais foi de 75,1 mil para 1,8 milhão.

- Estado e Região: o estudo demonstra que assim como acontece com os planos médico-hospitalares, a maior parte dos vínculos se concentra no Sudeste do País. Juntos, os três Estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) possuem 13,8 milhões de beneficiários (ou 56,9%).

- Escolaridade*: 23% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos tinham o ensino fundamental (completo ou incompleto), 34% contam com ensino médio (completo ou incompleto), 29,9% possuem ensino superior (completo ou incompleto) e 7,4% declararam não ter instrução.

- Raça/cor*: 54,8% dos entrevistados com planos de assistência odontológico se autodeclararam como da cor/raça branca, 34,8% como pardo e 9,1% como preto. Outras cores/raças somavam 1,2%.

- Avaliação do estado de saúde*: 85,6% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos declararam que sua saúde estava boa ou muito boa, 13,0% como regular e 1,4% como ruim ou muito ruim.

Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente para a saúde suplementar e exclusiva para beneficiários de planos odontológicos entre os anos de 2014 a 2019. A publicação pode ser acessada na íntegra aqui.

 O “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019” também foi destaque no Revista Novo Tempo. José Cechin, superintendente executivo, destacou o crescimento do setor e dos procedimentos realizados nos últimos anos. Assista abaixo.

 *Alguns dados do perfil dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, como da escolaridade, raça/cor e autoavaliação do estado de saúde, são descobertos somente em pesquisas populacionais. Então, extraiu-se os microdados do inquérito populacional mais recente, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), com dados de 2013, para encontrar essas informações.

Fevereiro 2021
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O setor de planos privados de assistência exclusivamente odontológica supera seus números a cada ano e isso demonstra a importância da saúde bucal para os brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância desse segmento, de acordo com o “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”, que acabamos de publicar, em 2019 foram realizados 183 milhões de procedimentos odontológicos, ultrapassando a marca de R$ 3 bilhões com assistência. No período, o setor passou a contar com mais de 25 milhões de beneficiários.

No intervalo entre 2014 a 2019, as ações preventivas foram as que apresentaram o maior crescimento: passaram de 47,2 milhões (32,9% do total) em 2014 para 80,8 milhões (44,2% do total) em 2019. Dentre as principais ações de prevenção estão aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada (35,4 milhões); atividades educativas individuais (15,5 milhões) e selantes por elemento dentário em menores de 12 anos de idade (660,7 mil).

Os resultados positivos são animadores, pois demonstram que o setor prioriza, educa e realiza ações de conscientização dos seus beneficiários sobre a prevenção de doenças. O segmento tem crescido a passos largos nos últimos anos com a ampliação da rede de atendimento, o aumento do interesse dos canais de distribuição (como corretores e consultorias de benefícios) e das empresas em ofertar aos seus colaboradores, além de contar com preços acessíveis.

Nos próximos dias seguiremos apresentando outros dados do “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”. Além do volume da produção assistencial e das despesas no período, o relatório apresenta um panorama da assistência odontológica no país e da satisfação dos beneficiários desses planos.

O estudo completo pode ser acessado em http://bit.ly/EspeciaisIESS

Novembro 2019
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Do mesmo modo que o câncer de mama é o que mais afeta as mulheres após o câncer de pele não melanoma, o tumor na próstata é mais frequente entre os homens. O que justifica a força que vem ganhando a campanha Novembro Azul – inspirada no Outubro Rosa, que comentamos aqui

De acordo com dados do Mapa Assistencial, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o total de internações relacionadas e essa ocorrência cresceu 28,6% entre 2016 e 2018. Foram 11,4 mil internações em 2016 e 14,7 mil no ano passado. Além disso, também tem avançado o número de consultas com proctologistas, o especialista que normalmente é procurado quando alguma anomalia na região é encontrada. No mesmo período, o total de consultas com esses profissionais subiu de 878,4 mil para 937,9 mil. Alta de 6,8%. Isso apenas na saúde suplementar.  

De acordo com a pesquisa IESS/Ibope, como comentamos aqui, o exame de próstata é proporcionalmente mais procurado por beneficiários de planos de saúde. Enquanto 31% dos beneficiários com mais de 50 anos realizaram o exame no último ano, apenas 19% dos não beneficiários fizeram o mesmo. Vale destacar que, segundo estimativas do Ministério da Saúde, espera-se detectar pouco mais de 68 mil casos da doença este ano.  

O exame é recomendado uma vez por ano para homens com 50 anos ou mais e que não têm nenhum fator de risco, como parentes de primeiro grau que já tiveram a doença. Nesse caso, o exame é recomendado a partir dos 45 anos. Além disso, como o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, o médico pode julgar necessário reduzir o período entre exames.  

Apesar de ser possível detectar alterações na próstata por meio de exames de sangue para medir o PSA, o exame de toque continua sendo o mais confiável e o diagnóstico só é confirmado após a biópsia. 

O Ministério da Saúde destaca, ainda, que a doença costuma ser silenciosa, mas há alguns sinais aos quais os homens devem ficar atentos: 

• Dificuldade de urinar 

• Demora em começar e terminar de urinar 

• Sangue na urina 

• Diminuição do jato de urina 

• Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite 

O ideal é procurar um médico para uma avaliação completa caso se perceba qualquer um desses sintomas. 

Outubro 2019
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De acordo com a pesquisa IESS/Ibope, pouco mais de um quarto (26%) dos brasileiros sem planos de saúde faz uso de serviços médicos por acompanhamento, rotina ou prevenção.  Além disso, quase metade (49%) só procuram ajuda médica quando é necessário ou extremamente necessário.  

Por outro lado, entre os beneficiários de planos, a situação é inversa. Sendo que o principal motivo para usar os serviços de saúde, apontado por 43% dos entrevistados, é por rotina e prevenção. A nosso ver, a diferença de comportamento acaba por influenciar diretamente a qualidade de vida da população, como pode ser percebido nos números detectados pelo levantamento.  

A proporção de beneficiários e não beneficiários que procuram atendimento médico em caso de necessidade é praticamente a mesma. Entre os que possuem plano de saúde, 24% apontam esse uso na pesquisa e, entre a população geral, 25%. Entretanto, quando olhamos para o uso de serviços médicos por conta de extrema necessidade ou emergência, a diferença é nítida. Enquanto 24% dos não beneficiários procuram assistência médica por esse motivo, apenas 14% daqueles que têm planos médico-hospitalares fazem o mesmo. Ou seja, com o aumento do cuidado preventivo, temos uma redução dos casos de emergência. 

O que é positivo para o beneficiário, que está ganhando em qualidade de vida, mas também para o sistema como um todo, que pode aplicar seus recursos de forma mais efetiva em promoção de saúde ao invés de ter que focar no tratamento de condições mais severas. 

Outra diferença detectada na pesquisa é a utilização de serviços médicos por necessidade de cuidados constantes, como no tratamento de doenças crônicas. Enquanto 13% da população geral afirma precisar desse tipo de cuidado, entre os beneficiários o número sobe para 18%.  

Acreditamos que há dois importantes aspectos que precisam ser considerados neste cenário. Primeiro, que a idade média daqueles que têm vínculo com plano de saúde tende a ser ligeiramente superior à dos não beneficiários, inclusive por conta dos cuidados preventivos tomados ao longo da vida. Como é esperado que doenças crônicas e outras patologias que demandam atenção continuada se manifestem com mais frequência em idades avançadas, esse pode ser considerado um resultado natural. O outro aspecto é que muitos brasileiros passam a contar com um plano de saúde justamente por se sentirem mais seguros para receber esse tipo de tratamento contínuo. 

A pesquisa do Ibope indica que 48% dos beneficiários afirmam que a principal razão para ter o plano é a segurança e o respaldo com relação à própria saúde e que 14% dos não beneficiários desejam ter o plano justamente por necessitarem de acompanhamento médico constante. 

Quer saber mais sobre o uso de serviços de saúde no Brasil? Continue acompanhando nosso Blog. 

Agosto 2019
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Na última semana, a Apple anunciou a nova versão de seu smartwatch e, junto com ele, um novo aplicativo para coleta de informações de usuários do wearable (tecnologias para usar no corpo) com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de pesquisas científicas com foco em saúde populacional. Mais do que isso, a gigante de tecnologia aproveitou para divulgar parcerias com renomados institutos como as Universidades de Harvard e Michigan, o National Institutes of Health (NIH), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Hospital Brigham para a produção de três estudos utilizando dados coletados por meio do aplicativo. 

Os temas estudados serão: Saúde da Mulher, que irá analisar questões relacionadas ao desenvolvimento de ovário policístico, osteoporose, infertilidade, gravidez e menopausa; Coração e Movimento, que irá acompanhar como o ritmo de batimento cardíaco e atividades físicas cotidianas, como caminhar e subir escadas, influencia nos índices de hospitalização, quedas, desenvolvimento de problemas cardiovasculares e qualidade de vida; e, Estudo de Audição, que irá determinar como os sons a que as pessoas estão expostas no dia a dia podem impactar na capacidade auditiva. 

Os temas, em si, não são novidade. Mas o potencial tamanho da amostra a ser estudada pode revelar informações importantes. Especialmente no campo de saúde da mulher, que ainda carece de estudos amplos e focados nas necessidades particularidades deste público e em suas diferenças fisiológicas. 

Para participar dos estudos, os portadores de qualquer smartwatch da empresa poderão baixar o aplicativo e se voluntariar. Além da facilidade, a Apple garante que as informações serão disponibilizadas aos pesquisadores de forma  anônima, sem que seja possível identificar indivíduos. Outra vantagem é que os usuários poderão escolher quais informações compartilhar e acompanhar. 

Para nós, iniciativas como essa são muito importantes para incentivar o desenvolvimento de pesquisas capazes de colaborar para o aperfeiçoamento do setor e gerar efeitos positivos para a qualidade de vida da população em geral. Os mesmos motivos que nos levam a incentivar a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar no Brasil por meio, por exemplo, do Prêmio IESS, que tem inscrições abertas até 15 de outubro. Confira o regulamento.

Agosto 2019
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Não é de hoje que falamos sobre a importância de programas de promoção de saúde nas empresas. Sejam voltados para a prevenção de doenças cardiovasculares, focados em mudança de estilo de vida ou mesmo para a “descompressão” do estresse, esses programas são fundamentais tanto do ponto de vista econômico e produtivo quanto (mais importante) para a qualidade de vida dos indivíduos – o que, em última análise, se reflete nos indicadores econômicos. 

Para ser mais claro, o estresse no trabalho está ligado a 7 das 10 principais causas de morte no mundo. Além disso, dados do Global Wellness Institute indicam que problemas emocionais dos trabalhadores, como estresse, custam US$ 500 bilhões por ano aos contratantes em âmbito mundial. Absenteísmos, baixa produtividade e mesmo gastos com turnover de pessoal (demissão, processo seletivo, recontratação etc.) são apenas alguns dos pontos que entram nessa conta. 

Seja pela questão da qualidade de vida ou pelo viés econômico, empresas do mundo todo estão percebendo a necessidade de investir no bem-estar de seus colaboradores. O Global Wellness Economy Monitor, publicado pelo Global Wellness Institute, detectou que o mercado de bem-estar no trabalho movimenta apenas uma fração desse montante: US$ 48 bilhões. Menos de 10% do que é perdido pela falta de políticas de promoção da saúde nas empresas. O que pode se justificar pelo fato de menos de 10% dos trabalhadores no mundo terem acesso a esses programas.  

Não é preciso ir longe ou fazer algo mirabolante para ter programas de promoção de saúde efetivos para seus colaboradores. Como já apontamos aqui no Blog, ações simples como o incentivo a uma alimentação mais saudável pode salvar vidas e garantir melhores resultados na empresa.  

O Dr. Alberto Ogata, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) e avaliador do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, explica como implementar programas realmente efetivos. 

https://www.youtube.com/watch?v=0AiZKW8nZ4E

Aproveite para ver, também, nossos estudos e análises sobre o assunto, na Área Temática

Maio 2019
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Na última semana, a Reuters noticiou uma investigação realizada pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos, que apura fraudes de mais de R$ 600 milhões em vendas de equipamentos médicos das empresas Johnson & Johnson, Siemens, GE e Philips ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. 

Apesar de o caso não envolver diretamente a saúde suplementar, reforça a necessidade de adotarmos mecanismos de transparência e combate às fraudes no setor como um todo (tanto saúde pública quanto privada). Para incentivar o debate e a adoção de práticas nesse sentido, desenvolvemos o estudo “Arcabouço normativo para prevenção e combate à fraude na saúde suplementar no Brasil” em conjunto com a PwC Brasil – aproveite para rever a diferença entre fraude e corrupção e dos tipos de fraudes na saúde

Mas não é apenas para prevenir “atos de má fé” que o setor precisa avançar em uma agenda de transparência. Outros dois pontos fundamentais nesse debate são o combate ao desperdício e, ainda mais importante, a segurança assistencial dos pacientes. 

Vale lembrar, quase R$28 bilhões foram gastos desnecessariamente com contas hospitalares e exames apenas em 2017. Ainda não há números de 2018, mas até o momento nada indica que o setor avançou nessa seara e reduziu essa parcela desnecessária das despesas assistenciais das Operadoras de Planos de Saúde (OPS). Para entender a gravidade da situação basta pensar que o montante equivale a aproximadamente 20% das despesas assistenciais naquele ano. Dinheiro que poderia estar sendo utilizado para o atendimento de outros beneficiários, desenvolvimento de programas de promoção da saúde ou, em última análise, se não fosse gasto poderia influenciar o cálculo do reajuste das contraprestações, determinando um avanço menor dos custos para se manter um plano médico-hospitalar.  

Claro, para isso ser possível, como já mostramos aqui, é fundamental repensarmos o modelo de remuneração dos prestadores de serviço de saúde. Afinal, o fee-for-service (modelo atual) premia o desperdício ao invés de puni-lo. Temos uma série de materiais sobre outros modelos de remuneração que poderiam auxiliar nessa empreitada e podem ser acessados facilmente em nossa Área Temática

Já na linha de segurança assistencial do paciente, a maior referência sobre a falta de transparência e seus impactos é o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil. Afinal, mais transparência poderia combater os erros e falhas que causam a morte de 6 pacientes nos hospitais no Brasil a cada horaconsomem R$ 10,6 bilhões e inviabilizam o uso de 14,3 milhões de leitos-dia

Novembro 2018
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. O problema é que quando o assunto é cuidar da saúde, os homens ainda enfrentam dificuldades em procurar atendimento médico, buscando apenas quando já possui algum sintoma, sendo diagnosticado algum tipo de doença.

Para tornar os homens mais conscientes e alertá-los com o cuidado com a saúde, durante o mês de novembro é que foi instituída a campanha do Novembro Azul, com ações voltadas para sensibilizar a sociedade sobre a importância da prevenção do câncer de próstata. Isso é ainda mais importante tendo em vista que com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 80% a 90%; porém, se detectado em estágio avançado, essas chances diminuem para 10% a 20%.

Sobre esta questão, um dos dados mais surpreendentes da pesquisa de “Avaliação dos Planos de Saúde” IESS/Ibope apontou que entre os beneficiários de planos de saúde, o percentual de homens que realizaram exames de próstata se manteve praticamente estável – 61% na pesquisa anterior (2015) e 62% na pesquisa atual, de 2017. O que chama a atenção, no entanto, é a diminuição da porcentagem de entrevistados não beneficiários que dizem realizar exames de próstata: enquanto a pesquisa de 2015 apontou que 51% dos homens realizaram esses exames, os números da última pesquisa mostraram 38% dos respondentes, uma queda de 13 pontos percentuais.

A pesquisa IESS/Ibope aponta que cerca de 42% dos beneficiários afirmaram usar o serviço de saúde para acompanhamento, por rotina ou prevenção, enquanto que essa frequência entre os não beneficiários foi de 25% em 2017. Pelos beneficiários terem uma frequência maior de exames de rotina ou prevenção, eles consequentemente apresentarão maior prevalência de exames de próstata. 

Embora a doença tenha alto grau de incidência, ainda existe certo tabu por parte da população masculina. O Ministério da Saúde aponta uma estimativa de ocorrência de 68.220 novos casos em 2018. Segundo levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), 51% dos homens com mais de 45 anos não foram ao médico recentemente. Já dados do Ministério da Saúde mostram que as consultas ao urologista são de 3 milhões anualmente, enquanto ao ginecologista chegam a 20 milhões.

O câncer ocorre devido ao crescimento desordenado de células, o que causa a formação de tumores. Na maioria dos casos, a doença aparece de forma lenta e sem dar sinais durante a vida, porém em alguns casos o tumor pode crescer rapidamente ou ainda se espalhar para outros órgãos, o que se denomina de metástase. Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata, como idade avançada, histórico na família, sobrepeso, obesidade e outros.

É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.

Outubro 2018
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Como já falamos em diferentes momentos aqui, a obesidade é um dos grandes perigos modernos e já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao mesmo tempo em que se avançam os tratamentos para doenças desafiadoras em todo o mundo, como o câncer, e se aumenta a longevidade da população em âmbito global, outros problemas tem aparecido em decorrência dos hábitos ruins de saúde em todo o mundo. É pela preocupação com o tema que hoje, 11 de outubro, foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. 

Dados da OMS mostram que epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. No Brasil, desde 2006, o índice de brasileiros obesos cresceu em 60%. Hoje aproximadamente 20% da população é obesa e 50% apresenta excesso de peso. O país já é o quinto em população obesa no mundo.

Se antigamente a obesidade era mais comum em países ricos, esse cenário mudou hoje em dia com o maior acesso da população aos diversos produtos industrializados, carboidratos refinados e demais alimentos como refrigerantes e doces. Isso fez com que o índice de obesidade atingisse níveis alarmantes.   

Não é de hoje que alertamos sobre o aumento da incidência do problema. Já mostramos por meio do estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o alerta acerca dos “Impactos da cirurgia bariátrica” no TD 59.  

A urgência do tema também já refletiu em trabalhos vencedores do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, como o trabalho “Impacto da Cirurgia Bariátrica, em médio prazo, na utilização de serviços de saúde, morbimortalidade e custo com atenção médica”, de Silvana Bruschi Kelles, 1° lugar na edição 2014.

Mais do que epidemia global que afeta pessoas de diferentes locais, é urgente também alertar sobre a relação do excesso de peso com outras morbidades. Cerca de 15 mil casos de câncer por ano são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil de acordo com pesquisa inédita realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS. Já falamos sobre a pesquisa aqui.

A relação entre câncer e o excesso de peso é, aliás, temas de estudos globais já mostramos em nosso Boletim Científico. Já falamos sobre a Mortalidade e anos de vida perdidos pelo câncer colorretal atribuível à inatividade física no Brasil“A crescente carga de câncer atribuível ao alto índice de massa corporal no Brasil”; ou ainda sobre a relação da condição com a utilização do pronto-socorro

Achamos importante reforçar esses dados periodicamente e lembrar que a cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso, segundo a última pesquisa Vigitel Saúde Suplementar 2016. No total da pesquisa, 18,7% dos homens beneficiários de planos de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%.

Mesmo que os beneficiários de planos de saúde sigam um pouco mais as recomendações do médico quanto aos hábitos de vida saudável, ainda é necessária uma mudança de postura entre todos os brasileiros. Pequenas mudanças na rotina, como, por exemplo, a prática de atividade física regular e melhores hábitos alimentares, impactam diretamente na luta contra a obesidade. 

Vale ressaltar que hábitos mais saudáveis impactam diretamente não só na saúde de cada indivíduo, mas também para a sustentabilidade do setor de saúde. Prevenção e promoção de saúde são pilares fundamentais para a redução de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.