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Outubro 2025
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O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde cresceu 1% entre maio e agosto de 2025, passando de 5,22 milhões para 5,27 milhões de vínculos, um saldo positivo de 52 mil postos de trabalho. O desempenho superou o da economia brasileira como um todo, que registrou alta de 0,9% no mesmo período. Os dados constam da 78ª edição do Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Clique aqui e acesse a íntegra.

 

De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor privado, que avançou 1,3% e ampliou sua participação para 82% do total de vínculos da saúde, o equivalente a 4,32 milhões de empregos formais. Já o setor público, com 950,8 mil vínculos (18% do total), apresentou leve retração de 0,3% no trimestre, com destaque negativo para a região Norte, que reduziu em 3,6% os vínculos públicos em saúde.

 

“O setor de saúde segue sendo um importante gerador de empregos formais no País, com um ritmo de crescimento que supera a média da economia. Esse resultado reflete a força da cadeia privada e a ampliação dos serviços assistenciais em todas as regiões”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Convém notar que parte dos empregos privados estão em organizações que prestam serviços ao SUS, como no caso de filantrópicos ou nas entidades do terceiro setor que administram unidades do setor público”, ressalta.

 

Centro-Oeste e Nordeste lideram o crescimento regional

Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento proporcional, de 2,9%, seguido pelo Nordeste (alta de 1,4%) e pelo Sul (alta de 1,2%). A região Sudeste, que concentra quase metade dos empregos do setor, cresceu 0,9%, enquanto o Norte foi a única com retração de 0,5%, influenciada pela queda no emprego público.

 

Em termos absolutos, o Sudeste mantém a liderança com 2,63 milhões de vínculos formais, seguido pelo Nordeste (1,04 milhão), Sul (765 mil), Centro-Oeste (544 mil) e Norte (291 mil). A participação da saúde na economia brasileira alcançou 10,8% dos vínculos formais, chegando a 12,7% no Nordeste e 12,4% no Centro-Oeste — evidenciando a importância estrutural do setor para o desenvolvimento regional.

 

O relatório mostra que os prestadores de serviços (clínicas, consultórios, hospitais e laboratórios) seguem como o principal motor da geração de empregos na saúde. Em agosto, eles representavam 74% de todos os vínculos da cadeia, chegando a 80% no Norte e 79,2% no Nordeste.

 

No recorte da saúde suplementar, o saldo acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025 foi de 167,9 mil novas vagas, sendo 123,9 mil criadas por prestadores (73,8%), 38 mil por fornecedores e 6 mil por operadoras de planos de saúde.


 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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NAB
Outubro 2025
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O número de beneficiários de planos médico-hospitalares coletivos empresariais cresceu 4,1% em agosto de 2025, ante o mesmo mês de 2024, o que representa 1,5 milhão de novos vínculos. No mesmo período, o emprego formal aumentou 3%, com a criação de 1,44 milhão de postos de trabalho. O dado consta da 110ª Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e mostra que a expansão dos planos empresariais superou o ritmo do mercado de trabalho. Clique aqui e acesse a íntegra do relatório.

 

Para o IESS, mais do que reforçar a correlação direta entre a geração de empregos no País e o avanço da saúde suplementar, o resultado é um indicativo de que o plano de saúde continua muito atrativo e, possivelmente, esteja sendo usado como um instrumento de atração e retenção de profissionais no mercado de trabalho. O relatório mostra que, segundo o Novo Caged, o estoque de empregos foi puxado principalmente pelos setores de serviços (767 mil vagas) e comércio (315 mil). 

 

“Quando a economia gera empregos, a cobertura em saúde suplementar se expande. O fato de o crescimento dos planos empresariais ter superado o do emprego é um indício, a ser acompanhado e talvez confirmado nos próximos meses, de que o plano de saúde esteja sendo utilizado pelas empresas para atrair e reter talentos diante de um mercado no qual, em muitos setores, há uma crise de oferta de mão de obra qualificada”, pontua José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Nesse momento, o dado é um sintoma de uma possível tendência”, adiciona.

 

No total, o setor alcançou recorde de 53 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares e 34,7 milhões em planos exclusivamente odontológicos em agosto de 2025. Desse universo, a modalidade coletiva empresarial representa 72,7% dos vínculos médico-hospitalares.

 

Em relação a agosto do ano passado, o crescimento dos planos médico-hospitalares foi de 1,29 milhão de beneficiários, alta de 2,5%. Os planos individuais, em contrapartida, seguiram em retração, com a saída de 177,4 mil beneficiários (queda de 2%). 

 

Planos odontológicos

O número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos também atingiu recorde histórico, alcançando 34,7 milhões em agosto de 2025, crescimento de 2,9% em relação a agosto de 2024, o equivalente a 987,6 mil novos vínculos. 

 

A NAB também destaca um movimento estrutural de longo prazo: a redução da diferença entre o número de beneficiários de planos médico-hospitalares e odontológicos. Em setembro de 2000, havia 28,8 milhões de vínculos a mais em planos médicos; em agosto de 2025, essa diferença caiu para 18,3 milhões, uma redução de cerca de 10 milhões de vínculos em 25 anos. O resultado reflete o crescimento sustentado do segmento odontológico, impulsionado pela maior conscientização sobre saúde bucal, pela oferta de produtos acessíveis e pela incorporação das coberturas odontológicas nos pacotes corporativos de benefícios.

 

“Os números confirmam que a saúde suplementar mantém uma trajetória robusta de expansão, ancorada em bases diversificadas de contratação e em um processo contínuo de inclusão de beneficiários. Essa evolução contribui não apenas para o equilíbrio do setor, mas também para a ampliação do acesso à saúde no país”, conclui José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Setembro 2025
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São Paulo, setembro de 2025 – As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, responsáveis por cerca de 400 mil óbitos anuais. Nesse cenário, o infarto agudo do miocárdio (IAM) se destaca como a condição mais letal, respondendo por quase um quarto das mortes por doenças do aparelho circulatório.

 

O novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), “Tendências do Infarto Agudo do Miocárdio na Saúde Suplementar”, produzido em virtude do Dia Mundial do Coração (29 de setembro), revela que os casos de IAM entre beneficiários de planos de saúde cresceram 70,8% entre 2015 e 2024 – passando de 9,2 mil para 15,5 mil registros no setor, o que equivale a um salto de 20,5 para 35,1 casos por 100 mil beneficiários. O recorde ocorreu em 2023, com 19,2 mil casos absolutos, ou 44,1 por 100 mil beneficiários.

 

Embora focados na saúde suplementar, que cobre cerca de 25% da população (aproximadamente 52 milhões de pessoas), os dados revelam uma tendência nacional de agravamento dos casos de doenças cardiovasculares, que impactam a saúde de toda a sociedade.

 

O número médio de casos por prestador da rede assistencial passou de 4,94, em 2015, para 6,75, em 2024, uma alta de 36,6%. Segundo o estudo, isso revela maior carga assistencial da rede e concentração dos atendimentos em determinados serviços de saúde.

 

O levantamento reforça que enfrentar esse aumento exige estratégias preventivas mais efetivas, como:

  • Programas de prevenção primária intensivos, voltados à redução dos fatores de risco cardiovasculares;
  • Monitoramento contínuo da evolução desses fatores entre os beneficiários;
  • Políticas de incentivo a hábitos saudáveis e mudanças comportamentais sustentáveis.

 

“Os números mostram um crescimento consistente e preocupante dos casos de infarto na saúde suplementar. Isso evidencia a necessidade de uma atuação mais firme na prevenção, especialmente no acompanhamento sistemático dos fatores de risco”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

O que motiva o crescimento dos casos

 

De acordo com o estudo, alguns fatores explicam o comportamento identificado:

 

  • Persistência de fatores de risco: obesidade, hipertensão, sedentarismo e síndrome metabólica seguem em alta, influenciando o agravamento do quadro cardiovascular.
  • Mudanças recentes: o período de 2020 a 2023 concentrou o maior crescimento acumulado, associado à pandemia de COVID-19 e às alterações nos padrões de busca por atendimento médico.
  • Diferenças por sexo: homens apresentaram taxas 2 a 2,5 vezes maiores que as das mulheres em todo o período.
  • Mesmo entre os mais jovens, embora em níveis baixos, também houve crescimento nos casos registrados.

 

“Precisamos também mencionar o envelhecimento populacional, pois pessoas com 60 anos ou mais têm até 57 vezes mais chances de sofrer infarto em comparação a quem tem menos de 40 anos”, aponta Cechin. Ele ressalta, porém que o impacto atual do envelhecimento é menor, mas no médio e longo prazo o será muito relevante. “O processo de envelhecimento da população brasileira vai acelerando o volume de episódios de IAM, a menos que se invista em prevenção. E os sistemas de saúde têm condições de promover iniciativas de prevenção para toda a sociedade brasileira”, enfatiza Cechin.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Setembro 2025
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São Paulo, setembro de 2025 – A expectativa de vida no Brasil deve alcançar 77,8 anos até 2030, segundo projeções do IBGE, mas os anos vividos com saúde não acompanham essa evolução, ampliando a lacuna entre longevidade e vida saudável (também conhecida como lacuna healthspan-lifespan) – diferença entre o tempo total de vida e o período vivido sem doenças incapacitantes. Essa disparidade crescente coloca em risco a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro. O alerta faz parte do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que mostra ainda que, no cenário global, essa lacuna já é de 9,6 anos e pode chegar a 16 anos até 2035.

 

Intitulado “Vivendo mais, mas com mais doenças: Análise da lacuna entre longevidade e vida saudável na saúde suplementar”, o trabalho integra a série Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035, um projeto desenvolvido pelo IESS e que conta com participação e contribuições de especialistas brasileiros do setor de saúde.

 

O levantamento revela que a obesidade, hoje responsável por quase 10% dos gastos da saúde suplementar, poderá atingir 46% dos beneficiários em 2030, consumindo mais da metade das despesas assistenciais. O custo médio por beneficiário, que era de R$ 2,2 mil em 2020, deve crescer para R$ 3,1 mil em 2030 – alta de 42% em uma década, muito acima do crescimento estimado do PIB per capita (7,7%). Por outro lado, intervenções preventivas poderiam gerar uma economia de até R$ 45 bilhões anuais até 2035.

 

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, a economia da saúde suplementar dificilmente resistirá a uma prevalência crescente de obesidade sem que se mude o foco para prevenção e cuidado de longo prazo. “A conta simplesmente não fecha. Por isso, temos que adotar iniciativas imediatamente”, sugere.

 

O estudo indica que a sustentabilidade do setor depende de uma transformação estrutural baseada em quatro pilares: medicina preventiva, inovação tecnológica, cuidado baseado em valor e sustentabilidade sistêmica. Esses elementos incluem desde a incorporação de telessaúde e inteligência artificial até a reorganização dos ambientes urbanos e novas políticas regulatórias.

 

Cechin acrescenta: “O sistema precisa mudar de lógica, prevalecendo menos volume de procedimentos e mais resultados concretos para os pacientes”.

 

Entre 2008 e 2023, os beneficiários da saúde suplementar apresentaram tendências preocupantes: obesidade subiu de 12,5% para 21,9%; diabetes, de 5,8% para 9,8%; e hipertensão se manteve em 26,3%. Além disso, o excesso de peso já atinge 60,9% da população com plano de saúde. Apesar da queda do tabagismo (de 12,4% para 6,8%, no período), o sedentarismo permanece elevado e hábitos alimentares protetores, como o consumo de feijão, vêm diminuindo.

 

O estudo também chama atenção para as desigualdades: mulheres concentram 60% dos custos com obesidade e vivem mais anos com morbidade; diferenças regionais chegam a 6 anos de expectativa de vida saudável nas regiões Sul/Sudeste em relação a Norte/Nordeste – diferença também observada entre alguns bairros vizinhos de uma mesma cidade; e mulheres negras estão entre as mais vulneráveis a doenças crônicas e mortalidade materna.

 

Esses números revelam que o modelo vigente, centrado em episódios e medicina curativa, mostra-se inadequado para o perfil epidemiológico atual. O predomínio da remuneração por procedimento (fee-for-service) perpetua fragmentação e altos custos no manejo das doenças crônicas.

 

“Se o Brasil não fizer agora a transição para um modelo proativo e baseado em valor, prevenção e promoção de saúde, corremos o risco de repetir a trajetória de países onde a longevidade aumentou, mas a qualidade de vida não acompanhou – e o sistema passou a viver sob a ameaça de entrar em colapso financeiro”, pondera.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Agosto 2025
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Com profundo pesar, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) manifesta luto pelo falecimento do médico Manoel Antonio Peres, ex-diretor-presidente da Bradesco Saúde e que também presidiu o Conselho Diretor do IESS.

 

Reconhecido como um dos mais influentes e respeitados líderes da saúde suplementar, Manoel Peres marcou sua trajetória no IESS por uma gestão com foco na eficiência e segurança assistencial, sobretudo ao estimular a produção de estudos técnicos voltados para identificar as melhores práticas (nacionais e internacionais) da área e promover um amplo debate entre toda a cadeia de valor para a implementação de iniciativas de aperfeiçoamento do sistema de saúde brasileiro.

 

Deixa um legado de ética, respeito e dedicação, que o IESS se compromete a honrar e manter vivo. 

Agosto 2025
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São Paulo, agosto de 2025 – A cadeia produtiva da saúde no Brasil registrou um saldo positivo de 39,3 mil novos empregos formais entre fevereiro e maio deste ano, alcançando o total de 5,22 milhões de vínculos ativos no setor. O crescimento corresponde a 0,8% no período, em linha com o avanço registrado pela economia como um todo (alta de 1%). Os dados integram a edição 77 do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que se baseia em dados do Novo Caged, Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Economia e Portais de Transparência.

 

A íntegra do relatório está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-08/RECS77.pdf e um dashboard interativo com dados detalhados pode ser acessado em https://public.tableau.com/app/profile/iess/viz/RelatriodeEmprego/RelatriodeEmprego?publish=yes

 

Há, segundo o relatório, um cenário de expansão do emprego na saúde impulsionado principalmente pelo setor privado, enquanto o setor público apresentou retração.

Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, o setor de saúde tem demonstrado resiliência e capacidade de gerar emprego mesmo em um ambiente macroeconômico instável. “A dinâmica atual mostra que a cadeia privada tem sustentado o crescimento, enquanto o setor público enfrenta limitações", enfatiza.

 

Nordeste  

Embora a Região Sudeste ainda concentre o maior número absoluto de vínculos (2,6 milhões), o Nordeste liderou o crescimento proporcional de empregos na saúde por habitante, com alta de 7,8% no comparativo de maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado. A região mantém mais de 1 milhão de vínculos formais, com significativa participação do setor público (26,5%). 

 

Em um ano, Pernambuco registrou o maior crescimento de empregos na saúde no Nordeste do País, com alta de 15,7% em maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado, equivalendo a 29,5 mil novos postos. O estado conta com 217,4 mil postos na área de saúde, sendo 142,2 mil privados e 75,2 mil públicos. 

 

Cabe destacar que o emprego na saúde em Pernambuco parece refletir o comportamento da economia estadual.

 

Dados recentes divulgados pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag-PE) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado fechou o quarto trimestre de 2024 com um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2023 e, no acumulado de 2024.

 

O segundo lugar em crescimento de emprego na saúde da região ficou com o Ceará, com alta de 14% no acumulado (correspondendo a 19,4 mil novas ocupações). Dos 158,4 mil profissionais que atuam na saúde cearense, 123,2 mil estão locados no sistema privado e 35,1 mil no público. 

 

"O desempenho do Nordeste indica uma interiorização da oferta de serviços e da demanda por profissionais de saúde. Isso reflete tanto investimentos regionais quanto o avanço da formalização", analisa Cechin.

 

Outros destaques do RECS

·      5,2 milhões de vínculos formais na cadeia da saúde (pública e privada) em maio de 2025

·      18,2% dos vínculos são do setor público

·      A saúde representa 10,8% do total de empregos formais da economia brasileira

·      Retração de -4,5% no setor público no Norte em apenas três meses

 

No recorte da saúde suplementar, a expansão se mostra ainda mais robusta. Entre maio de 2024 e maio de 2025, a cadeia privada registrou saldo acumulado de 167,7 mil empregos, com destaque para os prestadores de serviços, responsáveis por 125,2 mil novas vagas, o equivalente a 75% do crescimento total do setor. Fornecedores registraram 37,5 mil novos empregos no mesmo período, enquanto operadoras de planos de saúde adicionaram cerca de 5 mil novos postos.

 

O Sudeste segue como polo de emprego na saúde, reforçando as diferenças regionais:

  • Norte: maior dependência do setor público (45,4% dos vínculos), mas teve a maior retração pública (-4,5%)
  • Sul: maior participação do setor privado (88,7%), com crescimento moderado de vínculos (0,9%)
  • Centro-Oeste: maior taxa de crescimento no total da cadeia (2,2%), mesmo com retração pública (-0,8%)

 

“Apesar das assimetrias regionais, a saúde segue sendo um dos maiores empregadores formais do país e tem papel estratégico na geração de renda e inclusão produtiva”, conclui Cechin.

 

Sobre o IESS

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Agosto 2025
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São Paulo, agosto de 2025 – O Brasil registra 3,6 milhões de beneficiários com planos de saúde que integram cobertura médica e odontológica em um mesmo contrato, segundo levantamento inédito apresentado na Análise Especial da 108ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A modalidade, que une diferentes tipos de assistência em uma única apólice ou contrato, representa uma alternativa com mais conveniência para o consumidor e maior potencial de fidelização pelas operadoras. 

 

Os planos combinados representam também um caminho importante para a integração dos cuidados em saúde no setor suplementar. Ao reunir diferentes tipos de cobertura — ambulatorial, hospitalar e odontológica — em um mesmo contrato, esse modelo amplia o escopo de atendimento disponível ao beneficiário, facilita o acompanhamento preventivo e promove maior continuidade do cuidado.

 

O beneficiário passa a ter uma experiência assistencial médica e odontológica mais fluida, mais integrada entre as especialidades e serviços complementares. Isso contribui para um sistema mais eficiente dentro de um planejamento coordenado de cuidado.

 

Esse tipo de plano oferece também mais praticidade administrativa, tanto para empresas contratantes quanto para os próprios usuários, além de possível redução de custos por sinergia de coberturas.

 

A oferta integrada aparece com mais força no contexto de crescimento dos planos coletivos empresariais, fortemente relacionados ao desempenho do mercado de trabalho formal. De acordo com o Novo Caged, o país criou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada entre junho de 2024 e junho de 2025, crescimento de 3,4%. No mesmo período, os planos médico-hospitalares do tipo coletivo empresarial registraram exatamente 1,6 milhão de novos vínculos, alta de 4,5%.

 

“Há uma correlação direta entre a formalização do trabalho e o acesso à saúde suplementar. Os planos combinados, embora ainda representem uma fatia minoritária, apontam para uma diversificação importante na forma como os serviços são ofertados e contratados e, para as empresas que concedem o benefício a seus colaboradores, uma clara demonstração de oferecer as melhores condições assistenciais em saúde”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

A análise mostra que, entre os 52,9 milhões de beneficiários com planos médico-hospitalares ativos em junho de 2025: 

  • 49,3 milhões possuíam exclusivamente esse tipo de cobertura;
  • 3,6 milhões tinham contratos combinados com assistência odontológica.

Quando somados aos 34,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, o país contabiliza 38 milhões de pessoas com algum tipo de cobertura odontológica ativa.

 

Outros destaques da NAB 108:

  • Cobertura médico-hospitalar atinge 24,8% da população brasileira
  • Cobertura exclusivamente odontológica alcança 16,1%
  • Planos coletivos representam 83,7% dos vínculos médico-hospitalares, sendo 86,7% empresariais

 

Estados com maior crescimento absoluto (jun/24 a jun/25):

  • São Paulo: +469 mil vínculos médico-hospitalares e +296 mil odontológicos
  • Rio de Janeiro e Minas Gerais também apresentaram altas relevantes

 

Sobre o IESS

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Agosto 2025
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São Paulo, agosto de 2025 – O Brasil caminha para que, em 2035, um terço da população adulta viva com obesidade, cenário que traria impactos bilionários para os sistemas público e suplementar de saúde. Mas este não é um destino inevitável. De acordo com estudo inédito do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a implementação de estratégias integradas – que combinam políticas públicas, reorganização do cuidado e incentivos econômicos – pode reduzir em até 25% a prevalência projetada e frear o crescimento dos custos assistenciais.

 

A pesquisa, intitulada “Obesidade no Horizonte 2035: Desafios Sistêmicos e Perspectivas para o Brasil”, apresenta uma abordagem multidimensional para o enfrentamento da obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como pandemia global. No Brasil, a prevalência saltou de 12,2% em 2006 para 22,5% em 2020. Entre os beneficiários da saúde suplementar, o avanço foi de 55,8% em 14 anos.

 

No enfrentamento desse desafio, o estudo cita casos internacionais de sucesso, como a taxação de bebidas açucaradas no México, que reduziu o consumo em 7,6% em dois anos; o modelo britânico de serviços escalonados de gestão de peso, que ampliou a retenção de pacientes; e os centros especializados em obesidade infantil da Dinamarca, articulados com a atenção primária.

 

Medidas-chave recomendadas pelo estudo:

 

  • Mudança nos modelos de remuneração em serviços prestados na saúde suplementar: migrar de pagamento por episódio (fee-for-service) para o cuidado baseado em valor, incentivando desfechos clínicos como redução de IMC e complicações.
  • Linhas de cuidado específicas para obesidade, com triagem sistemática, acesso a equipes multiprofissionais e protocolos clínicos padronizados.
  • Medidas fiscais e regulatórias, como maior taxação de alimentos calóricos e de baixo conteúdo nutritivo (entre eles muitos dos ultraprocessados e bebidas açucaradas), com reinvestimento em programas de educação nutricional e subsídios a alimentos saudáveis.
  • Sistemas robustos de vigilância epidemiológica, integrando dados do SUS e da saúde suplementar para monitoramento contínuo e tomada de decisão baseada em evidências.

 

Impacto econômico

Atualmente, a obesidade custa ao Brasil mais de R$ 70 bilhões por ano, considerando despesas médicas e perdas de produtividade. Sem mudanças, a projeção é de aumento de 60% nos custos até 2035. “O combate à obesidade é não apenas um imperativo de saúde pública, mas também uma estratégia econômica inteligente. Prevenir e tratar de forma integrada significa economizar recursos e melhorar a qualidade de vida e a longevidade de milhões de brasileiros”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

O estudo integra a série Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035, que reúne a visão de especialistas em economia da saúde, gestão hospitalar, promoção da saúde e profissionais especializados em políticas públicas para indicar as tendências da saúde na próxima década e propor soluções sustentáveis capazes de enfrentar os desafios projetados. O documento completo, bem como os demais trabalhos da série, está disponível em: www.iess.org.br.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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