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Novembro 2025
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São Paulo, 25 de novembro de 2025 — A qualificação e atualização dos profissionais de saúde será determinante para que o Brasil enfrente o envelhecimento populacional, a multimorbidade de doenças e reduza desigualdades estruturais na formação e oferta de mão de obra no sistema até 2035. O novo estudo da série Caminhos da Saúde Suplementar 2035, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostra que o país carece de políticas integradas de desenvolvimento profissional e convive com forte assimetria regional, marcada pela concentração de profissionais nas capitais. Clique aqui e acesse a íntegra.

 

“A força de trabalho em saúde precisa estar preparada para uma sociedade que envelhece rapidamente e que exige competências técnicas, sociais e culturais mais amplas do que as práticas tradicionais contemplam”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

O relatório destaca que o Brasil não possui uma política nacional obrigatória de capacitação para todas as categorias da saúde e que fragilidades nos currículos e na formação em serviço dificultam o atendimento às necessidades da população. Mesmo com expansão de cursos, a preparação continua insuficiente para estimular competências interprofissionais, sensibilidade cultural e domínio de tecnologias emergentes. Esse descompasso fica evidente na distribuição dos profissionais: municípios com mais de 500 mil habitantes concentram 57,8% dos médicos, com 5,75 por mil habitantes, enquanto municípios com menos de 5 mil têm apenas 0,51.

 

“Sem investir em qualificação permanente, continuaremos formando profissionais que não respondem adequadamente às necessidades reais da população, especialmente nas regiões mais vulneráveis”, destaca Cechin.

 

Entre as recomendações, o estudo defende políticas de desenvolvimento profissional contínuo, fortalecimento da formação interprofissional, maior uso de tecnologias educacionais — como simulação e teleducação — e mecanismos de certificação e acreditação das práticas formativas. A análise também apresenta experiências de Canadá, Austrália e Reino Unido, que adotam sistemas estruturados de atualização com avaliações periódicas, prática reflexiva e documentação sistemática. “Esses países mostram que a formação não termina na graduação. É preciso acompanhar, avaliar e garantir padrões mínimos de competência ao longo de toda a carreira”, complementa Cechin.

 

A capacitação insuficiente impacta diretamente a segurança do paciente e a equidade no cuidado. Falhas formativas contribuem para erros, eventos adversos e desigualdade de acesso, especialmente entre populações vulneráveis. A disparidade é evidente na saúde bucal: 37,17% das crianças de 5 anos nunca foram ao dentista e 46,83% têm cárie não tratada; entre adolescentes de 15 a 19 anos, o índice chega a 43,73%. Na enfermagem, o Sudeste concentra 47,5% dos profissionais, enquanto o Norte registra apenas 3 por mil habitantes.

 

O envelhecimento populacional é apontado como desafio central. O país deverá demandar mais geriatras, profissionais de reabilitação, cuidadores formais, psicólogos e assistentes sociais, ampliando a pressão sobre a força de trabalho. Projeções indicam que, em 2035, o Brasil deve alcançar 5,25 médicos por mil habitantes, mas desigualdades persistirão: o Distrito Federal pode ultrapassar 11,8 por mil habitantes, enquanto estados da Amazônia Legal devem manter densidades reduzidas, como Maranhão (2,43) e Pará (2,56). Para o IESS, fortalecer a formação voltada ao idoso é fundamental para garantir cuidado integral e sustentável.

 

Distribuição desigual dos profissionais de saúde no Brasil

 

O estudo reforça que a distribuição territorial permanece profundamente desigual, afetando o acesso ao cuidado:
Norte — menor densidade de médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, com escassez acentuada em municípios pequenos.
Nordeste — forte desigualdade entre capitais e interior, com carências em diversas categorias.
Sudeste — concentra a maior parte dos profissionais, apoiado por maior oferta formadora e infraestrutura.
Sul — proporção intermediária, com desigualdades internas persistentes.
Centro-Oeste — distribuição relativamente mais proporcional, ainda insuficiente em municípios menores.

 

O IESS conclui que superar as lacunas atuais exige ação coordenada entre governo, instituições de ensino e serviços de saúde. Políticas estruturadas, valorização profissional e integração interprofissional serão essenciais para consolidar um sistema capaz de oferecer cuidado de qualidade, centrado na pessoa e adequado aos desafios que se intensificarão até 2035.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Novembro 2025
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São Paulo, 18 novembro de 2025 — Todas as regiões brasileiras registraram aumento no número de beneficiários de planos médico-hospitalares entre setembro de 2024 e setembro de 2025, segundo a 111ª Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O avanço foi generalizado, com destaque para o Norte, que apresentou a maior variação proporcional do País (5,6%), e para o Sudeste, responsável pelo maior crescimento absoluto, com 833 mil novos vínculos no período.

 

Clique aqui e acesse a íntegra da NAB 111.

 

No trimestre (junho a setembro de 2025), todas as regiões também registraram expansão, reforçando a tendência positiva observada desde 2020. O movimento é influenciado principalmente pelo avanço dos planos coletivos empresariais, que representam cerca de 73% de todos os vínculos médico-hospitalares do País.

 

O avanço da saúde suplementar segue alinhado ao comportamento do emprego formal. Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, o estoque de empregos celetistas cresceu 2,9%, alcançando 48,9 milhões, enquanto os planos coletivos empresariais avançaram 4,4%, somando 38,8 milhões de vínculos.

 

“O ritmo de expansão dos planos coletivos reflete o dinamismo do mercado de trabalho. A continuidade da criação de empregos formais é fundamental para ampliar o acesso à saúde suplementar em todo o País”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Em termos estaduais, o maior crescimento proporcional ocorreu no Amazonas, com alta de 12,2% em 12 meses, enquanto o maior crescimento absoluto foi registrado em São Paulo, que adicionou 592,3 mil beneficiários no período. O Brasil contabilizou 1,43 milhão de novos vínculos em planos médico-hospitalares entre setembro de 2024 e setembro de 2025, equivalente a um crescimento nacional de 2,8% e totalizando 53,2 milhões de beneficiários.

 

Planos exclusivamente odontológicos 

 

Os planos exclusivamente odontológicos alcançaram 34,9 milhões de beneficiários em setembro de 2025, registrando crescimento de 2,8% em 12 meses e de 2,4% no trimestre. Os maiores destaques percentuais do País foram Santa Catarina, com alta de 6,5%, Espírito Santo, com 5%, e Paraná, com 6%.

 

Síntese dos resultados da NAB 111 — Setembro/2025

(comparação entre setembro de 2024 e setembro de 2025)

 

Planos médico-hospitalares

  • Crescimento nacional: 2,8%
  • Destaque proporcional: Amazonas (12,2%)
  • Destaque absoluto: São Paulo (592,3 mil vínculos)
  • Todas as regiões cresceram no período:
    • Norte: 5,6%
    • Nordeste: 2,8%
    • Sudeste: 2,7%
    • Sul: 2,3%
    • Centro-Oeste: 2,3%

 

Planos exclusivamente odontológicos

  • Crescimento nacional: 2,8%
  • Destaques proporcionais:
    • Santa Catarina: 6,5%
    • Espírito Santo: 5%
    • Paraná: 6%

 

A íntegra da NAB 111 está disponível no site do IESS. 

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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São Paulo, novembro de 2025 — Uma parcela significativa de beneficiários de planos de saúde ainda não reconhece determinadas práticas irregulares como fraude, de acordo com pesquisa do Vox Populi encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Entre os exemplos citados, 17% dos entrevistados não consideram indevido registrar uma consulta como “urgência” para garantir cobertura; 14% não veem problema em emprestar a própria carteirinha do plano a outra pessoa; e 10% não consideram fraude uma clínica cobrar por exame não realizado.

 

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

 

Clique aqui e acesse a íntegra da pesquisa.

 

“Os dados reforçam a necessidade de maior conscientização sobre o uso responsável dos serviços”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. “O desconhecimento sobre o que caracteriza fraude revela um desafio de comunicação e educação. Mesmo quando não há intenção de lesar, essas práticas distorcem o uso do sistema e impactam os custos para todos os beneficiários”, acrescenta.

 

As fraudes, junto com abusos e desperdícios, estão entre os principais catalizadores de despesas dos planos de saúde – além do grande volume de ações judiciais e do acelerado processo de adição de tecnologias (sobretudo medicamentos de alto custo) ao sistema.

 

A pesquisa mostra que, em geral, a maioria dos beneficiários considera irregulares ações como usar o plano para outra pessoa (85%), declarar informações falsas para contratar o plano (83%) e simular atendimentos não realizados (82%). Ainda assim, uma parcela de entrevistados demonstra incerteza ou tolerância diante de comportamentos reconhecidamente incorretos — um fator que, segundo o IESS, fragiliza a cultura de integridade e o equilíbrio econômico do setor.

 

Além da percepção, o levantamento identificou experiências diretas com práticas irregulares. Entre os beneficiários, 9% afirmam já ter recebido pedido de número da carteirinha e senha para autorizar atendimento, 4% dizem ter sido orientados a registrar um atendimento não realizado, e 5% relatam ter percebido “algo estranho” nas cobranças enviadas ao plano.

 

Entre os que possuem planos com reembolso de consulta (29%), 18% afirmam que o consultório já ofereceu mais de um recibo ou intermediou o processo de reembolso. “Os resultados reforçam a importância de ampliar o debate sobre ética e sustentabilidade na saúde suplementar”, reforça Cechin.

 

A íntegra da pesquisa está disponível no site do IESS, em www.iess.org.br.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

 

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São Paulo, novembro de 2025 — O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) já é conhecido pela maioria dos brasileiros e é amplamente percebido como um instrumento que pode melhorar o atendimento e a coordenação do cuidado em saúde, segundo pesquisa do instituto Vox Populi encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

 

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

 

Sete em cada dez entrevistados (70% dos respondentes) afirmam já ter ouvido falar sobre o PEP e reconhecem seus potenciais benefícios, como maior agilidade no atendimento, acesso rápido ao histórico clínico e integração entre diferentes profissionais e serviços de saúde.

 

Apesar disso, a pesquisa mostra que a segurança das informações ainda é um ponto sensível: apenas metade dos entrevistados afirma sentir-se segura em ter todos os dados integrados em um único sistema. Entre os que manifestam insegurança, os principais motivos são o medo de vazamento de informações pessoais (57%), o uso comercial dos dados por empresas (11%), a falta de controle sobre quem acessa (11%) e o receio de fraude ou mistura de informações (7%).

 

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, a percepção revela o desafio de equilibrar inovação tecnológica e confiança pública. “O prontuário eletrônico é um avanço essencial para a eficiência e a qualidade do atendimento, mas depende de confiança e transparência. O cidadão precisa ter clareza sobre como seus dados são protegidos e utilizados, sob responsabilidade das instituições de saúde e das operadoras.”

 

O levantamento também evidencia diferenças regionais no nível de conhecimento sobre o prontuário eletrônico. Em Brasília, São Paulo e Porto Alegre, os percentuais de entrevistados que afirmam conhecer o PEP são mais elevados, enquanto em Manaus e Salvador os índices são menores.

 

Mesmo entre os que não conhecem o PEP em profundidade, há ampla concordância quanto aos benefícios esperados: os entrevistados destacam, de forma espontânea, melhor organização das informações médicas, agilidade no atendimento, redução de erros e integração entre unidades e profissionais de saúde.

 

“Esses resultados mostram que a digitalização da saúde é uma realidade percebida pela população”, afirma Cechin. “Há um reconhecimento claro das vantagens do prontuário eletrônico, mas também um alerta sobre a importância de comunicação, governança e segurança digital.”

 

A íntegra da pesquisa está disponível por esse link: https://www.iess.org.br/biblioteca/pesquisa-iess-1/pesquisa-iess/pesquisa-iess-2025

 

Sobre o IESS

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Novembro 2025
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São Paulo, novembro de 2025 - Queda nas consultas ginecológicas e obstétricas, redução dos partos – especialmente cesarianas –, retração nos exames preventivos e avanço expressivo de métodos contraceptivos de longa duração, como o DIU. Dados da saúde suplementar refletem mudanças importantes no comportamento das mulheres no cuidado com a saúde e são a base do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), “Análise do perfil da saúde da mulher entre as beneficiárias: Evolução da produção entre 2019 e 2024”.

 

O trabalho, disponível no site do IESS (clique aqui e acesse a íntegra), promove uma análise integrada das informações e revela uma reorganização consistente das práticas de cuidado feminino ao longo dos últimos anos, sobretudo após a pandemia, além de destacar desafios relevantes para estimular ações preventivas de saúde.

 

“Os dados mostram que as mulheres estão adotando novas escolhas de cuidado e postergando a maternidade, mas também alertam para a necessidade de fortalecer a prevenção. A queda de exames essenciais precisa ser vista com muita atenção”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Ao utilizar dados extraídos do Mapa Assistencial da ANS, referentes aos procedimentos realizados pelos planos de saúde, o estudo observa que, em 2024, 27,5 milhões de mulheres eram beneficiárias da saúde suplementar, ante 25 milhões em 2019, um crescimento de 10% no período. Em agosto de 2025, o número chegou a 27,9 milhões, mantendo a participação feminina em 52,8% dos vínculos ativos.

 

Alerta

 

Mesmo com mais beneficiárias, houve queda em alguns procedimentos entre 2019 e 2024, sobretudo preventivos, como consultas ginecológicas (–12%). Outro ponto de atenção é a redução de 18,4% nos exames Papanicolau e entre 10% e 12% nas mamografias — variação que ocorre porque o estudo acompanha diferentes classificações do exame (convencional/digital, outros tipos e a faixa etária prioritária de 50 a 69 anos), todas apontando queda semelhante.

 

“A pandemia interrompeu fluxos assistenciais e atrasou rotinas de rastreamento. Mesmo após a normalização dos serviços, a retomada da prevenção não avançou no ritmo necessário”, observa Cechin, ao comentar os efeitos remanescentes do período sobre os indicadores de saúde feminina.

 

Os métodos contraceptivos de longa duração avançaram, com crescimento de 33,1% no implante de DIU no período analisado. A queda da fecundidade no país — 1,55 filho por mulher em 2022 — já impacta o padrão de uso dos serviços. As consultas ginecológicas e obstétricas caíram 12% entre 2019 e 2024, acompanhando a redução do total de partos, com quedas de 27,9% nas cesarianas e 9,2% nos partos normais. Ainda assim, a cesariana permanece predominante: 79,8% dos partos na saúde suplementar em 2024, muito acima da recomendação da OMS (10% a 15%).

 

Na oncologia feminina, a mastologia subiu 2,9%, enquanto as internações cirúrgicas relacionadas ao câncer de mama caíram 16,7%, indicando maior detecção precoce, ampliação de terapias menos invasivas e reorganização dos fluxos assistenciais.

 

“Quando vemos menos cirurgias e mais atendimentos especializados, isso sugere avanços importantes na detecção precoce e no manejo clínico. É um movimento positivo que precisa ser consolidado”, conclui Cechin.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Novembro 2025
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São Paulo, novembro de 2025 — Possuir carro, casa própria e celular são os três principais desejos dos brasileiros, seguidos por internet, educação, computador e plano de saúde. Os dados constam da nova edição da pesquisa Vox Populi sobre planos de saúde no Brasil, encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e mostram uma mudança de prioridades dos entrevistados, independentemente de possuir ou não plano de saúde. Clique aqui e acesse a pesquisa.

 

Até a edição anterior do levantamento, de 2021, casa própria, educação e plano de saúde figuravam entre os três principais desejos do brasileiro, tanto para beneficiários quanto para não beneficiários. O Vox Populi alerta, entretanto, que a comparação entre a atual pesquisa e as anteriores, especialmente a de 2021, deve ser feita com cautela e considerar que alterações metodológicas introduzidas em 2025, que incluíram a substituição de “TV a cabo” por “serviços de streaming”, a separação de “computador” e “internet/Wi-Fi” como categorias distintas e o agrupamento de todos os tipos de seguros em uma única opção. Essas mudanças ampliaram as alternativas de respostas possíveis e impactam a ordem de classificação dos itens em relação às pesquisas anteriores, observa o instituto.

 

O plano de saúde figura em sétimo lugar entre os dez itens de maior desejo citados pela população nessa nova edição da pesquisa, ficando à frente de planos odontológicos, seguros e serviços de streaming.

 

O IESS analisa que, feita a ressalva sobre as mudanças metodológicas e suas influências sobre as respostas, a nova pesquisa reflete que o plano de saúde figura dentro dos desejos do brasileiro, mas admite a hipótese de estar se tornando um “sonho distante e de difícil acesso”. Isso porque um conjunto de fatores potencializa o aumento dos custos e reajustes das mensalidades dos planos, encarecendo o preço do produto. É o caso do gigantesco volume de “judicialização predatória” – ações motivadas por demandas não previstas nos contratos e no rol de coberturas e procedimentos –; o processo intenso e “em tempo real” de incorporação de novas tecnologias, especialmente de medicamentos de alto custo, algo sem precedentes no mundo; fraudes; e desperdícios, especialmente de casos de abusos.

 

“A adoção de novas tecnologias é um dos principais catalizadores de custos. O paciente, que é também o beneficiário, demanda e celebra essa incorporação, que amplia a oferta de tratamentos, mas que também envolve aumento de custos”, explica José Cechin, superintendente executivo do IESS. As características que envolvem a saúde suplementar no Brasil encarecem os planos e, para uma parte da população, os altos valores tornam o produto “inacessível”, a ponto de deixar de ser um objeto de desejo. “Vivemos em um país socialmente desigual e heterogêneo. Os valores dos planos de saúde podem estar se tornando algo muito distante da realidade financeira das pessoas e, diante disso, é admissível a hipótese de a pessoa deixar de desejar algo porque se tornou inatingível”, analisa.

 

Ainda no contexto de “acesso”, Cechin destaca o desejo da maioria dos brasileiros especialmente pelo que está a seu alcance financeiro. “O levantamento expressa as mudanças estruturais da vida do brasileiro nos últimos anos, especialmente no aumento do valor atribuído ao carro, ao celular e à conectividade — um reflexo direto da capacidade de consumo e do avanço do empreendedorismo, do trabalho remoto e das novas dinâmicas do mercado nas regiões metropolitanas”, complementa. “Mesmo distante dos primeiros lugares, o plano de saúde permanece entre os desejos mais mencionados — e isso mostra o peso simbólico da proteção à saúde em um país onde o acesso público ainda é desafiador”, reforça.

 

Cechin observa que o resultado demonstra a consolidação do plano como um símbolo de proteção social. “O fato de o plano de saúde aparecer em ambos os grupos, ainda que com intensidades levemente diferentes, mostra que ele já faz parte da cesta de aspirações estruturais do brasileiro — algo que traduz segurança, cuidado e previsibilidade”, conclui.

 

Ranking de desejos:

 

 

Bens e Serviços

Beneficiários de planos de saúde e/ou odontológicos

Não Beneficiários

Casa / apartamento próprio

50%

47%

Celular

40%

37%

Computador / Notebook

23%

24%

Educação

27%

26%

Serviço de streaming TV e/ou música

11%

13%

Plano ou seguro de saúde

18%

19%

Previdência privada

18%

16%

Seguros (automóvel, residencial, vida)

18%

14%

Plano odontológico

9%

12%

O entrevistado pode indicar mais de um item e, por isso, a soma dos itens supera 100%

 

O Vox Populi ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde e aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e dos cidadãos em geral. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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O índice de Variação do Custo Médico-Hospitalar do IESS – VCMH/IESS – expressa a variação do custo médico hospitalar per capita das operadoras de planos de saúde entre dois períodos consecutivos de 12 meses cada. Esse relatório compreende o período de doze meses encerrados em março de 2025 relativamente aos doze meses encerrados em março de 2024. Clique aqui e acesse a íntegra do relatório.

TD
Outubro 2025
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Um novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que os planos odontológicos empresariais já cobrem metade dos empregados formais e suas famílias no Brasil, em uma demonstração de que a saúde bucal está cada vez mais presente na vida do trabalhador formal brasileiro. Em 2024, para cada 100 empregos formais no País, havia 29,4 titulares de planos odontológicos e, considerando dependentes, 52,4 beneficiários. Clique aqui e acesse a íntegra do estudo “A Saúde Odontológica Suplementar no Brasil: Perfil dos Contratantes de Planos Odontológicos em 2024”.

 

“A odontologia suplementar evoluiu para além do atendimento emergencial. Hoje ela é um elo estratégico da saúde corporativa e um componente essencial da prevenção e promoção da saúde, dentro de uma estratégia integrada de cuidados de saúde”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

O relatório mostra que o benefício está fortemente vinculado ao mercado de trabalho formal e se tornou parte das políticas corporativas de valorização e retenção de colaboradores. “A relação direta entre emprego e odontologia suplementar mostra como os planos empresariais se tornaram um instrumento de inclusão social. Ao crescer o emprego, cresce também a cobertura odontológica”, analisa.

 

Atualmente, o Brasil tem 33,6 milhões de beneficiários em planos exclusivamente odontológicos — o maior número da série histórica iniciada em 2000 —, dos quais 71% estão vinculados a contratos empresariais. Entre os grandes setores, Serviços responde por mais da metade da cobertura (55%), seguida da Indústria (24%).

 

Grandes e pequenos

 

A odontologia suplementar brasileira é marcada por uma estrutura dual: de um lado, milhares de microempresas contratantes, que garantem presença territorial ampla; de outro, poucas corporações de grande porte, responsáveis pela escala e sustentabilidade do sistema. Esse modelo faz da odontologia um dos segmentos mais dinâmicos da saúde suplementar, com espaço para crescer nos setores de comércio e serviços, especialmente com a inclusão de dependentes nos contratos corporativos.

 

O estudo expressa o cenário de contrastes que caracteriza a economia brasileira. Embora mais de 92% das empresas contratantes de planos odontológicos tenham até 19 vínculos, elas respondem por 19% dos beneficiários. Já as grandes corporações, que representam 0,2% dos contratantes, concentram 39% das vidas cobertas, cerca de 9,5 milhões de pessoas. Essa estrutura, segundo o IESS, combina ampla capilaridade na base empresarial com forte concentração da cobertura nas organizações de grande porte.

 

A análise setorial reforça esse padrão. A indústria lidera em número de beneficiários (27,7%), seguida por finanças, saúde e atividades administrativas, setores com vínculos mais estruturados. Em contrapartida, comércio e serviços de baixa complexidade, apesar de serem intensivos em mão de obra, ainda têm cobertura abaixo da média nacional, o que revela um potencial de crescimento expressivo.

 

“A adesão a planos odontológicos reflete a valorização do benefício como política de recursos humanos. Por seu custo acessível e alta percepção de valor, o plano odontológico tornou-se um diferencial competitivo e um elemento importante do cuidado preventivo”, destaca Cechin.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Outubro 2025
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O Brasil ocupa o primeiro lugar mundial em prevalência de ansiedade e a quinta posição em depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário, somado ao aumento de 240% nos atendimentos por ansiedade no SUS entre 2018 e 2023, projeta um futuro preocupante: a prevalência dos transtornos relacionados à saúde mental tende a aumentar e os custos com cuidado podem crescer 60% até 2035. A conclusão é do estudo “Caminhos da Saúde Suplementar 2035 – Perspectivas 2035: Saúde Mental”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em parceria com a Ecare, maior rede de clínicas em psiquiatria e psicologia e soluções em saúde mental da América Latina, e a Heads in Health, consultoria especializada em gestão de dados na saúde.

 

O trabalho integra a série especial “Caminhos da Saúde Suplementar – Perspectivas 2035”, que vem analisando os principais desafios e tendências para o setor no horizonte das próximas décadas. Clique aqui e acesse a íntegra do estudo.

 

O cenário preocupante e de tendência de agravamento estimulou os pesquisadores a proporem seis eixos estratégicos para a melhoria dos cuidados de saúde mental dentro do sistema de saúde brasileiro (público e privado):

  • Prevenção estrutural e políticas públicas;

  • Integração público-privada com financiamento baseado em valor;

  • Uso responsável de tecnologia;

  • Capacitação de profissionais em competências digitais e medicina de precisão;

  • Monitoramento e pesquisa com indicadores confiáveis; e

  • Redução do estigma e da garantia de direitos.

 

Ao analisar tendências emergentes da área e que já estão em curso, o trabalho chama atenção para alguns pontos capazes de redesenhar o futuro do cuidado em saúde mental. É o caso do uso de biomarcadores genéticos e digitais para diagnóstico precoce; adoção de novas terapias farmacológicas (como cetamina, psicodélicos e até terapia gênica); e uso de tecnologias digitais de suporte, como telepsiquiatria e aplicativos terapêuticos.

 

“O Brasil precisa decidir se seguirá em um caminho tendencial, com custos crescentes e insustentáveis, além de desigualdades crescentes, ou se adotará um modelo transformador, baseado em integração e inovação responsável”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Segundo o estudo, 10,27% da população adulta brasileira, cerca de 16,3 milhões de pessoas, apresenta sintomas depressivos. Há também uma correlação entre saúde mental e doenças físicas. Pacientes com transtornos psiquiátricos têm 54% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, além de maior vulnerabilidade em condições como diabetes, câncer e obesidade. Em todas essas situações, a presença de comorbidades mentais compromete a adesão ao tratamento e os resultados clínicos.

 

Do ponto de vista econômico, os custos indiretos relacionados a absenteísmo e presenteísmo variam entre US$ 681 e US$ 10.965 por trabalhador/ano, frequentemente superando as despesas médicas diretas, segundo o estudo. Além disso, os custos com saúde mental crescem em ritmo mais acelerado do que a média das demais despesas médicas, o que amplia o risco de insustentabilidade para o sistema.

 

A situação identificada mostra um cenário desafiador: apenas 23% dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) contam com psiquiatras em tempo integral, sobrecarregando profissionais que chegam a atender até 1,2 mil pacientes ao ano. No setor privado, o desafio não é menor: 78% dos psiquiatras estão concentrados em capitais, ampliando os vazios assistenciais no interior dos Estados, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

 

Além disso, o estudo sugere atenção especial ao diagnóstico precoce de transtornos mentais em crianças e adolescentes, especialmente no ambiente escolar. A triagem em fases iniciais permite a identificação mais rápida, maior adesão a tratamentos e melhores resultados clínicos. Países como o Brasil, inclusive, onde há escassez de especialistas, a escola pode se tornar um ponto estratégico de intervenção em saúde pública, funcionando como porta de entrada para encaminhamentos e cuidados adequados.

 

“O cuidado em saúde mental precisa ser visto como estratégico e transversal, impactando diretamente resultados clínicos em todas as áreas da medicina”, afirma Eduardo Tancredi, médico psiquiatra e sócio-fundador da Ecare

 

Para Paulo Vaz, fundador da Heads in Health e sócio da Ecare, a saúde mental é determinante não apenas para o bem-estar individual. “Estamos falando de uma agenda que busca equilíbrio social e sustentabilidade econômica de empresas e dos próprios sistemas de saúde”, observa.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação

Jander Ramon

[email protected]

Outubro 2025
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A satisfação com os planos de saúde médicos e odontológicos atingiu o melhor resultado da série histórica iniciada em 2013, consolidando a percepção positiva da saúde suplementar entre os brasileiros. O resultado integra a nova edição da pesquisa Vox Populi, realizada a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Clique aqui e acesse a íntegra da pesquisa.

 

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

 

Entre os beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, 85% declararam estar muito satisfeitos ou satisfeitos. A recomendação dos planos também registrou o melhor desempenho da série histórica, com 88,3% dos entrevistados afirmando que recomendariam o seu plano atual. Já a intenção de permanência chegou a 94,8%, reforçando o alto grau de fidelidade e confiança dos beneficiários.

 

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, os resultados mostram a consolidação da saúde suplementar como um componente essencial do bem-estar. “Os índices de satisfação e fidelidade permanecem em patamares muito elevados, o que demonstra a solidez da saúde suplementar e a confiança dos brasileiros nos serviços que contratam. O plano é visto não apenas como um benefício, mas como um instrumento de segurança e tranquilidade para a família.”

 

Entre as oito regiões analisadas, o Rio de Janeiro apresentou o maior índice de satisfação (92%), seguido por Brasília (87%) e Porto Alegre (86%). Os principais motivos de satisfação apontados foram a qualidade e a agilidade do atendimento, além da percepção de que o plano atende às necessidades de saúde do beneficiário.

 

O índice de insatisfação, de 14,3%, permanece idêntico ao levantamento anterior (2021), mostrando estabilidade nas percepções críticas. As principais queixas entre os insatisfeitos concentram-se na dificuldade para agendar consultas e exames, no valor elevado das mensalidades e no tempo de espera no atendimento.

 

Além do nível de satisfação, o levantamento também buscou compreender as motivações que levam os brasileiros a manter ou contratar um plano de saúde. Entre as principais razões apontadas, os beneficiários destacam: segurança em casos de emergência (34%), segurança/tranquilidade em relação à saúde da família (28%) e qualidade do atendimento (23%).

 

Entre os não beneficiários, a pesquisa também investigou as razões para não possuir um plano de saúde. A principal justificativa apontada foi o custo elevado, mencionada por 66% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a falta de condições financeiras no momento (23%), a percepção de que o sistema público é suficiente (6%) e a falta de interesse pessoal (3%). Um pequeno percentual (2%) disse não ter plano por outros motivos, como mudança de emprego ou dependência de cobertura familiar.

 

Sobre as questões financeiras apontadas, o IESS reconhece que a saúde suplementar está inserida em um ambiente de preços altos e reajustes elevados, o que dificulta o acesso à população. Isso decorre de fatores como o intenso ritmo de inovações e incorporações tecnológicas na saúde, “quase em tempo real”, capazes de gerar ganhos assistenciais na maioria das vezes, mas que também implicam impactos sobre os custos nem sempre percebidos pelos contratantes. Da mesma forma, o grande volume de judicialização e práticas fraudulentas do sistema também impactam as despesas, configurando outros catalizadores de preços e reajustes.

 

Planos odontológicos

Entre os beneficiários de planos odontológicos, o índice de satisfeitos ou muito satisfeitos chegou a 87%, o maior já registrado desde o início da série. A recomendação alcançou 88%, e a intenção de manter o plano atingiu 90%, confirmando o crescimento consistente de fidelidade observado nas últimas edições da pesquisa. A qualidade técnica dos profissionais foi apontada como o principal fator de satisfação, seguida pela facilidade de acesso aos serviços e pelo custo-benefício percebido.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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