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Maio 2025
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São Paulo, maio de 2025 - Formas para garantir mais acesso dos pacientes às estruturas de saúde e como assegurar uma assistência em melhores condições foram a essência das apresentações e debates do “Fórum IESS na Hospitalar 2025”, realizado em 23 de maio durante o maior encontro do setor de saúde da América Latina. Ainda que os temas dos dois painéis do evento fossem distintos, prevaleceu a mensagem de que o cuidado mais adequado beneficia o paciente e torna o sistema de saúde mais eficiente, inclusive com impactos financeiros positivos. “Ter eficiência é fundamental para garantir acesso ao sistema e às tecnologias diante de recursos cada vez mais escassos”, disse o presidente do Conselho Diretor do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Celso Dias Lopes, na abertura do evento.

 

No primeiro painel, foi apresentado o estudo Jornada do Paciente Oncológico na Saúde Suplementar, desenvolvido pela consultoria Design para Estratégia. Disponível em https://jornadadopacienteonco.com.br. O estudo revelou a ausência de orientação aos beneficiários para exames de diagnóstico precoce e respectivas condutas após os resultados. Vini de Castro, diretor da empresa, destacou que, embora essa seja uma responsabilidade individual, o modelo atual de atendimento não oferece suporte ao paciente durante toda sua jornada longitudinal. “Na saúde suplementar, ninguém é responsável por garantir que o paciente realize os exames e adote as providências que os resultados requerem”, resumiu ele.

 

O levantamento também indica que, no pós-diagnóstico — momento mais sensível para o paciente —, há desassistência e falta de acolhimento. “O paciente navega, no momento mais crítico, por sistemas de contato automatizados, sem apoio profissional”, relatou Castro. Para mudar esse cenário, ele defendeu que todos os agentes da cadeia de saúde, inclusive médicos, devem rever processos e entender as necessidades do paciente. “Hoje, essa conduta está concentrada nas equipes assistenciais. Não por processo, mas por empatia”, pontuou.

 

Ana Luísa Seleme, diretora da consultoria MedH, apresentou experiências práticas com equipes multidisciplinares no acompanhamento de pacientes. Destacou o papel das enfermeiras, cujas ações resultaram em ganhos clínicos, maior adesão a terapias, detecção precoce de efeitos colaterais e monitoramento da jornada do paciente. “É possível entender a dinâmica dos pacientes e garantir soluções de navegação para cada perfil. Um profissional de referência ajuda bastante a tornar o processo mais eficiente”, afirmou.

 

Ela também mencionou benefícios econômicos, ainda que secundários, como a redução no tempo de diagnóstico e tratamento, aumento da satisfação de pacientes e familiares, e mais agilidade no cuidado.

 

Desospitalização

 

O segundo painel analisou estruturas de transição para pacientes pós-agudo, também reforçando que o cuidado eficiente gera ganhos clínicos e reduz desperdícios. Especialistas apontaram que as iniciativas de desospitalização vêm se consolidando como alternativas relevantes no modelo assistencial. “O cuidado pós-agudo é uma oportunidade para um cuidado melhor e a um preço mais adequado”, resumiu Anderson Mendes, diretor de Negócios da Premium Care.

 

Segundo ele, o envelhecimento da população exige novas estruturas de atenção. Hospitais de transição e cuidados domiciliares devem ser considerados sob outra perspectiva. “Há muito foco em ferramentas e pouco em estratégia. Quando se vê o hospital de transição como mais um credenciamento, perdemos a chance de aplicar o cuidado certo, na hora e no local corretos”, alertou.

 

Felipe Vecchi, diretor médico e de Operações da BSL, destacou que o cuidado agudo no hospital está bem definido. “Mas há um ‘abismo’ entre o hospital e o domicílio do paciente”, disse. Estudo da UFMG apontou que quase 9% das hospitalizações no sistema suplementar — cerca de 83 mil diárias — são evitáveis, com readmissões em até 30 dias. “Isso representa um custo superior a R$ 450 milhões. É um enorme potencial de redução de desperdícios”, avaliou.

 

Superintendente executivo do IESS, José Cechin abordou a importância dos cuidados paliativos fora do ambiente hospitalar, com foco em dignidade no fim da vida. Regina Mello, gerente executiva de Saúde da Vivest, complementou com dados: no último ano de vida, a sinistralidade de um paciente pode atingir 1.177%. “A questão não é o custo, mas que tipo de cuidado está sendo oferecido. Isso deveria representar melhor condição de cuidado, o que nem sempre ocorre”, afirmou.

 

A operadora passou a adotar o cuidado coordenado, reforçando métodos preventivos e o uso de estruturas alternativas aos hospitais. Essa nova abordagem também exige um novo relacionamento com os familiares do paciente.

 

Lidiane Furtado, assistente social da Amil que atua na área de desospitalização, destacou que o novo modelo assistencial requer sensibilização da família para compreender seu papel no processo. “É fundamental colocar a família como parte do cuidado e promover uma comunicação clara para que todos entendam suas responsabilidades”, afirmou.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Maio 2025
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O número de brasileiros com planos de saúde médico-hospitalares atingiu, em março de 2025, o maior patamar da série histórica: 52,1 milhões de beneficiários. O dado consta da 105ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e reflete um movimento diretamente associado à retomada do emprego formal no país.

 

Clique aqui e veja a íntegra da NAB 105.

 

Nos 12 meses encerrados em março, o Brasil gerou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged. No mesmo período, os planos coletivos empresariais – vinculados ao mercado formal – cresceram 3,5%, com a inclusão de 1,27 milhão de novos beneficiários. Hoje, 72% das pessoas que possuem plano de saúde estão nessa modalidade de contratação.

 

“Há uma correlação direta e expressiva entre o crescimento do emprego formal e o aumento da cobertura dos planos empresariais. Isso reafirma a importância do vínculo empregatício para o acesso à saúde suplementar no Brasil”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Por outro lado, é preciso considerar que o mercado de trabalho passa por um processo de transformação, com profundas mudanças nas relações de trabalho, com crescimento do empreendedorismo e cada vez mais será preciso analisar como a saúde suplementar vai se ajustar à essa nova dinâmica”, pondera.

 

Conforme demonstra a Análise Especial da NAB, o avanço é ainda mais significativo ao se considerar o cenário histórico: em 2000, os planos coletivos empresariais somavam 6 milhões de beneficiários. Hoje, ultrapassam os 37,6 milhões – um crescimento de 520% em 25 anos. Já os planos individuais ou familiares, apesar de terem aumentado em número absoluto desde então, perderam participação relativa no mercado e registraram queda de 1,3% no último ano – reflexo das restrições da regulamentação desse segmento.

 

“O crescimento observado no último ano concentrou-se exclusivamente nos contratos empresariais. Planos por adesão e individuais tiveram retração. Isso reforça a urgência de debates sobre a sustentabilidade e ampliação do acesso a outras modalidades de contratação”, analisa Cechin.

 

Outro destaque do relatório é o desempenho dos estados. São Paulo liderou a expansão, com 295 mil novos beneficiários em planos médico-hospitalares e mais de 517 mil em planos exclusivamente odontológicos. Em contrapartida, o Rio de Janeiro registrou a maior retração, com perda de 126,7 mil vínculos médico-hospitalares.

 

O total de beneficiários em planos odontológicos também cresceu de forma robusta: 2 milhões de novos vínculos em 12 meses, atingindo 34,6 milhões de pessoas e crescimento anual de 6,2%.

 

“Os números indicam não apenas uma recuperação pós-pandemia, mas uma consolidação do papel dos planos de saúde empresariais como principal porta de entrada para a saúde suplementar. A discussão sobre políticas públicas para ampliar e diversificar o acesso continua sendo estratégica”, pontua Cechin. 

 

 

NAB
Abril 2025
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O comportamento do mercado de saúde suplementar no Brasil apresenta, neste momento, situações opostas nas duas maiores economias do País. Enquanto São Paulo registrou crescimento de 315,5 mil beneficiários em planos médico-hospitalares em fevereiro de 2025 ante o mesmo mês do ano anterior (alta de 1,8%), o Rio apresentou queda de 101,2 mil beneficiários, na mesma base comparativa (-1,8%). Os dados fazem parte da 104ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). 

 

No total nacional, fevereiro contabilizou 52,2 milhões de beneficiários, com acréscimo de 912,7 mil vínculos no período analisado, o que representa alta de 1,8%.

 

Clique Aqui e acesse a íntegra da NAB 104.

 

“A comparação entre Rio e São Paulo evidencia um cenário de contrastes marcantes dentro da região mais desenvolvida do País. Enquanto um estado atrai beneficiários, o outro perde participação”, observa José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Isso representa um desafio para o planejamento do setor.”

 

A taxa de cobertura nacional estimada é de 24,4%. O avanço no número de vínculos foi impulsionado principalmente pelos planos coletivos empresariais, que somam agora 37,7 milhões de beneficiários, crescimento de 3,7% em 12 meses. O segmento representa 72,1% dos vínculos médico-hospitalares. Em contrapartida, os planos individuais ou familiares seguem em retração, com redução de 89,5 mil beneficiários no mesmo período (-1%).

 

“O crescimento dos vínculos é positivo, mas ainda não é possível garantir que esse comportamento vai se manter”, alerta Cechin. “Vai depender muito do ritmo de crescimento da economia nos próximos meses”, complementa. 

 

 

Abril 2025
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O Distrito Federal atingiu taxa de cobertura de planos odontológicos para 23,9% da população em fevereiro desse ano, um índice significativamente superior à média nacional, que é de 16,2%. O dado faz parte da Análise Especial da edição 104 da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB nº 104), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

 

A Análise Especial está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-04/AE%20104.pdf

 

O número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos cresceu de 672,8 mil em fevereiro de 2024 para 715,4 mil em fevereiro de 2025, representando um crescimento de 6,3% na comparação entre os períodos – a média nacional foi de 5,7% no mesmo intervalo.

 

O crescimento é expressivo em todas as faixas etárias, especialmente entre adultos de 19 a 58 anos, bem como idosos com 59 anos ou mais, indicando uma ampliação do acesso à saúde bucal em diferentes fases da vida.

 

“Pelas características do mercado de trabalho, o Distrito Federal lidera a cobertura nacional de planos odontológicos. A ampliação da cobertura odontológica evidencia a preocupação com a saúde bucal”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Segundo o relatório, o número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos no País ultrapassou 34,4 milhões em fevereiro de 2025, representando o crescimento de 5,7%. A NAB relata que 80,7% dos vínculos em planos odontológicos são de contratos empresariais.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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LetraCerta Inteligência em Comunicação 

Jander Ramon

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Abril 2025
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Em um momento de crescente atenção à causa do autismo no Brasil e no mundo, um novo estudo oferece uma contribuição valiosa para a compreensão e a qualificação dos tratamentos voltados a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desenvolvido em parceria entre o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e a Genial Care — rede de clínicas especializada no cuidado de crianças autistas —, o levantamento analisa como aperfeiçoar modelos de tratamento ao propor meios para um cuidado mais equilibrado e embasado em ciência. Clique aqui e acesse a íntegra do estudo.

 

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril pela Organização Mundial da Saúde (OMS), representa uma oportunidade para ampliar o debate e encorajar melhorias no plano terapêutico. Não há dados oficiais consolidados sobre a prevalência do TEA no Brasil. Por isso, o estudo “TEA na Saúde Suplementar” se baseia em estimativas internacionais como referência e a principal delas é a do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), que aponta que 1 em cada 36 crianças está no espectro autista. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, houve um aumento de aproximadamente 37% nos diagnósticos de TEA no Brasil entre 2014 e 2019. A prevalência estimada no País, com base em dados da literatura científica, fica entre 1% e 1,5% das crianças. Esses números indicam um crescimento importante nos diagnósticos — impulsionado por maior conscientização, melhoria dos critérios clínicos e ampliação do acesso a serviços especializados.

 

O estudo destaca, entre outros pontos, a recomendação para que os tratamentos tenham foco personalizado e a necessidade de adoção de práticas respaldadas por comprovação científica — a chamada “medicina baseada em evidências”. É o caso, por exemplo, de abordagens como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), o uso de suportes visuais e de comunicação alternativa. A distinção entre práticas clínicas, estratégias de ensino e estruturação de sessões também se mostra fundamental para a qualidade do atendimento.

 

“Podemos redefinir o tratamento do autismo com um foco maior na qualidade. Isso significa promover a autonomia e o potencial das crianças por meio de intervenções personalizadas, ajustadas conforme necessário e alinhadas com transições para outras terapias. Ciclos ágeis de avaliação permitem identificar e adaptar estratégias eficazes, garantindo resultados consistentes. A abordagem multidisciplinar enriquece o planejamento terapêutico, ampliando perspectivas e impactando positivamente o desenvolvimento”, explica o fundador e CEO da Genial Care, Kenny Laplante.

 

Embora a Resolução Normativa 539/2022 da ANS garanta a cobertura de qualquer técnica prescrita por um médico, a adoção de métodos terapêuticos sem respaldo científico pode comprometer os resultados e, em alguns casos, até agravar o quadro clínico do paciente.

 

Essa compreensão é essencial para orientar o processo de definição do plano terapêutico, sua execução e os objetivos clínicos traçados. Trata-se de uma responsabilidade compartilhada entre profissionais de saúde, entidades de classe, operadoras de planos, autoridades públicas e responsáveis pelos pacientes.

 

Contudo, os desafios são significativos. Um dos equívocos identificados pelo estudo é a excessiva carga horária de terapias, que pode gerar sobrecarga emocional, estresse familiar e uso ineficiente dos recursos disponíveis — sem necessariamente resultar em melhores desfechos clínicos.

 

“Há uma crença de que quanto mais terapia, melhor. O que o estudo mostra é que o foco deve estar na qualidade e personalização do cuidado, não na quantidade de horas”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Outros pontos críticos destacados pelo estudo incluem:

  • O crescimento expressivo nos diagnósticos, sem expansão proporcional da rede de atendimento;
  • A escassez de profissionais qualificados, como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais;
  • A judicialização crescente e a falta de padronização entre clínicas e protocolos terapêuticos.

     

Apesar dos desafios, o estudo também aponta caminhos promissores. Entre eles, o uso de tecnologias como inteligência artificial e realidade virtual, que podem contribuir tanto para diagnósticos mais precoces quanto para o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas.

 

Diante do aumento dos diagnósticos e da ampliação do acesso a tratamentos, começa a ser possível avaliar o histórico de pacientes e as abordagens utilizadas por diferentes prestadores, o que pode orientar políticas públicas e práticas clínicas mais eficazes.

 

O estudo recomenda, ainda, que para promover um modelo de cuidado mais eficiente e sustentável, é fundamental que toda a cadeia de valor da saúde invista em:

  • Formação continuada de profissionais;
  • Uso de indicadores objetivos de progresso terapêutico;
  • Maior integração entre políticas públicas e o setor suplementar.

     

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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LetraCerta Inteligência em Comunicação

Jander Ramon

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Março 2025
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Enquanto a economia brasileira enfrentou uma queda no número de empregos formais no final de 2024, o setor da saúde teve comportamento distinto, apresentando uma leve alta. A constatação é do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), relatada na nova edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS).

 

Clique aqui e acesse a íntegra do documento.

 

O documento mostra que a empregabilidade na cadeia produtiva da saúde oscilou 0,1% entre setembro e dezembro, enquanto o mercado de trabalho brasileiro, de forma geral, diminuiu 0,6%.

 

Assim, na comparação de dezembro ante setembro, a saúde teve um saldo positivo de 8 mil novos postos de trabalho, enquanto o Brasil registrou, na mesma base comparativa, a perda de 535,5 mil ocupações formais. A saúde representa 10,9% do total de empregos no Brasil. Encerrou 2024 com 5,1 milhões de trabalhadores formais, sendo 4,1 milhões da área privada e aproximadamente 1 milhão no sistema público. O segmento da saúde suplementar teve o acréscimo de 181 mil empregos em 12 meses, impulsionando o setor como todo.

 

"Os números mostram a força e a resiliência da saúde e confirmam o papel estratégico desempenhado pelo setor na economia brasileira. Enquanto outros setores sofrem com demissões, a saúde continua gerando empregos", analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Principais destaques do Relatório:

 

  • Saúde x Economia Geral: Enquanto o mercado de trabalho brasileiro recuou 0,6%, e a economia sem considerar o setor da saúde caiu 0,7%; a cadeia produtiva da saúde apresentou leve alta de 0,1%;
  • Panorama do Emprego no Brasil: O saldo de empregos formais foi negativo em 535,5 mil postos, com as respectivas quedas nos setores de Serviços (-257,7 mil), Indústria (116,4 mil), Construção (-89,6 mil), Agropecuária (-46,6 mil) e Comércio (-25 mil);
  • Setor Privado em Expansão: A área privada da saúde registrou alta de 0,1%, enquanto o setor público diminuiu 0,4%;
  • Desempenho Regional: O setor de saúde cresceu no Nordeste (alta de 0,5%), Centro-Oeste (alta de 0,4%), Sul (alta de 0,4%) e Sudeste (alta de 0,2%), mas teve retração no Norte, ficando negativo em 1,5%.

Fórum IESS na Hospitalar 2025

Nome Ana Sobrenome Borges
Submitted by aborges on
Somos parceiros da Hospitalar 2025. Use o código HIE15 e receba 15% de desconto no ingresso. No dia 23 de maio de 2025, das 09h às 12h, o IESS — Instituto de Estudos de Saúde Suplementar — promoverá um dos encontros mais relevantes do setor durante a Hospitalar 2025, no São Paulo Expo (SP).
NAB
Março 2025
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O crescimento do mercado brasileiro de saúde suplementar está sendo impulsionado, em números absolutos, pelo desempenho do Estado de São Paulo. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) 103, produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o Estado registrou, em janeiro de 2025, 18,3 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares, correspondendo a 35,8% do total nacional.

 

Acesse a íntegra em https://www.iess.org.br/biblioteca/periodico/nab/103a-nab

 

A marca de 18,3 milhões de beneficiários corresponde a um crescimento de 1,8% ante janeiro de 2024 e corresponde ao saldo de 317,3 mil novos beneficiários. No País, janeiro registrou 52,2 milhões de beneficiários, alta de 2% ante o mesmo mês do ano passado, equivalendo a um saldo de 1 milhão de novos beneficiários no período. Ou seja, isoladamente, São Paulo respondeu por 31,7% dos novos usuários de planos de saúde do Brasil. O Estado detém uma taxa de cobertura (percentual do total da população que conta com o benefício do plano de saúde,) de 39,8%, enquanto a média nacional é de 24,6%.

 

Na visão do IESS, o crescimento paulista reflete a recuperação econômica e a valorização da assistência à saúde pelos trabalhadores. “A saúde suplementar no Brasil segue em expansão, mas é notável como São Paulo se destaca. A taxa de cobertura do estado supera a média nacional em mais de 15 pontos percentuais”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Crescimento impulsionado pelos planos coletivos empresariais

 

O aumento do número de beneficiários no estado foi impulsionado pelos planos coletivos empresariais, que cresceram 3,3% em 12 meses, somando 440,7 mil novos vínculos. Em contrapartida, os planos individuais ou familiares registraram queda de 1,3%, e os planos coletivos por adesão recuaram 5,8%.


A correlação entre o crescimento do emprego formal e a expansão dos planos coletivos empresariais é evidente. Dados do Novo Caged (Ministério do Trabalho e Emprego) apontam que São Paulo criou 457,3 mil postos de trabalho formais entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. “O desempenho positivo do mercado de trabalho tem impacto direto no aumento dos beneficiários de planos de saúde. O crescimento do emprego formal reforça a tendência de ampliação dos planos coletivos empresariais, que são oferecidos como benefício aos trabalhadores”, explica Cechin.

 

Destaque nacional e comparações regionais
 

O crescimento de São Paulo contrasta com o desempenho de outros estados. Enquanto o estado teve 317,4 mil novos beneficiários, o Rio de Janeiro perdeu 87,3 mil vínculos no mesmo período. No Norte e Nordeste, as taxas de cobertura permanecem abaixo da média nacional, com 11,2% e 12,9%, respectivamente. “A disparidade regional na cobertura de planos de saúde ainda é um desafio. Enquanto São Paulo se aproxima dos 40% de cobertura, outras regiões do país possuem taxas mais baixas, o que reforça a importância do debate sobre acesso à saúde suplementar e políticas de incentivo à ampliação do setor”, avalia Cechin.

 

Expansão dos planos odontológicos
 

O segmento de planos exclusivamente odontológicos também apresentou crescimento. Em janeiro de 2025, o Brasil registrou 34,4 milhões de beneficiários nesses planos, um aumento de 6% em 12 meses, equivalente a 1,9 milhão de novos vínculos. Em São Paulo, o crescimento foi de 5,2%, com um acréscimo de 581 mil beneficiário, ou quase um terço do crescimento nacional.

 

Os planos coletivos empresariais foram os principais responsáveis por essa expansão, representando 88,5% dos planos odontológicos coletivos. Já os planos individuais ou familiares cresceram 9,8%, um ritmo mais acelerado em relação aos planos médico-hospitalares.

 

Para Cechin, esse crescimento reforça a conscientização sobre a importância da saúde bucal. “A ampliação do acesso a planos odontológicos reflete não apenas a demanda crescente da população, mas também o reconhecimento das empresas de que a saúde bucal impacta diretamente a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores”, destaca Cechin.

 

Perspectivas para o setor
 

O cenário de expansão da saúde suplementar em São Paulo reflete uma tendência de valorização da saúde privada no Brasil. A continuidade do crescimento do setor depende da expansão do mercado de trabalho e da atividade econômica.

 

“A tendência é que o crescimento continue acompanhando o avanço do emprego formal e a atividade econômica. Se a geração de empregos se mantiver em alta, o número de beneficiários dos planos de saúde deve seguir essa curva ascendente nos próximos meses”, conclui Cechin.

 

A íntegra da NAB está disponível em https://www.iess.org.br/biblioteca/periodico/nab/103a-nab

 

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Fevereiro 2025
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Minas Gerais atingiu um marco histórico no setor de saúde suplementar em 2024. Segundo a 102ª edição da NAB (Nota de Acompanhamento de Beneficiários), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o Estado registrou o recorde de 5,8 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares em dezembro de 2024, crescimento de 2,4% ante o ano anterior, consolidando-se como o segundo maior mercado da região Sudeste, atrás apenas de São Paulo.

Clique  e acesse a íntegra do relatório.

Os principais destaques da Análise Especial do relatório incluem:

  • Crescimento expressivo dos planos coletivos empresariais: aumento de 130,2 mil beneficiários, alta de 3,1%, no último ano.
  • Expansão do mercado de trabalho: segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, Minas Gerais registrou 139,5 mil novas vagas formais entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024 (crescimento de 2,9%).
  • Taxa de cobertura acima da média nacional: 28,3% da população mineira possui plano médico-hospitalar, superando a média nacional de 24,6%.
  • Aumento do número de beneficiários em todas as faixas etárias, com destaque para a população de 59 anos ou mais, que teve o maior crescimento percentual (alta de 3,4%).

 

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, destaca a correlação entre o crescimento do mercado de trabalho e a expansão de beneficiários no Estado.

 

“O crescimento do número de beneficiários em Minas Gerais reflete a atividade econômica no Estado, a qualidade dos empregos gerados (considerando o benefício dos planos de saúde para os empregados) e a valorização da saúde pelos mineiros”, analisa. “O aumento do emprego formal impulsiona diretamente a contratação de planos coletivos empresariais, garantindo acesso a assistência médica de qualidade para um número crescente de trabalhadores e suas famílias.”

 

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