São Paulo, agosto de 2025 – O Brasil registra 3,6 milhões de beneficiários com planos de saúde que integram cobertura médica e odontológica em um mesmo contrato, segundo levantamento inédito apresentado na Análise Especial da 108ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A modalidade, que une diferentes tipos de assistência em uma única apólice ou contrato, representa uma alternativa com mais conveniência para o consumidor e maior potencial de fidelização pelas operadoras.
Os planos combinados representam também um caminho importante para a integração dos cuidados em saúde no setor suplementar. Ao reunir diferentes tipos de cobertura — ambulatorial, hospitalar e odontológica — em um mesmo contrato, esse modelo amplia o escopo de atendimento disponível ao beneficiário, facilita o acompanhamento preventivo e promove maior continuidade do cuidado.
O beneficiário passa a ter uma experiência assistencial médica e odontológica mais fluida, mais integrada entre as especialidades e serviços complementares. Isso contribui para um sistema mais eficiente dentro de um planejamento coordenado de cuidado.
Esse tipo de plano oferece também mais praticidade administrativa, tanto para empresas contratantes quanto para os próprios usuários, além de possível redução de custos por sinergia de coberturas.
A oferta integrada aparece com mais força no contexto de crescimento dos planos coletivos empresariais, fortemente relacionados ao desempenho do mercado de trabalho formal. De acordo com o Novo Caged, o país criou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada entre junho de 2024 e junho de 2025, crescimento de 3,4%. No mesmo período, os planos médico-hospitalares do tipo coletivo empresarial registraram exatamente 1,6 milhão de novos vínculos, alta de 4,5%.
“Há uma correlação direta entre a formalização do trabalho e o acesso à saúde suplementar. Os planos combinados, embora ainda representem uma fatia minoritária, apontam para uma diversificação importante na forma como os serviços são ofertados e contratados e, para as empresas que concedem o benefício a seus colaboradores, uma clara demonstração de oferecer as melhores condições assistenciais em saúde”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
A análise mostra que, entre os 52,9 milhões de beneficiários com planos médico-hospitalares ativos em junho de 2025:
- 49,3 milhões possuíam exclusivamente esse tipo de cobertura;
- 3,6 milhões tinham contratos combinados com assistência odontológica.
Quando somados aos 34,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, o país contabiliza 38 milhões de pessoas com algum tipo de cobertura odontológica ativa.
Outros destaques da NAB 108:
- Cobertura médico-hospitalar atinge 24,8% da população brasileira
- Cobertura exclusivamente odontológica alcança 16,1%
- Planos coletivos representam 83,7% dos vínculos médico-hospitalares, sendo 86,7% empresariais
Estados com maior crescimento absoluto (jun/24 a jun/25):
- São Paulo: +469 mil vínculos médico-hospitalares e +296 mil odontológicos
- Rio de Janeiro e Minas Gerais também apresentaram altas relevantes
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
São Paulo, agosto de 2025 – O Brasil caminha para que, em 2035, um terço da população adulta viva com obesidade, cenário que traria impactos bilionários para os sistemas público e suplementar de saúde. Mas este não é um destino inevitável. De acordo com estudo inédito do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a implementação de estratégias integradas – que combinam políticas públicas, reorganização do cuidado e incentivos econômicos – pode reduzir em até 25% a prevalência projetada e frear o crescimento dos custos assistenciais.
A pesquisa, intitulada “Obesidade no Horizonte 2035: Desafios Sistêmicos e Perspectivas para o Brasil”, apresenta uma abordagem multidimensional para o enfrentamento da obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como pandemia global. No Brasil, a prevalência saltou de 12,2% em 2006 para 22,5% em 2020. Entre os beneficiários da saúde suplementar, o avanço foi de 55,8% em 14 anos.
No enfrentamento desse desafio, o estudo cita casos internacionais de sucesso, como a taxação de bebidas açucaradas no México, que reduziu o consumo em 7,6% em dois anos; o modelo britânico de serviços escalonados de gestão de peso, que ampliou a retenção de pacientes; e os centros especializados em obesidade infantil da Dinamarca, articulados com a atenção primária.
Medidas-chave recomendadas pelo estudo:
- Mudança nos modelos de remuneração em serviços prestados na saúde suplementar: migrar de pagamento por episódio (fee-for-service) para o cuidado baseado em valor, incentivando desfechos clínicos como redução de IMC e complicações.
- Linhas de cuidado específicas para obesidade, com triagem sistemática, acesso a equipes multiprofissionais e protocolos clínicos padronizados.
- Medidas fiscais e regulatórias, como maior taxação de alimentos calóricos e de baixo conteúdo nutritivo (entre eles muitos dos ultraprocessados e bebidas açucaradas), com reinvestimento em programas de educação nutricional e subsídios a alimentos saudáveis.
- Sistemas robustos de vigilância epidemiológica, integrando dados do SUS e da saúde suplementar para monitoramento contínuo e tomada de decisão baseada em evidências.
Impacto econômico
Atualmente, a obesidade custa ao Brasil mais de R$ 70 bilhões por ano, considerando despesas médicas e perdas de produtividade. Sem mudanças, a projeção é de aumento de 60% nos custos até 2035. “O combate à obesidade é não apenas um imperativo de saúde pública, mas também uma estratégia econômica inteligente. Prevenir e tratar de forma integrada significa economizar recursos e melhorar a qualidade de vida e a longevidade de milhões de brasileiros”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
O estudo integra a série Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035, que reúne a visão de especialistas em economia da saúde, gestão hospitalar, promoção da saúde e profissionais especializados em políticas públicas para indicar as tendências da saúde na próxima década e propor soluções sustentáveis capazes de enfrentar os desafios projetados. O documento completo, bem como os demais trabalhos da série, está disponível em: www.iess.org.br.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
O índice de Variação do Custo Médico-Hospitalar do IESS – VCMH/IESS – expressa a variação do custo médico hospitalar per capita das operadoras de planos de saúde entre dois períodos consecutivos de 12 meses cada. Esse relatório compreende o período de doze meses encerrados em dezembro de 2024 relativamente aos doze meses encerrados em dezembro de 2023. Clique aqui e acesse a íntegra do relatório.
São Paulo, 23 de julho de 2025 – A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no Brasil enfrenta falhas estruturais que comprometem a eficiência e a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar, a previsibilidade regulatória e o acesso equitativo às inovações. O novo trabalho do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), “Avaliação de Tecnologias em Saúde na Saúde Suplementar: Desafios e Oportunidades para o Sistema Brasileiro”, aponta relevantes desafios a serem superados para o aperfeiçoamento do sistema. Clique aqui e acesse a íntegra da publicação.
O estudo tem coautoria de Nelson Teich, ex-ministro da Saúde, em parceria com Felipe Delpino, pesquisador do IESS, e integra a série “Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035”. A falta de integração entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar, ausência de critérios claros de custo-efetividade e de análise da capacidade econômica de absorção de uma nova tecnologia proposta e a baixa integração entre bases de dados públicas e privadas estão entre as principais adversidades do modelo atual.
Ao analisar modelos internacionais de ATS, como os adotados pelo Reino Unido (NICE) e Canadá (CADTH), o estudo salienta que essas experiências devem ser analisadas com cautela e adaptadas às especificidades do Brasil, que possui um sistema de saúde híbrido, profundamente desigual e com grande variação regional. Esse contexto também reforça a necessidade de avaliação cautelosa sobre a criação de uma agência única de ATS, que, embora potencialmente benéfica, pode ter riscos de centralização excessiva e perda de agilidade.
Por isso, o estudo propõe um modelo intermediário de coordenação técnica com autonomia decisória. Essa abordagem permitiria a padronização de critérios e o compartilhamento de evidências entre os setores, enquanto preservaria a flexibilidade necessária à saúde suplementar e ao SUS. A interoperabilidade entre os sistemas de informação seria um passo crucial nesse processo, permitindo maior eficiência nas análises e no monitoramento das tecnologias já incorporadas.
Outro ponto central da proposta é o uso estratégico de saúde digital – big data e inteligência artificial. Com registros eletrônicos integrados e algoritmos avançados de análise, seria possível identificar padrões de efetividade e segurança em tempo real, acelerar processos e reduzir riscos de decisões baseadas em evidências frágeis ou desatualizadas.
“A saúde digital pode ser a grande alavanca da transformação na ATS. Mas, sem um marco regulatório consistente e interoperável, continuaremos operando no escuro”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
O estudo estima que a criação de uma agência nacional robusta de ATS demandaria investimentos entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, com custos operacionais anuais de até R$ 80 milhões. O modelo de financiamento sugerido é híbrido, envolvendo recursos públicos e privados, e inspirado em práticas adotadas na Austrália, no Canadá e na Alemanha.
O atual modelo brasileiro de ATS, criado há mais de 50 anos, tornou-se obsoleto diante das transformações tecnológicas, demográficas e epidemiológicas. A inexistência de uma política nacional coordenada e a baixa articulação entre Conitec (SUS) e ANS (saúde suplementar) resultam em avaliações duplicadas, decisões assimétricas e insegurança jurídica, tanto para operadoras quanto para pacientes.
Segundo o trabalho, um dos principais entraves é a ausência de critérios objetivos e transparentes para a incorporação de novas tecnologias, como limiares explícitos de custo-efetividade, impacto orçamentário e capacidade real de pagamento — ou de absorção dos custos pelo sistema. A falta desses parâmetros dificulta a tomada de decisão e agrava a judicialização. Além disso, o sistema atual ignora a necessidade de considerar a sustentabilidade financeira como condição central para a adoção de qualquer inovação. “A fragmentação atual da ATS no Brasil não é apenas um problema técnico, mas um entrave estratégico à sustentabilidade do sistema”, reforça Cechin.
Para ilustrar a gravidade do problema, o estudo destaca o impacto da judicialização motivada por temas relacionados à ATS. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que, ao final de 2024, as ações judiciais contra o SUS envolvendo o uso de tecnologias — incluindo medicamentos — geravam um custo estimado de R$ 2 bilhões ao ano. Embora esse valor não inclua a saúde suplementar, ele dimensiona o peso econômico causado pela ausência de processos eficientes e previsíveis na incorporação tecnológica.
“É preciso que a incorporação de uma tecnologia leve em conta não só sua eficácia, mas a real capacidade de pagamento do sistema de saúde. Sem isso, estamos lidando com promessas que não cabem no orçamento e viram frustração para os pacientes”, afirma Cechin.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
O perfil etário da saúde suplementar está se transformando, com crescimento mais acentuado entre adultos de meia-idade e idosos, enquanto o número de beneficiários infantis diminui — movimento que expressa o processo de envelhecimento da população brasileira.
Dados da 107ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostram que, somadas, as faixas etárias a partir de 65 anos registraram um crescimento de aproximadamente 142 mil beneficiários em um ano, na base comparativa de maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, foi verificada uma redução de beneficiários nos primeiros anos de vida: entre os beneficiários de 0 a até 4 anos de idade, houve uma queda de cerca de 99 mil vínculos. Os resultados reforçam a tendência de envelhecimento da base da saúde suplementar.
Clique aqui e acesse a íntegra da NAB.
O maior crescimento em maio de 2025 ante maio de 2024 ocorreu nas faixas de 45 a 49 anos (7%, equivalendo a 274,9 mil vínculos), 60 a 64 anos (2,7%, ou 59,3 mil beneficiários), 75 a 79 anos (4,3%, alta de 43,9 mil vínculos) e 80 anos ou mais (2,9%, ou 40,1 mil pessoas). Em contrapartida, houve queda entre crianças: até 1 ano, redução de 4,2%, ou 23,7 mil vínculos; de 1 a 4 anos, a diminuição foi de 2,8%, equivalendo a 75,7 mil beneficiários.
Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o comportamento das carteiras de beneficiários expressa a transformação demográfica em curso no Brasil. “É importante destacar que esse crescimento nas faixas etárias mais avançadas significa a combinação entre novos beneficiários e a migração etária dos próprios beneficiários dentro das carteiras ao longo do tempo”, explica. “A cada ano um conjunto de peoas muda de faixa etária. O aumento no número e na proporção de idosos (60 ou mais anos) se deve na maior parte ao conjunto de beneficiários que completou 60 anos. A esse conjunto deve-se somar as novas contratações por pessoas idosas e subtrair as que deixaram os planos (a maioria por falecimento). Tudo isso é o reflexo do aumento da longevidade e da permanência no sistema”, analisa Cechin.
Ele acrescenta que a mudança em curso exige atenção do sistema de saúde suplementar para se adequar às necessidades de atendimento e promoção de saúde desse perfil de beneficiários. E significa, também, a compreensão dos beneficiários sobre a responsabilidade de cuidar da saúde ao longo da vida, para avançar na idade com saúde e reduzir o período final de vida com incapacidades.
“Viver mais é uma vitória da humanidade e da ciência. Mas é fundamental que esse ganho em anos de vida venha acompanhado de saúde e autonomia, até o mais próximo possível do falecimento. Isso exige cuidar da saúde desde cedo, ao longo de toda a vida”, pondera.
Mercado
O relatório do IESS indica que o setor manteve crescimento no número total de beneficiários. Em 12 meses, os planos médico-hospitalares somaram 52,6 milhões de vínculos em maio de 2025, alta de 2,2%, equivalente a 1,1 milhão de novos beneficiários em relação ao mesmo mês do ano anterior. Somente no último trimestre ante o anterior, o avanço foi de 1,1%, com acréscimo de 583,4 mil vínculos.
Esse desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo aumento dos planos coletivos empresariais, que cresceram 4,2% no ano (1,6 milhão de beneficiários), atingindo 38,1 milhões de vínculos. Eles representam 72% do total de contratos médico-hospitalares e foram a única modalidade a apresentar crescimento consistente em praticamente todas as faixas etárias.
A expansão dessa modalidade acompanha o avanço do emprego formal no país. Segundo o Novo Caged, o Brasil gerou 1,6 milhão de postos de trabalho com carteira assinada entre maio de 2024 e maio de 2025 – alta de 3,5%, passando de 46,6 para 48,3 milhões de celetistas. Portanto, há uma correlação entre emprego formal e acesso à saúde suplementar.
Na contramão, os planos coletivos por adesão apresentaram queda de 4,4% em 12 meses, o que significa 269 mil vínculos a menos, passando de 6,1 milhões para 5,8 milhões de beneficiários. A retração foi generalizada e atingiu todas as faixas etárias.
Já os planos individuais ou familiares registraram retração de 1,6% no ano, o que representa perda de 143,7 mil vínculos, totalizando 8,6 milhões de beneficiários em maio de 2025. Nesse grupo, chama a atenção, novamente, o crescimento entre os idosos, com alta de 4,2% (cerca de 28,5 mil vínculos) para a faixa de 80 anos ou mais.
Segundo José Cechin, essa expansão entre os mais velhos em planos individuais também reflete uma movimentação de mercado, especialmente nas grandes cidades. “Temos observado um esforço comercial de operadoras que passaram a ofertar planos voltados à população idosa, sobretudo nas capitais. Trata-se de um nicho de mercado que está sendo atendido com maior intencionalidade”, observa.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
São Paulo, 18 de julho de 2025 – Estão abertas as inscrições para a 15ª edição do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, principal e mais tradicional iniciativa do gênero no País voltada à valorização de estudos acadêmicos com aplicabilidade no setor. Promovido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o prêmio é voltado a artigos científicos já publicados (ou aceitos para publicação) e trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), nas áreas de Economia, Direito e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde.
“O Prêmio IESS é um reconhecimento àqueles que se dedicam a produzir conhecimento técnico relevante para os desafios reais do setor. Ao valorizar essas pesquisas, ajudamos a construir um sistema de saúde suplementar mais eficiente, sustentável e inovador”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas até 16 de outubro, exclusivamente pelo site www.iess.org.br, na aba Eventos > Prêmio IESS. Clique aqui e acesse o Regulamento do Prêmio.
O primeiro colocado em cada categoria receberá um dispositivo Kindle 16GB, e todos os trabalhos premiados terão ampla divulgação nos canais oficiais do IESS, além de convite para submissão à Revista Brasileira de Saúde Suplementar (RBSS). A comissão julgadora poderá ainda conceder menções honrosas a outros trabalhos de destaque.
Entre os temas aceitos, estão: precificação e regulação de planos de saúde, impactos da tecnologia e envelhecimento populacional, sustentabilidade e ESG, governança, judicialização, inteligência artificial, promoção da saúde, gestão de desfechos, qualidade da assistência, entre outros — todos dentro do escopo da saúde suplementar.
Os trabalhos devem ter sido produzidos entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de agosto de 2025, e redigidos em língua portuguesa. Cada candidato poderá inscrever apenas um trabalho, e ele deve ser inédito em premiações. A divulgação dos vencedores será feita em dezembro de 2025, durante evento especial promovido pelo IESS.
“Ao longo de 15 edições, vimos pesquisas premiadas ganharem destaque em políticas públicas, decisões judiciais e até mesmo na gestão de operadoras. Isso mostra o quanto a ciência pode contribuir com impacto direto para a sociedade”, destaca Cechin.
O Prêmio IESS se consolida como a mais relevante iniciativa de estímulo à produção científica aplicada à saúde suplementar, reconhecendo pesquisas que aliam qualidade técnica, relevância prática e inovação.
- Relatório mostra que 27,6 mi são beneficiárias de planos médico-hospitalares (53% do total de vínculos)
- Avanço está ligado ao emprego formal e à valorização do cuidado em faixas etárias mais elevadas
São Paulo, junho de 2025 - O volume total de mulheres na saúde suplementar brasileira atingiu o maior patamar já registrado: 27,6 milhões de beneficiárias em abril de 2025, o equivalente a 53% dos 52,3 milhões de vínculos médico-hospitalares ativos. A informação consta na mais recente edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB nº 106), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A íntegra está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-06/NAB%20106_CAE.pdf
A Análise Especial da publicação aponta que o avanço da presença feminina se deve a uma combinação de fatores como recomposição do mercado de trabalho formal, envelhecimento da população, e uma crescente valorização da atenção à saúde em todas as fases da vida. Em comparação com o pico anterior, registrado em 2014, com 26,6 milhões beneficiárias, o número atual representa um acréscimo de 1 milhão de vínculos femininos.
“O crescimento mais expressivo nas faixas de 40 a 49 anos e acima de 75 anos revela uma preocupação crescente das mulheres com saúde preventiva e acesso ao sistema privado de saúde”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.
A análise etária reforça essa tendência. Entre 2020 e 2025, o número de mulheres com planos médico-hospitalares cresceu 9,2%, com destaque para os grupos de 45 a 49 anos (+27,6%), 40 a 44 anos (+21,9%) e 75 a 79 anos (+24,4%). Por outro lado, houve retração entre crianças de 0 a 1 ano (-12,3%) e 1 a 4 anos (-7,8%), indicando desafios na inclusão de públicos mais jovens e como reflexo da migração etária em curso no País.
“A saúde suplementar deve enxergar essas informações como um ponto de atenção e garantir estruturas de cuidado preventivo e tratamento adequadas às especificidades da saúde feminina. As mulheres, historicamente, são mais cuidadosas com a saúde do que os homens — e isso deve ser considerado no planejamento dos serviços”, avalia Cechin.
Os planos coletivos empresariais continuam sendo o principal canal de acesso das mulheres à saúde suplementar. Em abril de 2025, 69,2% dos vínculos femininos estavam associados a essa modalidade — o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de beneficiárias. A região Sudeste concentra a maior parte desse público: 59,6%, com destaque para o estado de São Paulo, que sozinho concentra 9,7 milhões de mulheres com cobertura médico-hospitalar privada, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões.
“O vínculo formal de trabalho é a base da saúde suplementar no Brasil. Quando há mais mulheres no mercado formal, há mais mulheres com acesso a planos de saúde empresariais”, reforça Cechin.
Mercado
A NAB também detalha o panorama geral da saúde suplementar. Entre abril de 2024 e abril de 2025, o número total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 1,9%, com 996,8 mil novos vínculos. Já os planos exclusivamente odontológicos apresentaram um avanço ainda mais robusto: 5,9% de crescimento, com 1,9 milhão de novos contratos, totalizando 34,8 milhões de beneficiários.
Essa expansão está diretamente associada à recuperação do mercado de trabalho. O estoque de empregos formais no país passou de 46,5 milhões para 48,1 milhões de vínculos celetistas ativos, conforme dados do Novo Caged. Só o setor de serviços gerou 867.204 novos postos com carteira assinada, o maior crescimento absoluto entre os segmentos econômicos.
“O comportamento dos planos coletivos empresariais praticamente espelha o movimento do emprego formal. Não é coincidência que, em 12 meses, o número de beneficiários desse tipo de plano tenha crescido 3,9%, com 1,4 milhão de vínculos a mais”, pontua Cechin.
A íntegra da NAB nº 106, com gráficos e tabelas por faixa etária, estados, tipo de contratação e evolução por modalidade das operadoras, está disponível no site do IESS: www.iess.org.br
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde no Brasil cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2025 ante o último trimestre do ano passado, saindo de 5,15 milhões de vínculos em dezembro de 2024 para 5,18 milhões em março deste ano – o que corresponde a um acréscimo de 34,8 mil postos de trabalho no setor. O resultado foi constatado pela 76ª Edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e demonstra a “resiliência do setor mesmo diante de um ritmo de crescimento mais moderado”.
Na mesma base comparativa, a economia geral cresceu 1,4% no mesmo período, equivalendo a 640,8 mil ocupações. Dessa maneira, o setor de saúde representou 5,4% de todo saldo de novos empregos criados no Brasil no período.
Clique aqui e acesse a íntegra do Relatório. A partir dessa edição, o IESS disponibiliza um painel interativo dos dados, que pode ser acessado pelo link: https://public.tableau.com/app/profile/iess/viz/RelatriodeEmprego/RelatriodeEmprego?publish=yes
Conforme o relatório, o desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo setor privado, que cresceu 1,1% no período, enquanto o setor público apresentou retração de 1,2%. Centro-Oeste foi a região com maior expansão da cadeia da saúde, alta de 2,1%, enquanto a região Norte teve o pior desempenho, com retração de 1,5%, causada pela expressiva queda de 4,2% nos empregos do setor público.
“A cadeia da saúde é um motor importante de geração de empregos no Brasil. Mesmo em um cenário econômico instável, o setor se manteve em crescimento, o que evidencia seu papel essencial e estruturante na base de empregos do País”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Com 10,8% dos empregos formais do Brasil, a saúde tem papel relevante tanto na economia quanto na coesão social. O relatório mostra, ainda, grandes desigualdades regionais: enquanto o Sudeste concentra 2,59 milhões de vínculos, sua proporção de empregos da saúde em relação à economia local é de 10,7%. Já o Centro-Oeste lidera proporcionalmente, com 12,5%. No Norte, chama a atenção a dependência do setor público: 46% dos vínculos da saúde estão nessa esfera.
“A retração no setor público em algumas regiões, especialmente no Norte, é um sinal de alerta. Esse tipo de oscilação impacta diretamente a oferta de serviços de saúde e deve ser monitorado com atenção por gestores e formuladores de políticas públicas”, afirma Cechin.
Na saúde suplementar, os prestadores de serviços foram responsáveis por quase 74% dos 170 mil novos empregos formais criados entre março de 2024 e março de 2025, reforçando sua centralidade na prestação de cuidados. O relatório também aponta que o Nordeste teve o maior crescimento relativo no número de vínculos da saúde por 100 mil habitantes, com alta de 8,3%.
“A expansão regional do emprego, especialmente no Nordeste, mostra o potencial da interiorização da saúde. Isso reflete um movimento positivo de desconcentração dos serviços e pode contribuir para maior equidade no acesso à assistência”, completa Cechin.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
Diante do dinamismo do setor de saúde e inserido num cenário de transformações aceleradas, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) dá início à série “Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035”. O projeto tem como objetivo antecipar cenários e tendências do setor de saúde, dentro do comportamento projetado para os próximos anos.
“Os desafios postos em curso exigem a compreensão do que está acontecendo e para onde a saúde suplementar caminha. Para entendermos esse cenário, reunimos um conjunto de especialistas que atuam no setor e, a partir de dinâmicas interativas e de muita análise presente e futura, identificamos as perspectivas do que tende a acontecer nos próximos dez anos”, explica José Cechin, superintendente executivo do IESS. “O futuro da saúde suplementar exige planejamento estratégico, inovação e diálogo entre todos os atores. Mais do que prever o futuro, buscamos mapear tendências e indicar caminhos viáveis para um sistema mais eficiente e acessível.”
A série contará com estudos especiais assinados por um comitê de especialistas renomados, como Nelson Teich, ex-ministro da Saúde, Paulo Chapchap, ex-presidente do Hospital Sírio Libanês, e Antônio Britto, ex-governador do Rio Grande do Sul e atual presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), além da equipe técnica do IESS. O conteúdo é voltado a operadoras, gestores públicos e privados, reguladores, profissionais de saúde e à sociedade civil interessada em discutir o futuro da saúde no Brasil.
O Projeto começa pela publicação do “Preâmbulo”, que destaca pressões crescentes ao sistema, como o envelhecimento populacional, o avanço de tecnologias de alto custo, a elevação dos gastos per capita em saúde e a desarticulação entre os sistemas público e privado. A essas questões somam-se ineficiências operacionais, judicialização, desigualdade de acesso e entraves regulatórios.
Entre os temas em destaque estão o Open Health, a criação de uma agência única de avaliação de tecnologias em saúde, novos modelos de pagamento e assistência, reorganização empresarial e promoção de estilos de vida saudáveis.
Periodicamente, o IESS divulgará os estudos da série. Clique aqui e acesse a íntegra do Preâmbulo, que abre a série.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Jander Ramon
