O mais novo artigo da Revista Brasileira de Saúde Suplementar (RBSS) já está disponível. O texto intitulado “O modelo de financiamento privado da saúde no Brasil: temos saúde suplementar?” é assinado por Bruno Miguel Drude.
O artigo traz uma reflexão sobre o conceito de saúde suplementar a partir do seu financiamento. Para isso, investiga se o que seria identificado como saúde suplementar nas experiências internacionais de diversos sistemas ocidentais estão em sintonia com o que é conferido a esse setor pela legislação brasileira. Leia na íntegra aqui.
A RBSS é uma iniciativa do IESS que tem o objetivo de fomentar a produção acadêmica, contribuir e ampliar o conhecimento e desenvolvimento da Saúde Suplementar e áreas relacionadas. A publicação on-line disponibiliza artigos originais e inéditos, incluindo de opinião e revisões críticas sobre temas específicos relacionados ao setor. As áreas exploradas são promoção da saúde, qualidade de vida e gestão da saúde, odontologia, economia e gestão jurídica, sempre com foco no setor.
A revista tem fluxo contínuo e está aberta para receber artigos o ano todo. Para submeter um trabalho, os autores devem cumprir todos os critérios necessários, disponíveis aqui.
Confira todos os artigos já publicados aqui.
Não faz muito tempo que, aqui no blog, apresentamos os principais destaques do Texto para Discussão (TD) 100 - Internações psiquiátricas por Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre beneficiários de planos de saúde. O estudo do IESS apontou que houve um aumento considerável de 33 para 392 casos entre 2015 e 2022 no setor e que, entre 2021 e 2022, as internações mais que dobraram entre as crianças e adolescentes.
O estudo do IESS aponta ainda algumas possibilidades para esse crescimento. Uma delas é a ampliação do acesso ao diagnóstico, assim como mudanças nos critérios e melhores métodos para diagnosticar o transtorno. O TD sugere ainda que o aumento no número de casos pode ser reflexo também de uma melhor triagem e conscientização que ocorrem atualmente.
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento e refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Para a produção do estudo, foram utilizados dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a partir da Troca de Informações na Saúde Suplementar – TISS.
Acesse o TD 100 - Internações psiquiátricas por Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre beneficiários de planos de saúde aqui.
Os transtornos relacionados à saúde mental se agravaram nos últimos anos, e por consequência, se tornaram um dos principais problemas da saúde no País. Parte de uma extensa lista que inclui ansiedade e transtorno bipolar, a depressão é uma das doenças que têm crescido e afetado beneficiários na saúde suplementar – entre 2020 e 2023, passou de 11,1% para 13,5% dos beneficiários com planos de saúde, aumento de 2,4 pontos percentuais. Em novembro do ano passado, havia 50,9 milhões de beneficiários no País.
As informações são de um estudo especial do IESS, que traz um panorama da saúde mental na saúde privada e tem como proposta reforçar a campanha Janeiro Branco, que busca conscientizar e trazer reflexões sobre essa questão.
O estudo “Janeiro Branco na Saúde Suplementar – Panorama da saúde mental entre beneficiários de planos de saúde”, baseado em dados de três pesquisas realizadas pelo Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), mostra que a maior prevalência da depressão ocorre entre as mulheres. O resultado da análise indica que houve aumento de casos entre 2020 e 2023, de 15,3% para 18,5%, respectivamente. Assim, uma a cada cinco beneficiárias de planos de saúde apresentam a doença.
Nota-se também que o maior volume de casos está entre os jovens de 18 a 39 anos. Durante o período analisado, subiu de 9,8% para 13% dos beneficiários nessa faixa etária, resultando em elevação de 3,2 pontos percentuais. No público com 60 anos ou mais houve variação positiva de 2,4 pontos percentuais (passou de 13,1% para 15,5%) e entre a faixa de 40 a 59 anos subiu um ponto percentual no mesmo período, de 11,8% para 12,8%.
Crescimento em número de consultas
Em outro estudo, intitulado “Dados assistenciais da saúde suplementar – edição especial saúde mental”, com dados do Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IESS apresenta mais informações relevantes sobre o tema. Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2022, houve crescimento representativo (60,8%) no número de consultas e sessões com psicólogos no País. No primeiro ano, foram 21,7 milhões e saltou para 34,9 milhões três anos depois.
Clique aqui para ver o estudo Janeiro Branco na Saúde Suplementar, na íntegra e aqui para acessar a edição especial sobre saúde mental
O aquecimento do mercado de trabalho alavancou as contratações de planos exclusivamente odontológicos. A Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) 89 do IESS, divulgada recentemente, aponta que em 12 meses, encerrados em novembro de 2023, houve aumento de 7,6% no número de brasileiros que contam com assistência odontológica.
Em números absolutos, os planos exclusivamente odontológicos somaram naquele mês 32,508 milhões de beneficiários. Deste total, 23,461 milhões eram do tipo coletivo empresarial. O aumento seguiu a tendência de aumento do mercado de trabalho, que no período teve variação positiva de 3,4%.
Os planos do tipo individual ou familiar também apresentaram crescimento em 12 meses. Em novembro de 2022, eram 5,346 milhões de vínculos e no mesmo mês do ano passado, o número de contratos aumentou 4% e chegou a 5,560 milhões.
Faça o download gratuito da NAB 89 aqui.
A Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) n° 89 do IESS já está disponível com as atualizações dos dados da saúde suplementar até novembro de 2023. O estudo aponta que os planos de saúde médico-hospitalares tiveram nova alta e registram recorde de beneficiários desde a série história da ANS.
Em novembro do ano passado, pessoas com assistência médico-hospitalar no País somaram 50,941 milhões. Se comparado ao mesmo ano de 2022, a alta registrada foi de 1,8%. Naquele ano, o número de beneficiários era de 50,026 milhões.
A taxa de cobertura nacional, de acordo com os dados mais recentes, é de 25,1% e o aumento dos vínculos foi puxado pelo aquecimento do mercado de trabalho. Os planos coletivos empresariais tiveram crescimento de 3,3% em 12 meses e encerram o mês de novembro com 35,894 milhões beneficiários. O estoque de empregos neste período teve variação positiva de 3,4%.
Faça o download gratuito da NAB 89 aqui.
As contratações de planos médico-hospitalares voltadas ao público idoso têm crescido de forma constante no País. Em novembro de 2023, os beneficiários com 60 anos ou mais atingiram a marca de 7,5 milhões no País, número recorde desde o início da série histórica disponibilizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2000.
As informações são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 89, desenvolvida pelo IESS. O estudo revela ainda que as contratações de planos de saúde para atender à população idosa foram expressivas e se superaram, especialmente, no período de 12 meses encerrados em novembro do ano passado em todas as modalidades.
Nos coletivos empresariais, por exemplo, a variação anual foi de 5,9% – passaram de três milhões de vínculos, em novembro de 2022, para 3,2 milhões no mesmo mês de 2023. Os individuais ou familiares cresceram 3,1% e totalizaram 2,7 milhões de beneficiários. Já os coletivos por adesão, que contam com 1,6 milhão de vínculos, registraram crescimento de 4,3% no mesmo período.
Essa indicação de alta constante em adesões a planos de saúde para idosos também está relacionada com o envelhecimento da população brasileira, conforme dados do Censo Demográfico do IBGE. Entre 2010 e 2022 a população idosa passou de 20,6 milhões para 32,1 milhões, uma alta de 56% desse público que representa 15,8% da população total no último ano.
Faça o download gratuito da Análise Especial da NAB 89 aqui.
Recentemente, lançamos o estudo “Fraudes e Desperdícios em Saúde Suplementar”, a pesquisa encomendada pelo IESS a EY, traz dados e análises inéditos sobre essas práticas no setor. Vale lembrar que o tema é uma grande preocupação na saúde suplementar, pois o problema resulta em aumento de custos, prejudica beneficiários e compromete a sustentabilidade do sistema como um todo e que as fraudes entram dentro do grupo “desperdício” nas contas da saúde.
Ao analisar o comportamento do desperdício, o estudo identifica a incidência sobre o total de valores pagos às principais linhas de atendimento e despesas do setor: 15% das receitas em Consultas; 15% em Exames; 12% em Terapias; e 12% em Internações. Além disso, as perdas estimadas com fraudes, abusos e desperdícios foram da ordem de 12,7% das receitas das operadoras de planos de saúde, em 2022. Esse índice representa em valores reais os montantes entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões.
O estudo “Fraudes e Desperdícios em Saúde Suplementar” foi realizado pela EY e apresentado durante o último Webinar IESS, no dia 23 de novembro. O evento incluiu também discussão entre especialistas sobre questões como impacto para os beneficiários e consequências para o setor. O evento teve a participação de Luiz celso Dias Lopes, presidente do Conselho Diretor do IESS, José Cechin, superintendente executivo do IESS e Nuno Vieira, sócio de Serviços Financeiros na EY.
Acesse o estudo na íntegra aqui.
Os laureados na mais importante premiação do País direcionada a trabalhos acadêmicos com foco na saúde suplementar foram conhecidos no dia 5 de dezembro. O segundo colocado na categoria Direito, Janio Gustavo Barbosa, da Fundação Osvaldo Cruz, apresentou a tese “Infraestrutura de informação na fronteira entre saúde e direito: ampliando o diagnóstico da judicialização no Brasil”.
O trabalho, que teve como orientadora Maria Cristina Guimarães, busca compreender a judicialização enquanto um fenômeno heterogêneo e complexo, que ultrapassa a saúde, e defende a importância de se empregar fontes de dados mais robustas, abertas à perspectiva interdisciplinar. Assim, a tese parte da proposta de judicialização 2.0 que defende um esforço de coletar, sistematizar e divulgar dados abertos, em nível nacional, online, somados ao esforço interdisciplinar para agregar outras dimensões do fenômeno da judicialização da saúde com vistas a ampliar e qualificar os litígios na área.
O 13° Prêmio IESS foi realizado no dia 5 de dezembro. Foram dezenas de trabalhos inscritos e os avaliadores das três categorias (Direito, Economia e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde) escolheram os seis que se destacaram em primeiro e segundo lugar e, também, um que levou o reconhecimento de menção honrosa.
O evento foi transmitido ao vivo e a programação incluiu, além da cerimônia de premiação, o Painel de Debate: O uso da inteligência artificial no sistema de saúde. Assista na íntegra aqui.
O trabalho está disponível na íntegra aqui.
O estudo inédito “Fraudes e Desperdícios em Saúde Suplementar”, do IESS que foi produzido pela EY, analisou o comportamento das fraudes nos planos de saúde no Brasil. O trabalho identificou que, ao longo dos anos, ocorreram mudanças profundas sobre a forma como as fraudes são praticadas. É importante lembrar que as fraudes entram dentro do grupo “desperdício” nas contas da saúde.
No passado, havia uma incidência grande de fraudes cometidas a partir de atendimentos assistenciais. O que foi mais marcante, há cerca de oito anos, foi o episódio da chamada “Máfia das Próteses” – casos de sobrepreço de insumos e denúncias de cirurgias e uso de dispositivos médicos sem necessidade, ou sem a devida qualidade, expondo os pacientes a riscos graves. Hoje, a conduta fraudulenta está mais concentrada em atos administrativos, especialmente em pedidos de reembolsos sem o devido desembolso pelo beneficiário, fracionamentos de recibos, super utilização (por exemplo, pedidos de exames além dos necessários) e pedidos de reembolso sem o devido serviço prestado.
Na raiz do problema atual, nota-se um comportamento comum entre beneficiários dos planos: o fornecimento de login e senha e também o empréstimo da carteirinha do plano de saúde e documentos para outras pessoas, sobretudo parentes. Muitas vezes, o beneficiário não enxerga com clareza que ele está cometendo um ato fraudulento, que incorre no aumento das contas pagas pelas operadoras.
O tema também foi debatido durante o Webinar IESS | Fraudes e desperdícios: impactos e soluções para a saúde suplementar, transmitido ao vivo em nossos canais no dia 23 de novembro.
A cadeia produtiva da saúde encerrou o terceiro trimestre de 2023 (julho, agosto e setembro) com 4,844 milhões de empregos, uma alta de 0,8%. Esse é um dos destaques do mais recente Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) nº 67, desenvolvido IESS.
O crescimento foi impulsionado pela geração de oportunidades no setor privado, que representa 81% dos empregos, e encerrou o período com 3,9 milhões de vagas preenchidas. O aumento foi de 1,1% nos três meses.
O estudo considera os setores público e privado e empregos diretos e indiretos e traz dados também do mercado de trabalho da economia, que teve nesses três meses alta de 1,3%.
Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui.