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Outubro 2020
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Nós já falamos aqui sobre o avanço dos índices de excesso de peso e obesidade no Brasil. A proporção de adultos com sobrepeso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018 segundo os dados do Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”.

O dado preocupante agora é outro: o aumento da incidência de diabetes entre os beneficiários de planos de saúde. A publicação baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou que o percentual de beneficiários com diabetes passou de 5,8% em 2008 para 6,9% em 2018. O que representa um crescimento médio de 0,15 p.p. ao ano.

Outro dado chama a atenção. Na análise por sexo, apenas os homens apresentaram tendência estatisticamente significativa, passando de 5,2% em 2008 para 6,5% em 2018, aumento de 25,0%.

Vale lembrar que a diabetes tem alta prevalência em todo o mundo. Dados da International Diabetes Federation destacam o crescimento alarmante e mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 16 milhões de brasileiros sofrem com a doença. Ela atinge homens e mulheres da mesma maneira e seu grande problema é o fato de ser silenciosa.

Claro que nem todos os dados apontados em “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)” são negativos. Houve melhoras em indicadores relativos aos beneficiários de planos de saúde como a redução da frequência do consumo de refrigerante em cinco ou mais dias da semana, de fumantes e aumento de ativos no tempo livre. Mas são temas para os próximos dias.

Continue acompanhando. Acesse aqui o estudo na íntegra.

Setembro 2020
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Os índices de excesso de peso e obesidade no Brasil são crescentes e alarmantes. É o que mostra o Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”, que acabamos de publicar. A publicação é baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A proporção de adultos com excesso de peso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018, com variação anual média de 0,85 pp. Isso significa que quase três a cada cinco entrevistados com planos de saúde estavam com excesso de peso em 2018. Em relação à obesidade, o percentual foi de 12,5% para 19,6% no mesmo intervalo de tempo, um aumento de 56,8%. 

Esse aumento dos dois índices está diretamente relacionado com o avanço de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além de alguns tipos de câncer, o que afeta diretamente não só a saúde dos brasileiros, mas os sistemas de saúde e as operadoras de planos. 

Para se ter uma ideia, a publicação mostra que os homens possuem uma frequência de sobrepeso maior do que as mulheres. No entanto, a variação anual média tem sido maior nas mulheres (1,04 pp) em relação aos homens (0,63 pp). Para elas, a frequência de excesso de peso saltou de 38,6% em 2008 para 50,8% em 2018.

Já a frequência de adultos obesos com planos de saúde aumentou 56,8% entre 2008 e 2018, de 12,5% para 19,6%. O estudo estima que o número de beneficiários obesos passou de 1,7 milhão em 2008 para 2,9 milhões em 2018 com maior frequência entre os homens. A prevalência, entretanto, está crescendo entre as mulheres de forma mais acentuada. No período analisado foi de 11,2% para 18,9%, um aumento de 68,8% em 10 anos. Enquanto os homens passaram de 14,2% para 20,5% no mesmo período (crescimento de 44,4%).

A extensa pesquisa ainda traz dados sobre os beneficiários fumantes, com diabetes, nível de atividade física, consumo de produtos industrializados, entre outros. Os resultados reforçam a importância de dar prioridade às políticas de promoção da saúde e prevenção de doenças por parte das operadoras de planos de saúde.

Foram realizadas entrevistas com 52.395 adultos acima de 18 anos entre os meses de janeiro e dezembro de 2018 em todas as capitais e no Distrito Federal. O Vigitel Saúde Suplementar 2018 utiliza uma subamostra com 28.611 entrevistados que referiram possuir plano de saúde (ou seja, 55% da população entrevistada). 

Seguiremos apresentando mais dados nos próximos dias. Acesse aqui o estudo na íntegra.