Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Setembro 2021
Salvar aos favoritos Compartilhar

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, relevaram que 52% dos brasileiros com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de ao menos uma doença crônica. Muitas dessas condições podem ser evitadas com a adoção de hábitos como, por exemplo, atividade física regular. Entre os beneficiários de planos de saúde, houve uma mudança no estilo de vida entre 2013 e 2019. As informações foram apuradas pelo “Texto para Discussão 82 – Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares”, estudo do IESS produzido a partir da PNS de 2019.

No período, a prática de atividade física em cinco ou mais dias da semana caiu de 30,1% para 29%. Também houve redução de 32,1% para 26,9% dos beneficiários que realizam a pé ou de bicicleta alguma parte do trajeto de ida e volta ao trabalho. O levantamento realizado pelo IESS mostrou ainda que 21,5% dos beneficiários de planos médico-hospitalares passam de 2 a 3 horas por dia vendo TV e 17,1% afirmaram que gastam de 2 a 3 horas por dia no celular, tablet ou computador para momentos de lazer. Em ambos os casos, a maior prevalência foi entre as mulheres.

Como é de amplo conhecimento, exercitar-se de forma regular é uma prática importante por trazer benefícios à saúde. Por isso, a tendência observada nessas variáveis, indicando o aumento do sedentarismo entre os beneficiários, é uma mudança no sentido oposto ao desejado. Além de impactar na qualidade de vida da população, as doenças crônicas são responsáveis por consequências que resultam em custos mais elevados para os sistemas de saúde, inclusive a saúde suplementar.

Acesse o TD 82 na íntegra – clique aqui.

Outubro 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Nós já falamos aqui sobre o avanço dos índices de excesso de peso e obesidade no Brasil. A proporção de adultos com sobrepeso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018 segundo os dados do Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”.

O dado preocupante agora é outro: o aumento da incidência de diabetes entre os beneficiários de planos de saúde. A publicação baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou que o percentual de beneficiários com diabetes passou de 5,8% em 2008 para 6,9% em 2018. O que representa um crescimento médio de 0,15 p.p. ao ano.

Outro dado chama a atenção. Na análise por sexo, apenas os homens apresentaram tendência estatisticamente significativa, passando de 5,2% em 2008 para 6,5% em 2018, aumento de 25,0%.

Vale lembrar que a diabetes tem alta prevalência em todo o mundo. Dados da International Diabetes Federation destacam o crescimento alarmante e mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 16 milhões de brasileiros sofrem com a doença. Ela atinge homens e mulheres da mesma maneira e seu grande problema é o fato de ser silenciosa.

Claro que nem todos os dados apontados em “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)” são negativos. Houve melhoras em indicadores relativos aos beneficiários de planos de saúde como a redução da frequência do consumo de refrigerante em cinco ou mais dias da semana, de fumantes e aumento de ativos no tempo livre. Mas são temas para os próximos dias.

Continue acompanhando. Acesse aqui o estudo na íntegra.

Setembro 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Os índices de excesso de peso e obesidade no Brasil são crescentes e alarmantes. É o que mostra o Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”, que acabamos de publicar. A publicação é baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A proporção de adultos com excesso de peso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018, com variação anual média de 0,85 pp. Isso significa que quase três a cada cinco entrevistados com planos de saúde estavam com excesso de peso em 2018. Em relação à obesidade, o percentual foi de 12,5% para 19,6% no mesmo intervalo de tempo, um aumento de 56,8%. 

Esse aumento dos dois índices está diretamente relacionado com o avanço de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além de alguns tipos de câncer, o que afeta diretamente não só a saúde dos brasileiros, mas os sistemas de saúde e as operadoras de planos. 

Para se ter uma ideia, a publicação mostra que os homens possuem uma frequência de sobrepeso maior do que as mulheres. No entanto, a variação anual média tem sido maior nas mulheres (1,04 pp) em relação aos homens (0,63 pp). Para elas, a frequência de excesso de peso saltou de 38,6% em 2008 para 50,8% em 2018.

Já a frequência de adultos obesos com planos de saúde aumentou 56,8% entre 2008 e 2018, de 12,5% para 19,6%. O estudo estima que o número de beneficiários obesos passou de 1,7 milhão em 2008 para 2,9 milhões em 2018 com maior frequência entre os homens. A prevalência, entretanto, está crescendo entre as mulheres de forma mais acentuada. No período analisado foi de 11,2% para 18,9%, um aumento de 68,8% em 10 anos. Enquanto os homens passaram de 14,2% para 20,5% no mesmo período (crescimento de 44,4%).

A extensa pesquisa ainda traz dados sobre os beneficiários fumantes, com diabetes, nível de atividade física, consumo de produtos industrializados, entre outros. Os resultados reforçam a importância de dar prioridade às políticas de promoção da saúde e prevenção de doenças por parte das operadoras de planos de saúde.

Foram realizadas entrevistas com 52.395 adultos acima de 18 anos entre os meses de janeiro e dezembro de 2018 em todas as capitais e no Distrito Federal. O Vigitel Saúde Suplementar 2018 utiliza uma subamostra com 28.611 entrevistados que referiram possuir plano de saúde (ou seja, 55% da população entrevistada). 

Seguiremos apresentando mais dados nos próximos dias. Acesse aqui o estudo na íntegra. 

Abril 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

27ª edição do Boletim Científico IESS, que acabamos de publicar, traz 10 importantes publicações científicas com assuntos que são de interesse para o setor de saúde suplementar. Dentre elas, 3 abordam questões relacionadas à pandemia do Coronavírus: “Implicações macroeconômicas da COVID-19: choques negativos de oferta podem causar escassez de demanda?”; “Fatores associados à saúde mental entre trabalhadores da saúde expostos à COVID-19”; e, “Adesão ao auto-isolamento na era da COVID -19 influenciada por compensação: constatações de uma pesquisa recente em Israel”.

Considerando o momento atual, é natural que tenhamos uma profusão de trabalhos relacionados à COVID-19. Portanto, as 3 análises apresentadas no documento não pretendem exaurir a questão, mas trazer bases sólidas para a melhor avaliação de cenários e fornecer ferramentas para auxiliar pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde.

A edição mais recente ainda apresenta pesquisas sobre programas de promoção de saúde; efeitos de atividades físicas em idosos, com foco em qualidade do sono; a relação entre hipertensão, etnia e posse de plano; o peso da formação familiar na demanda por serviços de saúde; e muito mais.

Nos próximos dias, vamos analisar estes e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!

 Ah, você também tem um estudo científico? Não perca a oportunidade de vê-lo destacado pelo IESS. Inscreva-se já no X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde SuplementarConfira o regulamento.

Fevereiro 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

O mundo conta com 1,1 bilhão de fumantes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desses, 0,7% morrem todo ano em decorrência direta do hábito. O que equivale a 8 milhões de óbitos. Pior, 1,2 milhão desses são pessoas não fumantes expostas à fumaça de terceiros.

Na busca por reduzir o número de vítimas do cigarro, diversas medidas já foram implementadas com variados níveis de sucesso – relembre as mais eficientes. Entre elas, o uso de avisos de advertência em caixas de cigarro é um dos mais populares e explorado ao redor do mundo.

Por aqui, a prática foi adotada em 2002. Fomos o segundo País a experimentar este recurso no mundo, atrás somente do Canadá, e temos incentivados outros países a fazer o mesmo. Além de nações com língua portuguesa e da América Latina, o programa brasileiro foi testado e adotado por outros países ao redor do mundo, como Austrália e Tailândia.

Novas pesquisas, entretanto, dão indícios de quem é realmente afetado pela campanha e como melhorar seus resultados. Um trabalho publicado em 2019 pela Universidade James Cook, na Austrália, relevou que o efeito destes anúncios é maior em adolescentes. Por outro lado, os alertas têm menos eficácia em públicos mais velhos – não significa que não funcionem, apenas têm um efeito menor em comparação ao alcançado com pessoas mais jovens. O que não deixa de ser uma notícia positiva já que a maioria dos adultos adquire este hábito durante a puberdade.

Os resultados desse estudo estão amplamente conectados com as mais recentes pesquisas no campo da neurociência, que indicam que as pessoas respondem melhor, aprendem mais fácil e têm mais chances de mudar seu estilo de vida a partir de estímulos positivos.

Segundo a Dra. Tali Sharot, neurocientista na Universidade College London e diretora do Laboratório do Cérebro Afetivo, a capacidade de aprender a partir de fatos negativos evolui com a idade até os 40 anos, em média, e depois começar a regredir. Mesmo em seu pico, contudo, não se aproxima do potencial transformador que recompensas podem proporcionar.

Resumindo, ao invés de falar que o cigarro pode causar câncer, impotência ou morte, os estudos mais recentes sugerem destacar que deixar de fumar pode te proporcionar mais qualidade de vida, melhor performance em esportes ou outras características semelhantemente positivas.

E este modelo mental vale para a vida de modo geral. Podendo ser aplicado, por exemplo, para mudar hábitos alimentares ou a frequência com que uma pessoa pratica atividades físicas.

Para entender melhor, recomendamos assistir a palestra da Dra. Tali no TEDx Talks Cambridge. O vídeo está em inglês, mas conta com legendas em português.

 

 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Esta semana, aqui no Blog, comentamos como iniquidades sociais podem interferir no uso de serviços de saúde, de acordo com a pesquisa Consumer Social Determinants of Health Survey, da McKinsey. 

Mas além desses impactos o estudo também levantou uma outra importante questão: o interesse dos beneficiários em participar de diferentes tipos de programas de promoção da saúde. No total, 85% dos beneficiários de planos ouvidos na pesquisa afirmam que fariam parte de iniciativas que incentivem hábitos de vidas mais saudáveis se eles fossem oferecidos pela operadora. 

Os programas que mais interessam os beneficiários são: 

  

• Desconto em mercados especializados em comida saudável 

• Acesso a academias 

• Conta de bem-estar 

• Reembolso por melhorias feitas em casa para lidar com problemas de saúde 

• Acesso grátis ou com custo reduzido a clínicas de tratamento médico, mental ou dental aos fins de semana 

  Como a pesquisa foi feita nos Estados Unidos, vale esclarecer que a conta de bem-estar funciona como um valor anual, normalmente entre US$ 500 e US$ 1000, que o beneficiário pode usar em serviços que proporcionem bem-estar conforme seu próprio julgamento. Podem ser enquadrados nesse caso, custos com terapia, cursos de mergulho, manicure e aulas de dança ou culinária, entre muitas outras atividades. 

Independentemente do tipo de programa e das particularidades daquele País, a pesquisa revela que há margem para Operadoras de Planos de Saúde e Empresas contratantes do benefício para seus colaboradores desenvolverem iniciativas que ajudem na prevenção de doenças e agreguem qualidade de vida. Indo bem além do que é ofertado hoje nas ações inscritas no Programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos de Doenças (Promoprev), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – assunto já abordado aqui

Abril 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

A cada 5 adultos, um não pratica atividades físicas suficientes de acordo com a edição 2017 da pesquisa Vigitel Saúde Suplementar, produzida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Ministério da Saúde (MS). Entre os adolescentes, o número é ainda mais alarmante: quatro a cada cinco estão nessa situação. No total, a pesquisa indica que 45,8% dos brasileiros não praticam atividade física suficiente e 53,7% têm excesso de peso. 

Ainda mais alarmante do que o porcentual da população que não realiza atividades suficientes para manter boas condições de saúde é o total que afirma não ter realizado qualquer atividade nos últimos 3 meses, caracterizando inatividade: 14,6%. Analisando os dados da última edição da pesquisa é possível perceber que as beneficiárias de planos de saúde são mais inativas que os beneficiários. Em 2017, 15,7% das mulheres afirmam não ter praticado qualquer atividade física nos três meses anteriores à pesquisa. Já entre os homens, o porcentual foi ligeiramente menor: 13,2%. 

Por outro lado, o resultado também aponta um aumento da inatividade entre os homens e uma redução entre as mulheres em relação aos dados registrados em 2016. No universo feminino, o total de inativas caiu 0,8 ponto porcentual (p.p.) (de 16,5% para 15,7%); já no masculino, ouve aumento de 1,8 p.p. (de 11,4% para 13,2%). 

O levantamento ainda aponta que João Pessoa (PB) é a capital com a maior proporção de inativos: 20,3%. Já Palmas (TO) é capital com a menor proporção de inativos: 11,2%. 

Os resultados dão importante indicativos para a formulação de programas de promoção de saúde e inputs valiosos para os gestores e tomadores de decisão do setor.  Por isso, nos próximos dias, não perca nossas análises sobre os demais indicadores da publicação.