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Maio 2020
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Quais serão os impactos da pandemia de Coronavírus uma vez que superarmos este momento? Certamente ainda não há respostas para esta questão, inclusive porque é incerto o tempo que ainda vai se levar para desenvolver remédios e vacinas eficientes contra a COVID-19.

Contudo, há alguns estudos que podem dar indicativos importantes do que esperar e até servir de alerta, estimulando o desenvolvimento de meios de prevenir os resultados negativos registrados após surtos pandêmicos do passado. É o caso, por exemplo, do trabalho “A bomba brasileira? O impacto de longo prazo da pandemia de gripe de 1918 à maneira sul-americana”, apresentado na última edição do Boletim Científico.

De acordo com a pesquisa, a Gripe Espanhola causou a morte de 5,3 mil pessoas apenas na cidade de São Paulo entre outubro e dezembro de 1918. No total, foram cerca de 350 mil paulistanos infectados, o que equivale a dois terços da população local à época.

Os pesquisadores responsáveis pelo levantamento indicam que, por conta disso, houve aumento na taxa de alfabetização de homens com 15 anos ou mais. Provavelmente em decorrência de a doença causar mais mortes entre a parcela da população com menos estudo.

Também houve queda na atividade agrícola daquele ano, com o volume produzido de café recuando 21%, o de milho, 25% e o de arroz, 47%. Sendo que, de acordo com o estudo, estes impactos puderam ser sentidos ao menos até 1940.

Resultados que demonstram a importância de reforçar medidas como o isolamento social, mas também de pensar em meios de apoiar a atividade econômica e sua recuperação nos próximos anos.

Se você está concluindo uma artigo científico que vai apresentar até 31 de agosto, aproveite que o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está com inscrições abertas, confira o regulamento  e participe.

Abril 2020
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27ª edição do Boletim Científico IESS, que acabamos de publicar, traz 10 importantes publicações científicas com assuntos que são de interesse para o setor de saúde suplementar. Dentre elas, 3 abordam questões relacionadas à pandemia do Coronavírus: “Implicações macroeconômicas da COVID-19: choques negativos de oferta podem causar escassez de demanda?”; “Fatores associados à saúde mental entre trabalhadores da saúde expostos à COVID-19”; e, “Adesão ao auto-isolamento na era da COVID -19 influenciada por compensação: constatações de uma pesquisa recente em Israel”.

Considerando o momento atual, é natural que tenhamos uma profusão de trabalhos relacionados à COVID-19. Portanto, as 3 análises apresentadas no documento não pretendem exaurir a questão, mas trazer bases sólidas para a melhor avaliação de cenários e fornecer ferramentas para auxiliar pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde.

A edição mais recente ainda apresenta pesquisas sobre programas de promoção de saúde; efeitos de atividades físicas em idosos, com foco em qualidade do sono; a relação entre hipertensão, etnia e posse de plano; o peso da formação familiar na demanda por serviços de saúde; e muito mais.

Nos próximos dias, vamos analisar estes e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!

 Ah, você também tem um estudo científico? Não perca a oportunidade de vê-lo destacado pelo IESS. Inscreva-se já no X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde SuplementarConfira o regulamento.

Fevereiro 2020
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Melhorar o acesso à saúde, gerando proteção financeira para famílias de baixa e média renda por meio de seguro e planos de saúde é uma preocupação de grande parte dos formuladores de políticas públicas ao redor do mundo. Enquanto, por aqui, ainda se debate se o governo dá, efetivamente, incentivos fiscais e se deveria fazê-lo, em outros países essa resposta parece já ser ponto pacificado há tempos: é fundamental conceder estímulos para a contratação destes planos e seguros – como já comentamos aqui, apenas para dar um exemplo.

Na 14° edição do Boletim Científico, o estudo “Avaliação dos efeitos de um novo esquema cooperativo de plano de saúde sobre a redução da pobreza causada por gastos altos em saúde na Província de Shaanxi, China” apontava que subsídios ofertados pelo governo local contribuíram para que 5% das famílias de zonas rurais beneficiadas superassem a linha da pobreza – relembre.

Agora, a pesquisa “Consequências para o bem-estar relacionadas ao acesso de famílias rurais ao seguro de saúde: evidências do ‘novo seguro médico cooperativo’ na China”, destacada na última edição do Boletim Científico, aponta que o  New Cooperative Medical Scheme (NCMS) já atende 97% da população rural local. O que equivale a cerca de 800 milhões de pessoas.

De acordo com o levantamento, este plano cobre apenas 20% dos serviços de saúde utilizados pelos beneficiários, o que indica a necessidade de ampliação da cobertura, mas garante um retorno social que excede os gastos públicos. Ou seja, a prática é positiva para todos os envolvidos.

A lógica não é exclusividade chinesa e pode ser percebida em outros países. Mesmo no Brasil, os gastos tributários com saúde representam economia para o governo ao mesmo tempo em que podem facilitar o acesso ao desejado plano de saúde. A proporção em que isto acontece será publicada em março, em um estudo que estamos terminando de produzir. Não perca.

Fevereiro 2020
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Poucas máximas são mais verdadeiras do que essa. Especialmente no setor de saúde. A importância de programas de promoção de saúde é um dos temas mais tratados por aqui e em todo o nosso portal – confira na Área Temática.

Agora, o estudo “Exames de saúde da população para a prevenção da progressão de doenças crônicas”, apresentado na última edição do Boletim Científico, traz novas evidências dos resultados positivos que podem ser alcançados com esse tipo de iniciativa em empresas.

O trabalho analisou mais de 35 mil funcionários de empresas norte-americanas e seus cônjuges para a detecção precoce de pré-diabetes, diabetes, doença renal crônica e hemoglobina nas fezes.

Os resultados apontam que a identificação precoce e a adoção de cuidados médicos adequados preveniram complicações relacionadas ao diabetes tipo 2 e retardaram 34 casos de doença renal em estágio terminal. Além disso, a cada grupo de 10 mil pessoas, foram identificados 1,2 mil casos de pré-diabetes antes desconhecidos, 287 casos de diabetes e 73 casos de doença renal crônica.

As informações detectadas podem ajudar a reduzir o absenteísmo nas empresas, mas têm a função mais importante de permitir que as pessoas mudem hábitos de vida e ajam ativamente para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas ou, ao menos, mantê-las sobre controle e garantir qualidade de vida para os pacientes.

Fevereiro 2020
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O uso adequado de medicamentos é uma preocupação mundial. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima, por exemplo, que o número de mortos em decorrência de infecções por supermicróbios pode chegar a 2,4 milhões entre 2015 e 2050, sendo que a principal razão para o desenvolvimento destes organismos é o uso inadequado de medicamentos – saiba mais.

No Brasil não é diferente. O estudo “Uso inadequado de medicamentos e fatores associados no Brasil: uma abordagem a partir de uma pesquisa domiciliar no País” , apresentado na última edição do Boletim Científico , constatou que 46,1% dos brasileiros apresentam algum tipo de conduta errada ao utilizar remédios.

 O trabalho, liderado por Vera Lucia Luzia, analisou as informações da Pesquisa nacional sobre acesso, utilização e promoção do uso racional de medicamentos no Brasil (PNAUM) de 2013–14 e apontou que 36,6% dos brasileiros utilizam medicamento sem prescrição médica. Além disso, a prática é mais comum entre: mulheres; residentes da região Nordeste; pessoas que não visitam o médico regularmente ou se consultam com mais de um médico; não têm acesso gratuito a medicamentos; e, usam cinco ou mais remédios.

Há outras pesquisas que indicam o problema e destacam a necessidade de avançar em programas de promoção de saúde com foco em conscientização da população para a importância de não tomar medicamentos sem prescrição e, tão importante quanto, respeitar as doses e os períodos determinados pelos médicos. Ano passado, por exemplo, comentamos um levantamento feito pelo Datafolha a pedido do Conselho Federal de Farmácia (CFF) – relembre.

Claro, o Brasil também precisa debater a capacidade dos profissionais em receitar medicamentos corretamente. Já que equívocos podem acontecer não só em função de falta de preparo, mas de alta frequência de atendimentos em jornadas de trabalho muito longas e mesmo de um modelo mental centrado na doença e não no paciente. A questão foi muito bem analisada pelo Dr. Daniel Neves Forte, coordenador da equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Sírio-Libanês, durante o seminário "Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema". Vale rever. 

 

 

 

Fevereiro 2020
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Se fosse uma doença, a corrupção seria uma das maiores pandemias da história.

De acordo com o estudo “Corrupção mundial na saúde: um segredo que todos sabem”, comentado na última edição do Boletim Científico, essa prática está arraigada em aproximadamente dois terços dos países ao redor do mundo e causa a morte de 140 mil crianças por ano.

O trabalho conduzido pela ex-ministra de saúde do Peru, Patricia García, estima que entre US$ 700 bilhões e US$ 1,75 trilhão sejam perdidos anualmente apenas no setor de saúde em função de corrupção. O montante equivale a algo entre 10% e 25% dos cerca de US$ 7 trilhões gastos com esses serviços ao redor do mundo.

Analisando a literatura internacional sobre o tema, a autora identificou as três situações em que a corrupção é mais comum: 

1)Estar em uma posição de poder, como a de um profissional de saúde atendendo paciente em um ambiente em que não há supervisão adequada

2)Pressões financeiras de pares ou pessoas próximas

3)Quando a cultura local aceita a corrupção como algo cotidiano.

 

Para combater essa realidade, o trabalho elenca uma série de estratégias, incluindo:

•Aprimoramento da gestão financeira

•Gerenciamento de conflitos de interesses

•Desenvolvimento de políticas e processos para investigações e penalização de atos corruptos

•Envolvimento da comunidade

•Uso de plataformas de tecnologia para vigilância ativa

•Emprego de novas tecnologias como big data e analytics para reconhecimento de padrões de fraude ou abuso.

Janeiro 2020
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Acabamos de publicar a 26º edição do Boletim Científico IESS, que reúne seis importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2019. 

Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, o Boletim Científico tem o objetivo de apresentar estudos, atualizações e orientações que forneçam ferramentas para auxiliar na tomada de decisões. A edição mais recente apresenta pesquisas que abordam impactos de corrupção no sistema de saúde; programas de ampliação de acesso à saúde; alimentação; e muito mais. 

Entre os trabalhos abordados na publicação, na seção Economia & Gestão, destacamos a análise “Corrupção mundial na saúde: um segredo que todos sabem”, que aponta um desperdício de US$ 700 bilhões a US$ 1,75 trilhão por ano.

Já o destaque em Saúde & Tecnologia ficou para “Fatores associados ao tempo de permanência hospitalar de mulheres submetidas à cesariana”, que possibilitou a construção de perfis distintos de riscos associados à idade e comorbidades que podem alongar a duração do tempo de internação pós-parto.

Nos próxmos dias, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!

 

Julho 2019
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No começo do mês, aqui no Blog comentamos a falta de conhecimento sobre cesáreas no Brasil. Um contrassenso em relação à quantidade de partos desse tipo realizados no País – 55% do total segundo a “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017”, que divulgamos no final do ano passado. 

Como tivemos diversos comentários, positivos e negativos, sobre a questão, decidimos explorar um pouco mais o assunto e trazer os números do estudo “Diferenças regionais brasileiras e fatores associados à prevalência de cesárea”, publicada na última edição do Boletim Científico

O trabalho encontrou uma prevalência de cesárea um pouco menor, de 53%. A diferença é explicada pelo período analisado, de 1990 a 2013. No total, foram analisados os registros de 16,2 mil mulheres entre 18 e 49. O resultado aponta realidades contrastantes. 

O parto natural é mais frequente no Norte (52,74%) e Nordeste (51,06%), mas apenas por uma pequena margem. Já nas demais regiões, a cesárea “abre uma vantagem” expressiva. No Sul, são 56,9% do total; no Sudeste, 59,3%; e, no Centro-Oeste, 61,5%. 

Além disso, essa é a média encontrada para o período. Contudo, a prevalência de cesáreas cresceu ao longo dos anos, principalmente nas regiões Nordeste, em que avançou 2,2 vezes, e no Sul, onde cresceu 2,75 vezes. 

Confira os demais resultados da pesquisa e outras publicações na 25° edição do Boletim Científico

Junho 2019
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Desde 2016, há 3 anos portanto, temos defendido a necessidade do desenvolvimento de novos produtos de saúde, especialmente na linha de planos com franquia e coparticipação. O que, acreditamos, traz o beneficiário para mais perto do processo decisório e ajuda a evitar desperdícios no setor – que não são poucos, como também já falamos aqui

Agora, a última edição do Boletim Científico apresenta o estudo “Planos de Saúde com franquia anual e Prevenção”, que indica que planos com franquia podem comprometer a utilização de serviços de saúde com foco preventivo, o que terminaria por onerar o sistema, já que doenças detectadas tardiamente tendem a exigir tratamentos mais longos e custosos, e pior, gerariam impactos na qualidade de vida dos beneficiários. 

De acordo com o estudo, de 2009 a 2016 a opção por esse tipo de plano com franquia anual mínima de US$ 1.350 para um indivíduo e US$ 2.700 para uma família apresentou crescimento nos Estados Unidos ao mesmo tempo em que gerou uma redução significativa na utilização geral de serviços preventivos. 

Antes de contrapor o que defendemos, o resultado reforça nossa tese. Os planos com franquia têm um elevado potencial para tornar o beneficiário mais criterioso com o uso de serviços de saúde, já que passa a perceber efetivamente seu custo. Contudo, como destacamos desde o começo, esse tipo de plano precisa ser acompanhado de cláusulas de promoção de saúde que garantam que a realização de exames e consultas de rotina e com caráter preventivo não entrem na coparticipação, mas permaneçam a encargo direto das operadoras de planos de saúde para não desincentivar esse tipo de consulta e gerar maiores problemas depois. 

Se você tem dúvidas sobre como funciona a franquia de planos de saúde, recomendamos a leitura de nosso post sobre o assunto aqui, no blog. Além disso, você pode consultar nossa Área Temática sobre novos produtos e soluções para a saúde suplementar e conhecer melhor esses e outros modelos de planos. 

Junho 2019
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Acabamos de publicar a 25º edição do “Boletim Científico IESS”, que resume publicações científicas importantes para a saúde suplementar lançadas no 1º quadrimestre de 2019. Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, a publicação apresenta trabalhos lançados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão. 

 

O objetivo é apresentar estudos, atualizações e orientações que forneçam ferramentas para auxiliar pesquisadores e gestores da saúde suplementar na tomada de decisões. A edição mais recente apresenta pesquisas que abordam a aplicabilidade de avaliação de custo-efetividade para incorporação de novas tecnologias, comportamento econômico-financeiro de operadoras de grande porte, prevalência de cesárea no Brasil e outros trabalhos. 

Entre eles, destaque para a análise “Planos de Saúde com franquia anual  e Prevenção”, na seção Economia & Gestão, aponta a redução de exames com caráter preventivo entre os beneficiários desse tipo de plano, o que reforça nossa percepção de que planos com franquia anual precisam ter mecanismos para incentivar a promoção da saúde e a realização de procedimentos (consultas exames etc.) com este foco, como já comentamos aqui

Já o destaque em Saúde & Tecnologia ficou para “Telemedicina e Diabetes”, que destaca a efetividade deste tipo de ação desde que a telemedicina não se limite ao telemonitoramento. 

Nos próximos dias, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!