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Setembro 2018
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Divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em julho, a sexta edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apresentou um panorama do setor no país com base nos dados referentes ao ano de 2017 encaminhados pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, através do Sistema de Informação de Produtos (SIP). 

O documento apresentou dados agregados dos procedimentos e eventos assistenciais (tais como consultas, exames, terapias, internações e procedimentos odontológicos) realizados pelos beneficiários de planos de saúde e as respectivas despesas assistenciais líquidas registradas pelas operadoras. 

A sexta edição da publicação mostrou que o setor atingiu mais de 1,51 bilhão de procedimentos em 2017, sendo cerca de 1,3 bilhão na assistência médico-hospitalar e 186,1 mil procedimentos odontológicos. Os dados representam um avanço de 3,4% em relação aos resultados do ano de 2016, que atingiu 1,46 bilhão de procedimentos quando somadas as duas modalidades de assistência.

Num esforço de colaborar ainda mais com a tomada de decisão e contribuir com a disseminação de informações da saúde suplementar brasileira, fizemos uma análise dos dados assistenciais disponibilizados pela agência reguladora. A “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017” observa a assistência à saúde no setor no período destacado e, por meio de alguns indicadores, faz comparações com outros países e com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Por meio de uma extensa análise, o estudo fornece um panorama sobre os beneficiários e o perfil de utilização entre os planos médico-hospitalares em todo o país e aponta questões relacionadas à assistência, como consultas médicas (ambulatoriais e em pronto-socorro), atendimentos com outros profissionais além do médico, exames, terapias e internações. As despesas assistenciais (em reais correntes) das operadoras de planos médico-hospitalares informadas à ANS por tipo de procedimento de 2011 a 2017 também foram contempladas na análise.

Ao longo dos próximos dias traremos informações detalhadas da nossa análise. Não perca.

Julho 2016
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Na última quinta-feira (14/7), comentamos, aqui no Blog, alguns dos resultados do Mapa Assistencial da ANS, que apontavam a superutilização de exames, entre outros dados. Hoje, trazemos uma nova análise sobre alguns dos números disponíveis no documento. Os resultados destacam a necessidade de se repensar o setor, aprimorando sua gestão e enfrentando desafios como a adoção de programas efetivos de promoção da saúde e o redimensionamento da rede de atendimento. Vamos a eles:

A despesa assistencial das operadoras de planos de saúde médico-hospitalares com internações cresceu 10% entre 2014 e 2015, saltando de R$ 47,25 bilhões para R$ 51,97 bilhões, mesmo com a redução de 1 milhão no total de beneficiários. 

Os números estão em linha com as projeções de crescimento de 30% nas despesas com internações até 2030, que apresentamos no TD 57 – Atualização das projeções para a saúde suplementar de gastos com saúde: envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. Também já comentado aqui no Blog.

Constatamos, também, que o aumento nas despesas assistenciais com internações se deve tanto ao incremento no custo de insumos hospitalares, quanto na frequência de utilização desse serviço. No total, o número de internações de beneficiários avançou 4,5%, saindo de 7,6 milhões, em 2014, para 7,9 milhões em 2015. Já o custo por internação subiu de R$ 6.229,96 para R$ 6.558,84, no mesmo período. Alta de 5,3%.

No total, em 2014, havia 0,15 beneficiário para cada internação. Já em 2015, com a diminuição de 1 milhão de vínculos principalmente em função da retração da economia, das perdas de emprego e da retração na renda das famílias – outro assunto que já debatemos no Blog –, foi registrada a razão de 0,16 beneficiário para cada internação. Caso o total de beneficiários de 2015 tivesse se mantido o mesmo do ano anterior, e a frequência de internações tivesse subido no mesmo ritmo, as despesas assistenciais de operadoras de planos de saúde com este serviço teriam chegado a ordem de R$ 53 bilhões. Nesse caso, as despesas com internações teriam avançado 12,2% entre 2014 e 2015.

O Mapa aponta, ainda, avanço de 17,7% nas despesas assistenciais com terapias, que totalizaram R$ 2,9 bilhões em 2015; e incremento de 11,6% nas despesas com exames, que totalizaram R$ 25,2 bilhões no mesmo ano.

Julho 2016
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De acordo com o novo mapa assistencial divulgado pela ANS, a taxa de exames de ressonância magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.

A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.

Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.

Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos. 

Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.

O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.

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magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.

A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.

Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.

Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos. 

Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.

O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.

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