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Abril 2018
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A variação de custos médico-hospitalares (VCMH), como sempre gostamos de lembrar, é o principal indicador usado mundialmente para aferição de custos em sistemas de saúde (públicos ou privados). Contudo, por ser aferida por consultorias diferentes em diversos países, não havia, até agora, um estudo que olhasse para o todo e detectasse as tendências do indicador ou avaliasse quais são as causas comuns para o avanço da VCMH ao redor do mundo.

Por isso, reunimos e analisamos os dados de três das principais consultorias que apuram o comportamento do VCMH no mundo (Aon Hewitt, Mercer e Willis Towers Watson) em um estudo inédito: "Tendências da variação de custos médico-hospitalares: comparativo internacional". O trabalho é especialmente importante por traçar, pela primeira vez, um panorama geral e integrado da VCMH no mundo, ao invés da fotografia parcial capturada por cada um dos relatórios.

Entre os resultados mais importantes está o fato de a VCMH do Brasil ter seguido um padrão global de comportamento, similar ao encontrado inclusive nas economias mais desenvolvidas e estáveis. Por exemplo, a VCMH do Reino Unido é 4,2 vezes superior à inflação geral da economia local, segundo um dos critérios aplicados, enquanto a proporção brasileira, pelo mesmo parâmetro, é de 2,8 vezes. 

Como o estudo traz vários dados interessantes e o tema é bastante complexo, estamos produzindo um especial com 5 posts sobre o assunto para a próxima semana. Não perca!

Agosto 2017
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O estudo “National Health Expenditure Projections, 2016-25: Price Increases, Aging Push Sector to 20 Percent of Economy”, publicado na 18° edição do Boletim Científico com o título “Projeção do gasto em saúde entre 2016 a 2025: aumento dos preços em saúde e envelhecimento da população estão alavancando o gasto em saúde da economia para 20% do PIB”, estima que o crescimento das despesas com saúde será de 1,2 ponto porcentual superior ao crescimento médio do PIB entre 2016 e 2025. Com o avanço, a participação do setor na economia do país deve subir de 17,8%, em 2015, para 19,9% em 2025.

Entre as principais razões para o aumento dos gastos estão questões com a quais também teremos que lidar por aqui. Por exemplo, a inflação médica e a frequência da utilização dos serviços de saúde. Exatamente os pontos medidos pelo VCMH/IESS, que apenas nos 12 meses encerrados em setembro de 2016 registrou alta de 19,4%, como já apontamos aqui no blog.

De acordo com o trabalho, a terceira causa que mais contribuirá para o aumento dos gastos com saúde nos Estados Unidos é outra “velha conhecida”: o envelhecimento da população. Assunto que também já exploramos por aqui.

Maio 2017
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A variação dos custos médico-hospitalares, medida pelo VCMH/IESS registrou alta de 19,4% nos 12 meses encerrados em setembro de 2016. A maior variação para o período registrada pelo indicador desde o início da série histórica, em 2007. A título de comparação, a inflação geral do País, medida pelo IPCA, ficou em 8,5% no mesmo período. O resultado é bastante negativo, principalmente por apontar recorde no aumento dos custos enquanto o setor continua a registrar quedas consecutivas no total de beneficiários. O que deveria resultar em menor pressão dos custos, já que há menos beneficiários utilizando os serviços. 

Além dos custos assistenciais em alta e da redução do total de vínculos, o setor ainda recebeu autorização da ANS para reajustar as contraprestações dos beneficiários de 13,55%, que apesar de acima da inflação geral, está abaixo do aumento dos custos. Movimento que certamente põe em risco a sustentabilidade do setor

Há causas para o VCMH permanecer tão elevado por tanto tempo. A primeira delas é o sistema de pagamento das operadoras aos prestadores de serviços, que se assemelha a um ‘cheque em branco’. A chamada ‘conta aberta’, ou fee-for-service, absorve todos os custos, inclusive desperdícios e falhas assistenciais. Todos os insumos são adicionados à conta hospitalar e, dessa forma, os prestadores buscam o máximo consumo possível com o objetivo de obter a máxima remuneração. Um desincentivo total à eficiência.

Outra causa é a falta de transparência. Hoje, não é possível saber se a precificação por um serviço é justa porque não há como comparar os diferentes prestadores. É o caso dos hospitais. Os custos dos serviços se baseiam em uma “percepção de qualidade”, mas não há certeza de que um prestador é melhor do que outro porque simplesmente não se conhecem os indicadores de desempenho e qualidade assistencial.

Isso abre espaço para práticas de corrupção, como se tem repercutido na imprensa nos últimos anos em diversas denúncias, especialmente na área de materiais e medicamentos, o que, obviamente, impacta em aumento de custos para o sistema.

O Brasil precisa promover uma reforma do sistema de saúde suplementar. Nem consumidores, nem empresas contratantes de plano de saúde têm condições de absorver reajustes de dois dígitos por longos períodos. Ou o País avança na modernização dos modelos de pagamento por serviços de saúde e em uma agenda de transparência nessa área, ou o sistema corre o sério risco em poucos anos.

Maio 2017
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Atualizamos o mais importante indicador utilizado pelo mercado de saúde como referência sobre o comportamento de custos, o Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), que registrou alta de 19,4% nos 12 meses encerrados em setembro de 2016. Essa é a maior variação para o período registrada pelo indicador desde o início da série histórica, em 2007. A título de comparação, a inflação geral do País, medida pelo IPCA, ficou em 8,5% no mesmo período.

O resultado do VCMH é bastante negativo, principalmente por apontar recorde no aumento dos custos enquanto o setor da saúde suplementar continua a registrar quedas consecutivas no total de beneficiários de planos médico hospitalares. O que deveria resultar em menor pressão dos custos, já que há menos beneficiários utilizando os serviços. Vale lembrar que além dos custos assistenciais em alta e da redução do total de vínculos, o setor ainda recebeu autorização da ANS para reajuste das contraprestações dos beneficiários de 13,55%.

Nos próximos dias iremos analisar os resultados do VCMH aqui no Blog. Aguarde! 

Maio 2017
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Você sabia que “VCMH” e “ATS” são os termos mais buscados em nosso site? Esses dois assuntos são foco de várias publicações aqui do blog e estudos em diversas publicações. A ferramenta de busca, no topo do site, nos permite não só conhecer melhor as áreas de interesse de vocês, como também a relevância de nossos conteúdos e nos mostra quais questões podemos abordar para tirar dúvidas dos nossos leitores.

Além de ser útil para nós, o mecanismo de busca também pode ser especialmente útil para você. É possível procurar por termos específicos ou conjuntos de palavras e filtrar pela área do site que você deseja consultar: Blog, Notícias, Eventos ou Publicações (pesquisas e boletins).

Na lista dos termos mais buscados, a projeção do VCMH encerrar 2016 com alta entre 18% e 20%, como apresentamos aqui no blog, é um dos resultados mais acessados.

Já a busca por ATS cresceu nos últimos dias, especialmente por conta do nosso próximo evento: o “Seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que iremos realizar no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Hotel Hilton Rio de Janeiro (Av. Atlântica, 1020). Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente. Mas atenção, as vagas são limitadas e as buscas pelo evento estão crescendo! 

Abril 2017
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Quarta-feira passada (12/4), aqui no Blog, mostramos como são empregados os recursos advindos das contraprestações que os beneficiários pagam aos planos de saúde: De cada R$ 100, R$ 86,17 são gastos assistenciais com serviços médicos, R$ 11,23 são destinados para o pagamento de despesas administrativas (como tributos) e apenas R$ 2,60 ficam de resultado. Sendo que o valor médio das mensalidades dos planos em setembro de 2016 (o dado mais recente disponível) foi de R$201,63.

O que pretendemos ao mostrar esses números? Fazer uma defesa do setor? Longe disso, apenas jogar luz sobre os números e fomentar o debate sobre a sustentabilidade do setor as medidas que precisam ser tomadas para garanti-la. Principalmente frente ao constante aumento dos gastos assistenciais em patamares superiores aos dos reajustes das mensalidades (definidos pela ANS) ao longo de grandes períodos de tempo.

Mas apenas esses números podem não deixar clara a situação em que o setor se encontra hoje, então resolvemos fazer um exercício simples de projeção desses recursos para setembro de 2017. Não estamos projetando que estes serão os resultados do próximo período, é bom deixar claro, apenas tentando ilustrar a atual situação do setor e os desafios que precisam ser enfrentados para garantir sua sustentabilidade.

Para tanto, vamos considerar que o reajuste permitido pela ANS fosse idêntico ao do ano anterior: 13,57%. O que é bastante improvável. Com esse reajuste, a mensalidade média subiria para R$ 228,99.

Vamos aceitar, também, que a sinistralidade (o porcentual da contraprestação destinado para gastos assistenciais), até para facilitar o cálculo, do período seja de 85%. Portanto, inferior aos 86,17% registrados em setembro de 2016. Então, de cada mensalidade de R$228,99, R$ 194,64 seriam destinados ao pagamento de despesas assistenciais. 

Contudo, ainda temos que considerar a variação dos custos médico-hospitalares, aferida pelo VCMH/IESS, que deve ter encerrado o ano entre 18% e 20%, como já apontamos aqui. Para esse exercício, vamos, então, considerar uma taxa de aumento dos custos médico-hospitalares de 18%. Vale destacar, a última vez que o VCMH apresentou uma variação inferior a este patamar foi em julho de 2015. Isso significa que os gastos assistenciais subiriam para R$ 229,68. Portanto, mais do que a operadora recebe dos beneficiários.

Além disso, há as despesas administrativas, que vamos manter congeladas em R$ 22,64. O que significaria que as operadoras não gastariam um centavo a mais com tributos (apesar do aumento de receita pelo reajuste das mensalidades) ou com o reajuste de salário de seus funcionários, entre outros fatores. Apenas, novamente, para simplificar o exercício proposto.

Qual seria então, o resultado dessa conta? Qual seria o resultado das operadoras?

Bem, de acordo com esses números, a cada R$ 100 recebidos, as operadoras gastariam R$ 9,89 com despesas administrativas, R$ 100,30 com despesas assistenciais e teriam um resultado negativo de R$ 10,19.

O que, obviamente, demonstra um risco à sustentabilidade do setor. 

Março 2017
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O índice Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH) deve ter encerrado 2016 com alta entre 18% e 20% ao ano. O VCMH, já comentado aqui no Blog, é o principal indicador usado pelo mercado de saúde como referência para mensurar os custos dos planos médico-hospitalares individuais e familiares. Na média, segundo informações de mercado, também acompanha as variações de custos dos planos coletivos empresariais, os quais compõem o conjunto de referências usadas pela ANS na definição do índice de reajuste das mensalidades dos planos individuais, que deve ser anunciado nos próximos meses. 

Desde 2013, o VCMH/IESS registra fechamento anual superior a 15% ao ano. Nos seis primeiros meses de 2016, o indicador oscilou no patamar de 18% a 19,7% e não foi registrado nenhum sinal do mercado que aponte para a queda desses porcentuais. O que, em nossa opinião, é extremamente preocupante e coloca em risco o sistema de saúde suplementar. 

Basicamente, há três causas principais para o VCMH permanecer tão elevado por tanto tempo. A primeira delas é o sistema de pagamento das operadoras aos prestadores de serviços de saúde no Brasil, que se assemelha a um ‘cheque em branco’. A chamada ‘conta aberta’, ou fee-for-service, que absorve todos os custos, inclusive desperdícios e falhas assistenciais, como reinternações, por exemplo. Todos os insumos são adicionados à conta hospitalar e, dessa forma, os prestadores buscam o máximo consumo possível com o objetivo de obter a máxima remuneração. Um desincentivo total à eficiência.

Outra causa a potencializar os custos da saúde é a falta de transparência do setor. Não há transparência sobre indicadores de qualidade assistencial nos serviços de saúde, na formação de preços ou nas relações entre os atores da cadeia. Logo, não é possível saber se a precificação por um serviço é justa porque não há como comparar os diferentes prestadores. É o caso, por exemplo, dos hospitais. A precificação se baseia em uma percepção de qualidade, no poder de mercado em determinada localidade, mas não há certeza de que um prestador é melhor do que outro porque simplesmente não se conhecem os indicadores de desempenho e qualidade assistencial.

Da mesma forma, as falhas de mercado impossibilitam a comparação entre distintos fornecedores para um mesmo insumo de saúde e que a falta de legislação específica desobriga que consumidores e operadoras saibam se há relacionamentos comerciais entre prestadores de serviços e fornecedores, por exemplo. O que abre espaço para práticas de corrupção, como temos visto nos últimos anos em diversas denúncias, especialmente na área de materiais e medicamentos.

Por esses motivos, defendemos que o Brasil precisa, urgentemente, promover uma reforma do sistema de saúde suplementar. O que deve envolver prestadores de serviço de saúde, distribuidores e fornecedores de materiais, equipamentos e medicamentos. Nem consumidores e nem empresas contratantes de plano de saúde têm condições de absorver reajustes de dois dígitos por longos períodos e nem as operadoras são capazes de arcar com essa escalada de custos. Ou o País avança na modernização dos modelos de pagamento por serviços de saúde e em uma agenda de transparência nessa área, ou o sistema corre o sério risco de se desmantelar em poucos anos. 

Janeiro 2017
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Há pouco mais de uma semana, destacamos, aqui no Blog, o aumento de 19% nos custos assistenciais das operadoras de saúde, de acordo com o VCMH. O avanço é mais do que o dobro da inflação geral do período, que foi de 9,4%, de acordo com o IPCA. O que acende uma luz de alerta para o setor. Hoje, foi a vez de o jornal Correio Braziliense dar o mesmo alerta, com a reportagem “Custo da saúde dispara e ameaça planos e clientes”.

Logo após o título, a reportagem destaca: “Gasto de operadoras com atendimentos médicos cresce 19% em um ano. No país, já existem 60 empresas com patrimônio líquido negativo, prejudicando beneficiários. Número de internações e exames encarece tratamento”

Estamos, de fato, frente a uma ameaça a sustentabilidade do setor de saúde suplementar. Porém, mais importante do que o aumento, é entender seus motivos, que já temos apontado faz tempo, e, principalmente, entender que há meios para reverter esse cenário.

O número de internações e exames, conforme destacado na reportagem, certamente encarece o sistema. E como já apontamos aqui, com o envelhecimento da população pelo qual estamos passando, a tendência é que tanto o número de internações quanto o de consultas continue a crescer. E não só isso, os gastos com esses procedimentos também tende a aumentar, dado que pacientes com mais idade tendem a necessitar de mais cuidados.

O segredo para começar a mudar essa jornada de escalada de preços é não olhar para a frequência de utilização de serviços como um problema. Há inúmeros programas de promoção da saúde em outros países que estimulam um incremento na frequência de exames e consultas, o que, em contra partida, culmina na diminuição de internações e da ocorrência de problemas mais graves. Em última instancia, contribuindo para a redução de custos. 

Contudo, o que encarece a utilização dos serviços de saúde no Brasil, é principalmente o modelo de pagamento adotado atualmente: o chamado fee-for-service. Hoje, os hospitais têm um cheque em branco para cada internação. De uma forma bastante crua, mas para facilitar a compreensão: o desperdício compensa. Quanto mais dias, exames e insumos forem consumidos, maior o lucro do prestador de serviço.

Isso não significa que os hospitais são vilões interessados apenas no dinheiro. Significa que o modelo está errado. Precisamos urgentemente mudar para um modelo que privilegie as melhores práticas, a performance e o desfecho clinico; um modelo que puna o desperdício. Pode parecer que “o disco riscou” devido a frequência com que repetimos isso. Mas acreditamos que enquanto isso não mudar, os custos da saúde continuarão em sua trajetória ascendente.

Claro, há outros fatores que pesam nessa conta, tanto circunstanciais, como a crise econômica, quanto estruturais, como a falta de critérios objetivos de custo-efetividade para a incorporação de novas tecnologias na saúde. E é certo que políticas mais eficientes nesse sentido, bem como a criação de novos produtos de saúde suplementar que entreguem ao beneficiário maior poder de decisão são importantes e podem dar novo folego ao setor. Mas enquanto o atual modelo (novamente, que premia o desperdício) perdurar, não haverá solução definitiva.

Janeiro 2017
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A variação dos custos médico-hospitalares, medida pelo VCMH/IESS teve alta de 19% nos 12 meses encerrados em março de 2016. Por três meses consecutivos, o indicador, que é utilizado como referência para cálculo de reajustes das mensalidades dos planos de saúde, ficou no patamar de 19%, a maior variação já registrada no primeiro trimestre de um ano. A título de comparação, a inflação geral do País, medida pelo IPCA, ficou em 9,4% no mesmo período.

Isso significa que no mesmo período em que quase 2 milhões de beneficiários deixaram a saúde suplementar, ou seja, havia menos pessoas para utilizar os serviços, o custo do setor com internações, terapias, exames e consultas continuou crescendo em ritmo bastante acelerado e batendo recorde. Boa parte disso pode ser explicada pelo desperdício e a ineficiência do setor, assunto que tratamos ontem aqui no Blog.

Claro, também pesa no indicador a combinação de fatores circunstanciais (crise econômica e risco de desemprego) que podem ter potencializado os custos da saúde no Brasil. Uma possibilidade é que, por conta da crise financeira e com o receio de perda de emprego e, por extensão, do benefício do plano de saúde, muitas pessoas podem ter antecipado a realização de exames e consultas. O que poderia impactar na formação do VCMH, ainda que com uma relevância menor, já que o indicador não considera apenas a variação de custos dos procedimentos, mas a frequência de utilização destes.

Por fim, ainda pesam sobre o indicador a adoção de novas tecnologias sem uma análise de custo-efetividade sistemática e a mudança demográfica pela qual estamos passando, com o envelhecimento da população antes do enriquecimento do País. Dois assuntos que também são frequentes por aqui, como pode ser visto no post Eficiências e ineficiências das novas tecnologias aplicadas à saúde, de 14 de setembro do ano passado.

De qualquer forma, o resultado acende uma luz de alerta!

Dezembro 2016
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Atualizamos, hoje, o mais importante indicador utilizado pelo mercado de saúde como referência sobre o comportamento de custos, o Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), que registrou alta de 19% nos 12 meses encerrados em março de 2016. Essa é a maior variação já registrada no primeiro trimestre de um ano. A título de comparação, a inflação geral do País, medida pelo IPCA, ficou em 9,4% no mesmo período.

O resultado do VCMH é ainda mais impactante porque a expressiva alta coincide com um período em que quase 2 milhões de beneficiários deixaram a saúde suplementar. Portanto, mesmo com a forte saída de pessoas das carteiras dos planos de saúde, os custos continuaram batendo recorde. O que deve acender um sinal de alerta para o setor que precisa buscar ganhos de eficiência e novos modelos de remuneração que recompensem a performance e punam desperdícios, como já temos apontado.

Nos próximos dias iremos analisar os resultados do VCMH aqui no Blog. Aguarde!