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Março 2018
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O envelhecimento populacional é, sem dúvida, um grande avanço das novas gerações e enorme mérito da medicina moderna. Esse fator tem gerado uma mudança demográfica em diferentes países e o Brasil tem conhecido os impactos dessa mudança e ampliado o debate sobre suas repercussões nos sistemas de saúde. Como mostramos aqui recentemente, é importante que esse assunto seja debatido pelos diferentes tomadores de decisão em saúde, com o objetivo de oferecer a melhor assistência para esta população ao mesmo tempo em que se busca o equilíbrio financeiro do setor.

Para se ter uma ideia, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que, em 2030, o Brasil contará com mais de 223 milhões de brasileiros, sendo 18,62% com 60 anos ou mais. O TD 57 – “Atualização das projeções para a saúde suplementar de gastos com saúde: envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro”, publicado em 2016, já apontava para esta preocupação. O estudo estima que os gastos assistenciais podem chegar a R$ 396,4 bilhões ao ano até 2030, o que representa um avanço 268,4% em comparação a 2014. 

Devido à importância do tema e a necessidade de criar e debater ferramentas para o setor, o trabalho “Envelhecimento populacional e gastos com saúde: uma análise das transferências intergeracionais e intrageracionais na saúde suplementar brasileira” foi o 2º colocado no VII Prêmio IESS na categoria Economia. 

Fruto da pesquisa de Mestrado de Samara Lauar Santos na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o trabalho analisou as transferências intergeracionais (entre indivíduos de diferentes grupos de idade) e intrageracionais (entre indivíduos de um mesmo grupo de idade) na saúde suplementar brasileira. A análise compreendeu uma amostra de 11 operadoras de planos de saúde com aproximadamente 780 mil beneficiários no ano de 2015.

Com importante avanço no debate sobre o tema, a pesquisa traz diferentes apontamentos, como, por exemplo, que os limites impostos de variação dos preços dos planos não estão adequados às mudanças no padrão da população com o maior envelhecimento. Nesse sentido, a regulação do setor deve ser revista e atualizada para a novo perfil demográfico do país. 

Outras questões apontadas na pesquisa tratam da necessidade de melhor gestão das despesas assistenciais, mudanças no modelo de pagamento – que gera desperdícios e excesso de procedimentos -, além da melhor avaliação de custo-efetividade na incorporação de novas tecnologias.

O trabalho vencedor está disponível na íntegra aqui. Confira.

Fevereiro 2018
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Caiu o número de pessoas inativas no país. De acordo com o Vigitel Saúde Suplementar 2016, a frequência da prática de atividade física entre as pessoas que possuem plano de saúde foi de 42,3% no conjunto analisado. Em 2011, primeiro ano da inclusão desse indicador, o total foi de 37,4% para a mesma amostra.

A pesquisa elaborada em conjunto pelo Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que a frequência de adultos que praticam atividade física no tempo livre é maior entre os homens, com 51,5%, do que entre as mulheres, totalizando 35,0%.

Já na análise entre as cidades participantes da pesquisa, a realização de exercícios físicos variou entre 34,3% em Porto Alegre e 54,2% no Distrito Federal. Os maiores índices para a prática de atividades físicas entre as mulheres foram encontrados em Boa Vista, com 47,8%, Distrito Federal, 46,8% e Palmas, representando 46,2%. As menores foram em Porto Alegre, com 25,8%, São Paulo, 27,9% e São Luís, 33,8%. Já entre os homens, a maior proporção foi encontrada no Distrito Federal, com 63,2%, seguido de Boa Vista, 59,5%, e Maceió, 59,5%. Os destaques negativos foram para Porto Alegre, com 45,2%, Campo Grande, 45,8%, e São Paulo com um total de 46,6%.

A taxa de indivíduos fisicamente inativos também reduziu de 19,2% em 2008 para 14,2% em 2016. No conjunto das capitais do país, o número variou entre 10,8% em Goiânia e 19,6% em João Pessoa. Entre os homens, as maiores frequências foram encontradas em João Pessoa, com 18,3%, Aracaju, 17,1%, Belo Horizonte e Recife, ambas com 15,1%. As menores, puderam ser observadas em Salvador, com um total de 8,1%, Distrito Federal, 9,0%, Vitória e Goiânia, com 9,3%. Já entre as mulheres, as maiores frequências são em Recife, 21,1%, João Pessoa, com 20,5%, Manaus e Rio Branco, 19,9%. As menores foram encontradas em Goiânia, com 11,9%, Florianópolis, 12,8% e Cuiabá, 13,6%.

A avaliação desses dados considerou adultos, beneficiários de planos de saúde, que praticam ao menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. Se por um lado, o aumento no número de pessoas ativas no país deve ser comemorado, por outro fica o alerta: ainda há muito o que expandir na conscientização sobre a importância da atividade física na saúde individual e coletiva. Os dados da pesquisa são de grande importância no conhecimento dos principais determinantes na incidência e prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Vigitel da Saúde Suplementar 2016 foi elaborado com dados de 53.210 entrevistas por telefone, sendo 20.258 homens e 32.952 mulheres, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

 

Fevereiro 2018
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Desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no ano 2000, o setor de saúde suplementar passa por um processo de maior estruturação e consolidação, com as devidas adequações na legislação por parte do órgão regulador. Há uma série de instrumentos criados pela agência com o objetivo de implementar ações para eventuais problemas das operadoras de planos de saúde.

Já que anormalidades econômico-financeiras e administrativas podem se constituir como uma ameaça para a qualidade e continuidade da assistência em saúde, a ANS desempenha ações que buscam sanar estes problemas. Em um primeiro momento, a resolução fica a cargo da própria operadora. No entanto, o agravamento da situação pode levar a implantação de regimes especiais para garantir o reestabelecimento do bom desempenho.

Como parte do esforço de identificar características destes processos, o TD 68 - Regimes de Direção e de Liquidação Extrajudicial: uma análise a partir das Resoluções da ANS no período 2000-2017 - faz um levantamento do período com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

O trabalho mostra um avanço na sustentabilidade do setor. Para se ter uma ideia, até maio de 2017, 44 operadoras de planos de saúde passavam por regimes de direção fiscal ou técnica da ANS, ou seja, 4,8% das 920 operadoras em atividade no país – menos da metade do observado em 2011, quando 11% estavam nessa condição.

Há uma série de fatores que impactam nas condições econômicas das operadoras, como modelo de pagamentos a prestadores, fraudes, desperdícios, alteração no rol de procedimentos da ANS e outras. Como já apontamos aqui, há necessidade cada vez maior da avaliação criteriosa do custo-efetividade da incorporação de novas tecnologias em saúde.

Outro ponto importante já foi abordado pela Doutora em Medicina Preventiva Ana Maria Malik, da Fundação Getúlio Vargas, em nosso Seminário "Qualidade e Eficiência na Saúde". Segundo a especialista, o diálogo e alinhamento de interesses entre os diferentes agentes do setor é de extrema relevância para sua maior consolidação.

Faz-se necessária, portanto, a adoção de práticas de governança corporativa profissional com o objetivo de desestimular o conflito de interesse dentro da própria operadora e com os demais agentes do setor. Desse modo, a eficiência econômica representa também a garantia de maior qualidade assistencial para os beneficiários.

Dezembro 2017
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No começo do mês, dia 7 de dezembro, realizamos o seminário "Qualidade e Eficiência na Saúde" com apresentações especiais de palestrantes de renome nacional e internacional: Maureen Lewis, CEO da Aceso Global; e, Ana Maria Malik, professora da FGV. 

Além dos conteúdos exclusivos, também apresentamos o novo IESSdata, reformulado para facilitar ainda mais a pesquisa, e os vencedores do VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar (que ainda iremos apresentar, um a um, aqui no blog). 

Agora, disponibilizamos os vídeos das apresentações: 

  

Abertura do seminário e apresentação do novo IESSdata 

Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS 

  

Revolucionando o sistema de saúde por meio da qualidade e eficiência  
 

Maureen Lewis, CEO da Aceso Global 

  

Construindo uma estratégia para a melhoria da qualidade do cuidado em saúde  
 

Ana Maria Malik, professora da FGV 

  

Vídeo resumo do VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar 

 

Dezembro 2017
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Na última quinta-feira (7), realizamos o Seminário "Qualidade e Eficiência na Saúde" que contou com a participação de palestrantes de renome nacional e internacional, além de debate com formadores de opinião e tomadores de decisões na área da saúde. Um dos destaques do evento foi a palestra “Mensuração e Melhoria da Qualidade Assistencial na Saúde” com a Doutora em Medicina Preventiva Ana Maria Malik, da Fundação Getúlio Vargas. 

Segundo a professora, um dos entraves na promoção da saúde brasileira é a falta de diálogo e do alinhamento de interesses entre os diferentes agentes do setor. “Nem todos os stakeholders que atuam na área tem os mesmos objetivos em prol da saúde. Ainda falta diálogo e envolvimento em comum de líderes políticos e comunitários, usuários dos serviços e seus defensores, prestadores, reguladores, representantes dos trabalhadores da saúde e os demais elos da cadeia”, aponta Malik.  

Ana Maria apontou como o avanço no diálogo entre estes diferentes agentes podem garantir a promoção e prevenção da saúde. Não é simples coincidência que tivemos entre os vencedores do VII Prêmio IESS um trabalho que mostra a experiência em atenção primária na saúde suplementar na cidade de Belo Horizonte. “Já falamos em atenção primária há alguns anos. Estas ações, como do trabalho premiado, mostram que algumas medidas estão sendo tomadas. Não adianta apenas falar da atenção primária, precisamos colocar em prática e fazer redes efetivas de saúde”, aponta Ana Maria. “É prevenção e promoção da Saúde que precisamos. Não apenas lidar com a doença”, continua. 

“A cada vez que leio um novo trabalho sobre o tema, fico cada vez mais surpresa com a quantidade de desperdícios em toda a cadeia da saúde suplementar. No Brasil, usa-se os diferentes recursos de modo exagerado ou com pouca efetividade”, comenta ao citar outro tema latente nas preocupações do IESS, sobre os excessos e as fraudes na saúde brasileira 

Segundo a especialista, não dá para optar: objetivos em saúde estão juntos com objetivos da qualidade. E isto passa por uma série de fatores, como melhorar o acesso e a qualidade dos serviços para diferentes populações, diminuir a mortalidade relacionada a evento adverso prevenível, aumentar acesso ao diagnóstico e tratamento precoce de câncer, garantir continuidade dos cuidados em saúde e outras etapas.  

A professora ainda afirma que muitas mudanças e atitudes inovadoras existem também dentro do Brasil para a melhoria da qualidade assistencial, mas ainda há muito receio por parte dos gestores em toda a cadeia para compartilhar estes resultados. “Acredito que o Brasil pode, sabe e tem experiências com sucesso efetivo. É necessário aprender e conseguir replicar estas estratégias”, conclui.  

Continuaremos a repercutir o Seminário "Qualidade e Eficiência na Saúde" nos próximos dias. Fique por dentro. 

Novembro 2017
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Preparamos um encontro especial que irá debater as mudanças necessárias para assegurar qualidade e eficiência na saúde. Não fique de fora deste debate com duas das maiores referências nacionais e internacionais no assunto: Maureen Lewis, CEO da Aceso Global, e Ana Maria Malik, professora da FGV. 

O seminário “Qualidade e Eficiência na Saúde” acontece no dia 7 de dezembro, no Complexo Aché Cultural (Rua Coropé, 88. Pinheiros, São Paulo/SP), no Instituto Tomie Ohtake, a partir das 8h30. 

Na ocasião, também iremos apresentar os vencedores do VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e lançar o novo IESSdata, totalmente redesenhado para aumentar a interatividade e funcionar de forma ainda mais intuitiva, fornecendo os números mais atuais do setor de saúde suplementar e da economia brasileira.  

Veja a programação completa e se inscreva gratuitamente