A Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (nº 79) destaca o número recorde de beneficiários em planos médico-hospitalares em Minas Gerais. Em janeiro de 2023 o estado contabilizou 5,7 milhões de vínculos, o maior resultado desde o ano 2000 – início da série histórica da ANS. Confira o documento na íntegra.
As adesões a planos médico-hospitalares atingiram, em dezembro de 2022, a marca de 50,5 milhões de vínculos no País, patamar histórico. O crescimento em 12 meses foi de 3,3%, alta que representa um acréscimo de 1,6 milhão de novos beneficiários no período, conforme dados da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 78, desenvolvida pelo IESS.
Entre dezembro de 2014 e 2017, o número de beneficiários reduziu em cerca de 3 milhões. No entanto, após o choque nos meses iniciais da pandemia de Covid-19 (entre março e junho de 2020), o número de vínculos voltou a crescer de forma acelerada e, em dois anos, reconquistou o patamar de 50,5 milhões de beneficiários.
As contratações de planos do tipo coletivo empresarial foram as que mais cresceram. A modalidade teve alta de 4,6% – eram 33,6 milhões em dezembro de 2021 e saltou para 35,2 milhões no mesmo mês de 2022 (1,5 milhão de beneficiários a mais).
De acordo com o estudo, 41,5 milhões – correspondente a 82,1% de beneficiários de planos médico-hospitalares – possuíam um plano coletivo. Do volume total, no entanto, 84,9% pertenciam ao tipo coletivo empresarial e 15,1% ao coletivo por adesão.
Vale ressaltar que o tipo de plano em questão representa a maioria do total de beneficiários no País (70%) e tende a acompanhar o número de trabalhadores formais com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre dezembro de 2021 e 2022, o estoque de empregos formais foi de 40,7 milhões para 42,7 milhões, respectivamente, um saldo de 2 milhões (crescimento de 5%).
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A Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (nº 73) destaca o avanço do número de beneficiários em planos exclusivamente odontológicos. Em julho de 2022 eram 30,1 milhões de beneficiários no País, acréscimo de 2,4 milhões de vínculos quando comparado com o mesmo mês de 2021. Confira o documento na íntegra.
Nós já mostramos que o setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo segundo mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus por meio dos dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). Em agosto deste ano, o segmento passou a contar com 46,911 milhões de pessoas, ainda inferior ao registrado no mês de março desde ano, quando ultrapassou a marca dos 47 milhões. Acesse aqui.
Mesmo com a leve retomada nos últimos meses, os planos médico-hospitalares registraram leve queda de 0,1% no período de 12 meses encerrado em agosto. No entanto, um dado chama a atenção: o crescimento do número de beneficiários com 59 anos ou mais. No período, o grupo passou de 7,01 milhões para 7,15 milhões vínculos. O aumento de 144,6 mil vidas representa alta de 2,1%.
A faixa etária tem registrado seguidos crescimentos desde outubro de 2019, movimento diferente do observado no total de beneficiários. Para se ter ideia, a faixa etária 0 a 18 anos registrou queda de 96,7 mil vínculos entre agosto desse ano e o mesmo mês do ano passado. Já a entre aqueles entre 19 e 58 anos a redução foi de 103,7 mil.
Olhando o tipo de contratação no período de 12 meses encerrado em agosto deste ano, o número de beneficiários com 59 anos ou mais teve a maior alta em números absolutos entre os planos individuais/familiares, com aumento de 73,0 mil vínculos, ou 2,9%. A aumento de 4,2% entre os coletivos por adesão representam 33,2 mil novas vidas.
Esse crescimento de beneficiários entre as faixas etárias mais avançadas, mesmo em um período de instabilidade em função da pandemia do novo Coronavírus, demonstra a importância deste benefício para esta população. Entretanto, traz um alerta: esse fator, em conjunto com a queda do número de beneficiários mais novos, pode gerar descompasso financeiro no longo prazo – especialmente em função do mutualismo – critério utilizado para os cálculos atuariais de formação de preço e sustentabilidade financeiro-econômica dos planos de saúde. Falamos um pouco aqui sobre o que é o Pacto Intergeracional. Acesse.
A Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários também mostra o crescimento entre os Estados brasileiros. Acesse e veja os números.
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Já falamos nos últimos recentemente como o setor de planos exclusivamente odontológicos tem sentido a pandemia pelo novo Coronavírus. Entre 2016 e início de 2020, o setor se comportou de modo distinto aos da modalidade de médico-hospitalares durante os períodos de instabilidade nacional, registrando elevado ritmo de crescimento. Com o aprofundamento da crise econômico-sanitária, esse segmento também vive os impactos do atual momento.
Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março, conforme mostra a Análise Especial da NAB “Impacto do isolamento social no número de adesões a planos exclusivamente odontológicos”. A publicação verifica os números dos planos de saúde exclusivamente odontológicos entre os meses de fevereiro e julho de 2020 e mostra que houve redução de 600,7 mil beneficiários.
Essa queda foi maior entre as mulheres, com 2,5% vínculos a menos, em planos individuais (-6,2%), entre a faixa etária de 00 a 18 anos (-2,5%) e entre 19 a 58 anos (-2,5%) e titulares (-2,6%).
Conforme mostra a Análise, o número de cancelamentos de planos exclusivamente odontológicos permaneceu praticamente estável nos últimos 12 meses, com média de 856 mil antes do isolamento social e de 826 mil durante. Já o número de adesões caiu. Se antes do isolamento social, a média era de 1 milhão por mês, passou para 706 mil durante o isolamento. Ou seja, ao longo desse período, menos pessoas contrataram um plano exclusivamente odontológico.
E isso pode ser resultado da combinação de diferentes fatores. Houve tanto a queda de emprego e renda nesse cenário de pandemia quanto baixa adesão aos planos já que os pontos de venda estavam fechados e há o receio da população em função do momento de instabilidade.
A expectativa é que o segmento volte a crescer com o retorno gradual das atividades ao longo dos próximos meses, um sinal já observado pelo saldo positivo de 96,8 mil beneficiários entre junho e julho deste ano.
Nos últimos anos, o número de beneficiários odontológicos cresceu e bater recordes a cada ano e ainda há muito espaço para ampliar a cobertura nacional a longo prazo. Vale lembrar que apenas 12% da população brasileira possui um plano odontológico, o que é um pouco mais que a metade da taxa de cobertura dos planos médico-hospitalares, com 22,0%.
Acesse aqui a análise completa. Continuaremos trazendo novidades do setor. Fique ligado.
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A região Sul foi a única que registrou recuo do total de beneficiários de planos médico-hospitalares de acordo com a última edição da NAB, que divulgamos esta semana. No total, a região teve 19,7 mil vínculos rompidos entre junho de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, retração de 0,3%. No Brasil, como já mostramos aqui, o total de beneficiários destes planos cresceu 0,2%, o que equivale a 108,1 mil novos vínculos.
O resultado negativo da região Sul foi puxado pelos números do Rio Grande do Sul, que teve 30,1 mil vínculos rompidos no período analisado, a maior retração no País. Com a redução de 1,1%, o Estado passa a contar com 2,6 milhões de beneficiários. Santa Catarina também registrou queda. Foram 1,3 mil beneficiários que deixaram os planos médico-hospitalares, um recuo de 0,1%. No total 1,5 milhão de beneficiários são atendidos pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) no Estado. Já o Paraná seguiu em outra direção e teve incremento de 0,4% no total de vínculos, o que equivale a 11,6 mil novos beneficiários.
No Sudeste do Brasil, o mercado permaneceu praticamente estável, com ligeira alta de 0,1% ou acréscimo de 37,2 mil vínculos. Sendo que São Paulo e Espírito Santo tiveram resultados positivos, com incremento de 64,6 mil e 11,9 mil beneficiários, respectivamente. Já Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram rompimento de 33,7 mil e 5,5 mil vínculos, também respectivamente.
Nas demais regiões do País, o aumento de beneficiários foi de 11,7 mil no Nordeste (+0,2%); mais 6,9 mil, no Norte (+0,4%); e outros 69,7 mil, no Centro-Oeste (2,2%).
Dentro da região Centro-Oeste, que teve o incremento mais expressivo de beneficiários em termos de variação porcentual, os números do Distrito Federal e de Goiás se destacam. No Distrito Federal, 27,5 mil novos vínculos foram firmados. O que fez o total de beneficiários avançar de 873,1 mil, em junho de 2018, para 900,6 mil em junho de 2019. Alta de 3,2%.
Já em Goiás, a alta foi proporcionalmente menor, de 2,8%, mas em números absolutos o resultado é mais expressivo. O total de vínculos no Estado subiu de 1,11 milhão para 1,14 milhão no período. Ou seja, 30,7 mil novos beneficiários. Isso significa que essas pessoas realizaram o sonho de ter um plano se saúde, que, conforme mostramos na Pesquisa IESS/Ibope, já analisada aqui, é o terceiro maior desejo de consumo da população sem plano de saúde.
Os dados sobre total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos (que não abordamos hoje) podem ser vistos em detalhes no IESSdata.
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Há algum tempo, aqui no Blog, comentamos a importância de ter números para avaliar o setor e traçar caminhos para avançar. Na ocasião, apresentamos nossa Análise Especial dos dados do Mapa Assistencial 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com foco nos procedimentos realizados para atender aos beneficiários de planos médico-hospitalares.
Logo, era justo que fizéssemos também uma Análise Especial com foco nos números de planos exclusivamente odontológicos apresentados pelo Mapa Assistencial. O que vamos apresentar agora.
De acordo com nossa análise, em 2018, foram realizados mais de 176 milhões de procedimentos odontológicos. Desses, 71,8 milhões (40,8%) foram ações preventivas, seguidas de 29,2 milhões (16,6%) de raspagem supra-gengival por hemi-arcada em maiores de 12 anos, 15,3 milhões (8,7%) de consultas odontológicas iniciais e 15 milhões (8,5%) de exames radiográficos. Números que demonstram claramente a relevância dos procedimentos preventivos na odontologia suplementar.
A prevalência desse tipo de procedimento, com foco em prevenção ao invés de recuperação, é justamente o que temos proposto também para os planos médico-hospitalares. Cada vez mais os sistemas de saúde precisam trazer o foco para promoção de saúde – tratamento da pessoa e não da doença. O que tende a garantir mais qualidade de vida aos beneficiários. Exatamente como o setor exclusivamente odontológico tem feito.
Além de apresentar números importantes nesse sentido, o segmento de planos e seguros odontológicos também tem avançando em inovações e investido cada vez mais em mecanismos de Inteligência Artificial para auxiliar a identificar lesões em radiografias, diagnosticar antecipadamente doenças bucais e melhorar o conhecimento do perfil dos beneficiários. Com isso, aprimorando a qualidade do atendimento.
Por fim, nossa análise ainda detectou que essa modalidade tem investido pesadamente em instrumentos para captar e apurar fraudes, desperdícios e abusos, como tratamentos excessivos e desnecessários ou com baixa qualidade assistencial.
Tudo isso é revertido em satisfação dos beneficiários. De acordo com a pesquisa IESS/Ibope, de 2017, 79% dos beneficiários de planos odontológicos estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com seus planos, 87% afirmaram pretender “com certeza” ou “provavelmente” permanecer com o plano já contratado e 81% recomendariam “com certeza” ou “provavelmente” o plano odontológico que possuem para um parente ou amigo.
Além dos números de procedimentos apontados nesse novo estudo, você também pode conferir dados do mercado de planos exclusivamente odontológicos no IESSdata.