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Maio 2022
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No Brasil, 47,7 milhões de pessoas declararam ter recebido diagnóstico médico de alguma doença crônica em algum momento da vida, ou seja, 22,5% da população. Os dados são da Pnad Covid-19 do IBGE de novembro de 2020.

Doenças crônicas são um conjunto de patologias de múltiplas causas e fatores de risco que podem resultar em incapacidades funcionais. São condições que não são causadas por uma infecção e não são transmitidas, mas sim desenvolvidas pelo próprio organismo.

Entram para a lista das doenças crônicas a diabetes, doenças pulmonares e do coração, depressão, câncer e hipertensão arterial, sendo essa a de maior prevalência no País. Dentre os brasileiros, ainda de acordo com dados da Pnad Covid-19, 28,2 milhões de pessoas, ou 13% da população, declararam terem sido diagnosticados com a condição.

O maior percentual de hipertensos ocorreu no sexo feminino (15%), pessoas com ensino fundamental completo ou incompleto (17%), 75 anos ou mais de idade (55%), no Sudeste e Sul (14%) e entre pretos (16%). Além disso, a pesquisa apontou que 8 milhões desses brasileiros tinham plano de saúde. Esse dado corresponde a 14% dos 58 milhões de beneficiários no País.

Silenciosa e perigosa, a pressão alta, como popularmente é chamada, está presente também em grande número na população mundial. De acordo com a OMS, estima-se que 1,3 bilhão de adultos, entre 30 e 79 anos de idade sofram com a doença no mundo.

Dado a relevância do tema, o IESS realizou o estudo Cenário da Hipertensão na Saúde Suplementar Brasileira, que reúne dados e estatísticas sobre a doença no país. O assunto também foi discutido em um webinar que reuniu especialistas em saúde, nutrição e atividade física. Confira aqui.

Pôster | Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e índice de massa corporal (IMC) entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil

Nome admin Sobrenome .
Submitted by admin on qui, 18/03/2021 - 16:36

Pôster sobre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e índice de massa corporal (IMC) entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil, com base no TD 73 – Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.

Julho 2020
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Sabe-se que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são líderes de mortalidade no mundo. Somente no Brasil, as cardiopatias matam mais de mil pessoas por dia. Esse é mais um dos problemas enfrentados nesse período de pandemia, já que milhões de brasileiros têm se afastado de seus tratamentos em função do receio de ir até as instituições de saúde. 

c. A drástica redução de atendimento cardiovascular nas emergências é só um dos efeitos desse problema. Dados do Incor (Instituto do Coração) mostram que o número de atendimentos em março deste ano caiu 50% no comparativo com o mesmo período de 2019. Ou seja, o tema deve estar na pauta do setor de saúde o quanto antes. 

Mas, agora, nosso ponto é outro. Claro que não se pode ignorar esse problema e muito deve ser feito. No entanto, o pós pandemia pode ser também de mudanças mais estruturais. Como mostramos aqui, o atual cenário serviu como um gatilho para acelerar tendências que estavam no horizonte, como de dar mais importância para as doenças crônicas não transmissíveis. “O novo Coronavírus chamou a atenção para as repercussões das DCNT, principalmente quanto aos problemas cardiovasculares e da obesidade, e o quanto eles fragilizam o indivíduo. A ênfase nesse tema em nosso país deve se acelerar ao patamar do que temos observado em outros países”, apontou Almir Neto, presidente da Associação Brasileira para a Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável (ABPASS). 

“Com certeza a pandemia nos traz o imperativo de rever nossas relações com a forma de habitar o mundo de uma forma mais equilibrada. Deixa claras evidências científicas das consequências nefastas do nosso modo de vida no seio do ser planeta Terra, que já estavam anunciadas e não eram consideradas de forma mais contundente pelos governos.  A pandemia, deixa também, novos meios de lidar com as crises e nos traz o desafio da equidade entre as pessoas como um fator de sobrevivência”, apontou Marcos Freire, médico do Centro de Referência em Práticas Integrativas de Saúde da Secretaria da Saúde do DF, respondendo ao público do nosso webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis”  que reuniu importantes especialistas no tema com diferentes experiências. 

A visão de Freire também é corroborada por Alberto Gonzalez, médico autor dos livros “Lugar de Médico é na cozinha” e “Cirurgia Verde”. Para ele, é importante a mudança de visão passa pelas diferentes esferas. “Em 2016 foi aprovada a PEC que reduz os investimentos em saúde e educação por 30 anos no Brasil. Não há no curto ou médio prazo a possibilidade do governo brasileiro se interessar por mudanças de hábitos. Daí vem a oportunidade de desenvolver modelos de gestão empresarial em saúde que beneficiem os pequenos produtores rurais, a distribuição local de alimentos e inovações na distribuição de dietas hospitalares e de empresas médias e grandes”, conclui o especialista. 

Também abordamos esse tema com nosso Estudo Especial “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”

Perdeu o webinar? Veja abaixo. 
Webinar IESS - Promoção da saúde e qualidade de vida: a importância de hábitos saudáveis 

Junho 2020
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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que pessoas idosas e pacientes com condições de saúde pré-existentes (como doenças cardíacas, doenças pulmonares, pressão alta e outros) parecem desenvolver versões mais graves da doença causada pelo novo Coronavírus, a Covid-19.

Assim, em um esforço de auxiliar o sistema de saúde na construção de conhecimento durante a pandemia, publicamos o Estudo Especial “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”. A pesquisa busca utilizar as estatísticas nacionais divulgadas acerca do número de óbitos e infectados, apontar a prevalência encontrada em inquéritos de saúde mais recentes disponíveis e estimar a quantidade de beneficiários com risco para a doença em todo o País.

No período analisado, mais da metade, 54,4%, dos óbitos foram de homens, 69% de pessoas acima dos 60 anos de idade e 64% apresentaram pelo menos um dos fatores de risco da doença (cardiopatias, obesidade, imunodepressão, doença neurológica, doença renal, pneumopatia, diabetes e asma).

De acordo com os microdados extraídos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), inquérito de saúde mais recente disponível, entre os beneficiários de planos de saúde, 23,3% receberam de um médico o diagnóstico de que eram portadores de hipertensão arterial (pressão alta), 18,8% estavam obesos, 7,0% com diabetes, 5,0% com asma (ou bronquite asmática), 2,0% com doença no pulmão ou DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), 1,6% com insuficiência renal crônica e 1,2% com AVC ou Derrame.

Com o cruzamento dessas informações com os números aferidos pela Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), estima-se que haja cerca de 11 milhões de beneficiários com hipertensão, 8,8 milhões com obesidade, 3,3 milhões com diabetes, 2,4 milhões com asma, 938,6 mil com doença no pulmão, 753,9 mil com insuficiência renal crônica e 571,0 mil com AVC ou derrame.

No entanto, o número de beneficiários no grupo de risco é muito menor do que a soma desses números pois muitos têm mais de uma dessas doenças. A pessoa pode ser, simultaneamente, obesa, diabética e hipertensa, por exemplo. A simples soma do número de pessoas com cada uma dessas condições acarreta uma tripla contagem.

Lembramos, no entanto, que os números valem para os cerca de 47 milhões de vidas que contam com a saúde suplementar. Ou seja, entre os mais de 210 milhões de brasileiros o número é muito maior.

O estudo ressalta que essas estimativas do número de beneficiários com fatores de risco em fevereiro de 2020 são baseadas nas prevalências apontadas em anos anteriores, estando, portanto, sujeitas a variações nos percentuais. No entanto, são os dados mais recentes disponíveis.

Acesse o Estudo Especial na íntegra.

Continuaremos apresentando os dados nos próximos dias. Não perca.

Dezembro 2019
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Nos últimos tempos, temos falado bastante sobre saúde mental. Um movimento, inclusive, em linha com o comportamento dos brasileiros (especialmente os beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares), que têm buscado, cada vez mais, serviços de psiquiatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais, como apontamos na Análise Especial do Mapa Assistencial e já comentamos aqui

Os transtornos mentais não são exclusividade do Brasil. Na verdade, são apontadas pelos relatórios de Mercer MarshWillis Tower Watson e Aon Hewitt – comentados aqui – como um dos principais impulsionadores de custos de saúde no mundo nos próximos cinco anos. 

Agora, o estudo “Mental Health: Trends & Future Outlook”, recém-publicado pelo National Institute for Health Care Management (NIHCM), dá mais evidências de que a saúde mental merece tanta atenção quanto a física. Pela ótica financeira, talvez até mais. 

De acordo com o levantamento, que leva em conta a população dos Estados Unidos, 1 a cada 5 adultos apresenta transtornos mentais. Sendo que a taxa tende a aumentar, já que na faixa etária de 18 anos a 25 anos, a proporção é de 1 a cada 4 adultos.  

Além dos custos associados ao tratamento destas questões, o estudo aponta que a multimorbidade de transtornos mentais e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é bastante comum. Nos EUA, metade dos adultos com transtornos mentais apresenta pelo menos quatro DCNTs. As mais comuns são: hipertensão, diabetes (tipo 2), doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC). 

Ainda de acordo com o estudo, o tratamento dessas pessoas costuma ser de 2 a 3 vezes mais caro do que o de pacientes com as mesmas doenças crônicas, mas sem questões de saúde mental. 

Vale lembrar, as doenças crônicas já são um dos principais fatores de custos para o setor de saúde como um todo (público e privado), como destacamos na análise especial “Caracterização dos beneficiários de alto custo assistencial – Um estudo de caso”. Ademais, com a mudança de perfil demográfico pela qual o Brasil está passando, é natural que aumente a prevalência de doenças crônicas. Segundo o Ministério da Saúde, 69,3% dos idosos brasileiros sofrem de pelo menos uma doença crônica e 29,8%, tem duas ou mais. Na ordem, os cinco diagnósticos mais frequentes são hipertensão, dores na coluna, artrite, depressão e diabetes – saiba mais

Nesse sentido, programas de promoção da saúde se fazem cada vez mais importantes. E nunca é tarde para começar

Pôster DCNT Doenças Crônicas IMC Beneficiários Pesquisa Nacional de Saúde PNS Qualihosp

DCNT e IMC entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil | Bruno Minami e Elene Nardi

Março 2019

Pôster sobre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e índice de massa corporal (IMC) entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil, com base no TD 73 – Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.

Fevereiro 2019
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Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou quais são as prioridades para 2019. Dentre elas, destaca-se o controle de doenças crônicas não transmissíveis. Para conter seu avanço, o órgão propõe atuar junto aos governos a fim de atingir a meta global de redução em 15% da inatividade física até 2030, o que pode ser feito por meio de implantações de políticas públicas que incentivem a prática de exercícios diários. 

A entidade estima que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) sejam responsáveis por cerca de 38 milhões de mortes anuais, sendo que 16 milhões corresponderiam às mortes prematuras, antes dos 70 anos de idade, constituindo o maior problema de saúde em todo o mundo. Ainda segundo a OMS, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, má alimentação e poluição do ar são os fatores de risco que impulsionam o crescimento da incidência das doenças crônicas. Além disso, a decorrente obesidade está entre as principais causas do diabetes tipo 2. 

Além disso, essas doenças geram incapacidade, sofrimento e causam impactos na economia. Com isso em mente, o trabalho “Tendências de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não transmissíveis na população com planos de saúde no Brasil de 2008 a 2015” publicado na 24º edição do Boletim Científico analisou o acesso aos exames preventivos na população com planos de saúde nas capitais brasileiras de adultos com 18 anos ou mais com base nos dados coletados do Sistema Nacional de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). 

Se por um lado houve aumento dos fatores de proteção, como o consumo de frutas, legumes e a prática de atividade física, aliado à redução de fatores de risco como tabagismo, consumo de refrigerantes, de outro, o estudo mostrou que ocorreu aumento do excesso de peso, obesidade e diabetes. Outro importante dado apontado pela pesquisa é de, no geral, as mulheres acumulam mais fatores de proteção e homens, mais fatores de risco. 

Não é de hoje que falamos da importância de colocar em prática medidas efetivas para o combate de doenças crônicas. Pelo seu caráter preventivo, a promoção da saúde é, sem dúvida, uma grande aliada no enfrentamento de doenças crônicas. 

Quer conhecer esse e outros trabalhos? Acesse a última edição do Boletim Científico. 

Novembro 2018
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Falamos constantemente, mas não custa repetir: o diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de brasileiros de diferentes lugares, classes sociais e idades. Atualmente, é a mais comum das doenças não transmissíveis com incidência crescente e alta prevalência. Para se ter uma ideia, ela já atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo e continua a aumentar em todos os países. Só nos últimos 10 anos, o número de brasileiros diagnosticados com o problema cresceu 61,8%, alcançando aproximadamente 13 milhões.

É exatamente por esses números alarmantes que a Organização Mundial da Saúde criou o Dia Mundial do Diabetes em 1991 para incentivar a conscientização sobre o tema. O dia 14 de novembro foi escolhida por ser o aniversário de Frederick Banting, médico que conduziu as experiências que levaram à descoberta da Insulina em 1921. 

A luta e a disseminação de informações sobre a doença, no entanto, devem ser constantes. Com isso em mente, divulgamos recentemente a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2011 e 2017” que traz alguns números preocupantes sobre a questão na saúde suplementar brasileira. 

Segundo o documento, quadruplicou o número de internações por diabetes mellitus entre 2011 e 2017. No último ano, foram registradas 34 mil internações por essa doença na saúde suplementar, 312,3% a mais do que em 2011 e 25,2% a mais do que em 2016. 

Esse importante tema também é repercutido frequentemente nos trabalhos divulgados em nosso Boletim Científico. Como na pesquisa que mostrou a relação entre a posse de um seguro privado de saúde e visitas a consultórios médicos e ambulatórios hospitalares entre adultos com diabetes no sistema público de saúde, publicado na 22º edição do Boletim Científico.

O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. É importante que todos fiquem atentos com as decisões relacionadas ao seu tratamento: medir a glicemia, tomar medicamentos, ajustar os hábitos alimentares e se exercitar regularmente. A maioria dos pacientes com diabetes, exceto aqueles com casos graves ou complicações, podem ser tratados em consultórios médicos, o que maximiza a eficiência dos recursos de saúde. 

Abril 2017
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A hipertensão é uma doença crônica caracterizada pela pressão arterial igual ou superior a 14 por 9. Um dos principais fatores de risco para Acidente Vascular Cerebral (AVC), enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta) e outras doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial atinge 1 em cada 4 brasileiros, de acordo com o Vigitel 2016. Considerando que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo já há muitas décadas, é possível ter uma ideia da importância desta questão.

Além disso, de acordo com o American Heart Association, é a doença crônica que mais motiva consultas no sistema de saúde, o que determina um importante impacto econômico também para esse sistema. O problema, vale destacar, é que as consultas se concentram depois de o paciente já apresentar o problema, e não antes, quando seria possível preveni-la. 

É por isso que hoje, no Dia Nacional de Combate à Hipertensão, gostaríamos de lembrar, mais uma vez, a importância de Programas de Promoção da Saúde no combate a essas doenças. Um bom incentivo para estimular que empresas desenvolvam esses programas e se importem mais com a qualidade de vida dos seus colaboradores pode ser, como já apontamos aqui no Blog, lembrar que empresas com investimentos em políticas de bem-estar e de promoção de saúde apresentaram crescimento cerca de 5% superior quando comparadas a outras. Para ajudar nesse processo, listamos soluções e propostas para tornar essas práticas rotina em organizações de todos os portes. Confira

Abril 2017
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Acabamos de divulgar o TD 63 – “Determinantes para a posse de plano de saúde”. O trabalho, inédito, aponta que o local de residência, a idade e o nível de educação são fatores determinantes para uma pessoa contar com um plano de saúde individual no Brasil. 

Segundo o levantamento, esses planos atendem a pessoas mais velhas e com maior prevalência de doenças crônicas do que a média da população brasileira, o que, na prática, gera um risco conhecido como “seleção adversa”: a maioria dos contratantes dos planos é formada por pessoas que necessitam de cuidados de saúde e usam o benefício para acessar esses serviços. 

Os números do estudo serão analisados, aqui no Blog, nos próximos dias.