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Janeiro 2019
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A maior feira de tecnologia do mundo, a Consumer Eletronics Show (CES), acabou de acontecer em Las Vegas (EUA). Celulares, TV, veículos, drones e todo tipo de avanços tecnológicos costumam ser anunciados por lá, mas este ano uma das estrelas foi um segmento bastante conhecido por nós: a saúde. 

Como já falamos aqui, a Internet das Coisas e aplicativos já estão trazendo grandes avanços para saúde das pessoas e a tendência é de que o movimento se aprofunde e as integrações sejam cada vez mais naturais. E a CES 2019 trouxe diversas novidades nesse sentido. 

Além de novos avanços em weareables, como são conhecidos relógios, óculos e outros equipamentos tecnológicos que monitoram desde batimento cardíaco e pressão até a postura ao longo do dia, algumas novidades foram gigantes como investimentos em soluções para pessoas com dificuldade de locomoção. 

Medidores portáteis de poluição, raios ultravioletas e outras variáveis prometem ajudar a monitorar o ambiente e disponibilizar informações por meio de apps de celular, auxiliando pessoas a evitar ambientes nocivos para sua saúde. 

Ainda pensando no avanço feito na indústria de telecomunicações, empresas estão aproveitando os novos designs de fones de ouvidos de celulares para repensar os aparelhos auditivos. Uma solução tanto para reduzir o custo de produção quanto para combater o estigma dos aparelhos tradicionais, umas das principais barreiras para sua utilização. 

Para saber mais novidades, vale ler a reportagem “Indústria da tecnologia investe em soluções para melhorar a saúde”, do jornal O Globo.

Dezembro 2017
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Não é de hoje que falamos que a questão da adoção de novas tecnologias em saúde é um dos temais mais latentes do setor, já que é um dos principais fatores que impulsionam os custos de saúde em todo o mundo. Exatamente por isso, o assunto já foi tema do Seminário IESS e diferentes publicações aqui no blog. 

Na saúde suplementar brasileira, esse assunto é especialmente grave. Mesmo que haja discussões sobre os estudos de custo e efetividade da adoção de diferentes tecnologias, a utilização da Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) ainda é embrionária e depende do que está sendo feito no setor público. 

Devido à grande importância, esse tema também foi destaque entre os vencedores do VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. O trabalho “Aplicação de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) na tomada de decisão em hospitais” foi ganhador do 2ª lugar na categoria “Promoção da Saúde” e buscou analisar os métodos de ATS na tomada de decisão em hospitais vinculados à REBRATS (Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde). A pesquisa foi desenvolvida por Fernando de Rezende Francisco para obtenção do mestrado na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. 

Por meio de entrevistas com gestores de onze núcleos de ATS (NATS) estruturadas com base nos princípios de boas práticas de ATS em hospitais, a pesquisa apontou que a avaliação ainda é aplicada de maneira incipiente na tomada de decisão. Segundo o trabalho, ainda não há clareza sobre como a produção e difusão dos estudos de ATS têm realmente influenciado a tomada de decisão por parte dos hospitais. Sendo assim, uma série de ações estratégicas são fundamentais para o bom desempenho dos núcleos na incorporação e desincorporação de tecnologias em saúde.  

Segundo o autor, o Brasil já possui estrutura para o trabalho dos Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde. No entanto, ainda há espaço para seu fortalecimento com uma maior clareza na definição da necessidade de cada um desses núcleos, como por exemplo, considerar as especificidades locais das diferentes regiões do país. 

Dezembro 2017
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É inegável a facilidade e comodidade que os avanços na tecnologia trazem nos diferentes aspectos e usos na rotina para diversas áreas. Já falamos em várias oportunidades aqui no blog que a saúde ainda continua sendo analógica, mesmo com as mudanças nas tecnologias e o mundo cada vez mais digital. 

A Tecnologia da Informação (TI) para os serviços de saúde nos mais diversos segmentos não é tendência, mas realidade. No entanto, seu emprego ainda está engatinhando e a chamada eHealth é apenas especulação sobre o futuro. Já falamos, por exemplo, da frequência, eficiência e economia no uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) nos Estados Unidos aqui.  

Nesse mesmo tema do uso da tecnologia, o artigo “Patients’ Preferences for Receiving Laboratory Test Results” (Preferências dos pacientes para receber os resultados do teste laboratorial), publicado na 19º edição do Boletim Científico, identifica as preferências dos pacientes em relação ao recebimento eletrônico de seus resultados de testes laboratoriais e os motivos dessa escolha. 

O trabalho faz um estudo descritivo-analítico em 2015 com 200 pacientes que tiveram acesso à internet e foram encaminhados pelo menos uma vez ao laboratório hospitalar para receber os resultados dos exames. A conclusão é até mesmo surpreendente: quase a totalidade (98%) dos participantes preferiram ser notificados por serviços de mensagem pelo celular (SMS) quando os resultados dos testes estavam prontos. Além disso, todos os participantes preferiram receber seus resultados de teste on-line. 

Os motivos são facilmente identificáveis: 77% dos participantes apontaram economia de tempo para a escolha desse modo, seguida pela redução da chance de perder os resultados, 31% dos pacientes. A segurança também foi apontada como um dos motivos por 40% dos participantes.  

Os pacientes envolvidos na pesquisa também mostraram a preocupação com a confidencialidade e a segurança das informações. Neste sentido, fica o alerta e lição de casa: antes de usar tecnologias on-line, recomenda-se implementar medidas de segurança necessárias para proteger a privacidade do paciente. 

Outubro 2017
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Novas tecnologias, melhor eficiência de dados para promoção da saúde e inovação são buscas constantes para garantir a sustentabilidade do setor de saúde suplementar brasileiro. Pensando nisso, o IESS se junta a mais de 5.000 profissionais do setor para discutir o cenário atual, os ganhos e os próximos passos desta cadeia produtiva no Seminário IESS que acontecerá dia 26 de outubro, a partir das 13h50, durante o HIS, no São Paulo Expo.

O Healthcare Innovation Show (HIS) é o primeiro trade show de tecnologia e inovação voltado ao mercado de saúde na América Latina. São 4 arenas simultâneas com mais de 10 congressos, constituídos por quatro grandes eixos de atividades especiais: o Startup Lounge, com a exposição de serviços tecnológicos; o hackathon hack4health, maratona de desenvolvimento em busca de soluções para problemas da saúde e de gestão; e os prêmios Referência da Saúde/2017, Top Hospitalar/2017 e Great Place to Work. 

O IESS garante desconto especial aos interessados, além de acesso a outros 10 congressos e mais de 150 palestrantes. Para emitir sua credencial, já com desconto, clique aqui. Faltam menos de 50 lugares na plenária. Confira abaixo a agenda do painel:

 

Quinta-feira - 26 de outubro:

13:50 – Envelhecimento da força de trabalho

Vonda Wright, diretora Médica da UPMC Lemieux Sports Complex

 

14:20 – Uso do Big Data e das informações para promover cuidados integrados

Márcio Landi, diretor de Finança e Inteligência de Mercado da Orizon

Daniel Greca, diretor de Healthcare da KPMG

Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS

Fernanda Mussolino, diretora da Moka Info

 

15:35 – Intervalo

 

16:15 - Terapia de precisão na era da imuno-oncologia

Dr. Stephen Stefani, oncologista e preceptor da Residência Médica do Hospital do Câncer Mãe de Deus (HCMD)

 

16:45 – Desospitalização: cuidados integrados do paciente para uma assistência qualificada e sustentável

Euro Palomba, CEO da Global Care Health Solutions

Mauro Figueiredo, CEO da DaVita Health International

Roberto Tolomei, CEO da Dealmed Condo-Hospitals

Nicolas Toth Jr., diretor geral da Healthways Brasil & América Latina

Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV-EAESP/GVsaúde 

Setembro 2017
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O estudo “Electronic health records and the frequency of diagnostic test orders” (“Prontuário Eletrônico do Paciente e a frequência de solicitações de exames de diagnóstico”), publicada no 18º Boletim Científico,  analisa a frequência, eficiência e economia no uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) nos Estados Unidos.

De acordo com o estudo, em 2005, foi estimado que o uso do PEP melhoraria a qualidade, a relação custo-eficácia e a eficiência de serviços de saúde, além de economizar cerca de US$ 81 bilhões por ano. Contudo, em 2012, após uma reavaliação, foi constatado que ao invés de diminuir os custos em saúde, houve um aumento de mais de US$ 800 bilhões. 

Com os dados disponíveis em âmbito nacional nos Estados Unidos, foi descoberto que os médicos que detinham acesso ao PEP solicitaram mais testes do que os que não empregavam o sistema, assim como aqueles que usavam ativamente este tipo de prontuário também solicitavam exames mais completos de hemogramas do que os que não usavam, mesmo depois de ajustes para a demografia do paciente, estado de saúde e mix de casos. 

Os profissionais de saúde que utilizavam o PEP solicitavam mais tomografias computadorizadas e raios X, enquanto que a relação do uso de ressonâncias magnéticas não foi significativa. Assim acredita-se que o acesso computadorizado simplifica o processo de solicitar exames levando a uma maior frequência de pedidos. 

Dessa forma, conclui-se que a adoção do PEP, por si só, não é suficiente para produzir os ganhos de eficiência previamente almejados. A melhor eficácia dos sistemas de PEP deve ser buscada na melhora dos processos organizacionais e com a complementação por modelos de cuidados que dão ênfase na qualidade, valor e eficiência dos serviços e exames. Uma outra análise pode apontar, inclusive, que os testes extras possuem efetiva utilidade clínica. 

O artigo mostrou que ainda há uma série de análises e complementos que devem ser estudados para a maior efetividade do PEP. Quer saber sobre o seu emprego no Brasil? Então não deixe de ler nosso post “Transição para prontuário eletrônico está associada a melhora de atendimento dos pacientes”.