Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Dezembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de divulgar a Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação feita com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que põe uma lupa sobre os números do setor em 2018. O documento avança a partir do sumário executivo que já havíamos publicado – reveja nossos comentários sobre a publicação – e detalha os números de procedimentos ambulatoriais, consultas por tipo de especialidade, o crescimento da busca por saúde mental no Brasil e muito mais. Além disso, fizemos uma comparação entre os resultados de 2013 e 2018. 

Entre os destaques da publicação estão: 

• Entre 2013 e 2018, o número de procedimentos de assistência médico-hospitalar passou de 1,1 bilhão para 1,4 bilhão. Aumento de 5,4%. 

• No mesmo período, as despesas assistenciais com esses procedimentos saltaram de R$ 92 bilhões para R$ 160 bilhões (valores nominais), crescimento de 74%. 

Embora o número de procedimentos e despesas assistenciais esteja avançando nos últimos anos, a quantidade de beneficiários médico-hospitalares caiu 3,2%. Eram 48,7 milhões em 2013, mas 47,2 milhões em 2018.  

• Houve aumento do número médio de exames complementares por beneficiário, de 14 em 2013 para 18 em 2018. 

Já as principais variações que detectamos entre 2013 e 2018 foram:  

• O número de consultas com geriatras passou de 951,6 mil para 1,5 milhão, aumento de 59,3%. 

• O total de consultas com psiquiatras foi de 3,4 milhões em 2013 e avançou para 4,9 milhões em 2018, crescimento de 44,5%. 

• A quantidade de consultas com terapeuta ocupacional cresceu 137,8% no período e as com psicólogo, 93,8%. 

• Duplicou o número de internações em hospital-dia para saúde mental, foram 49,2 mil em 2013 e 100 mil em 2018. Alta de 103,2%. 

• As despesas assistenciais com terapias e com outros atendimentos ambulatoriais mais que dobraram em termos nominais, aumento de 160,5% e 126,7%, respectivamente. 

• Os gastos com consultas médicas em pronto-socorro avançaram 90%; os com exames complementares, 69,3%; as despesas com consultas médicas ambulatoriais, 52,5%; e, com internações, 47,2%. 

  

Nos próximos dias iremos detalhar esses resultados. Não perca. 

Dezembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Na próxima quarta-feira (11/12), a partir das 8h30, iremos realizar o seminário “Transformação Digital na Saúde”, com palestras de renomados especialistas e um amplo debate (aberto ao público) sobre os impactos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na saúde e o potencial das novas tecnologias em telessaúde.  

Na ocasião, também iremos apresentar os trabalhos vencedores do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e teremos a exposição de pôsteres de estudos sobre o futuro do setor. 

Confira a programação e não perca essa chance de se inscrever para esse importante evento. As vagas são limitadas e estão acabando! 

Programação: 

  

8h30 – Welcome coffee 

  

9h00 – Abertura 

José Cechin, superintendente executivo do IESS 

  

9h20 - Apresentação dos vencedores do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar 

Os avaliadores demonstram, na prática, como os trabalhos podem auxiliar nas transformações do setor de saúde suplementar 

Dr. Alberto Ogata, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) e avaliador da categoria Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão da Saúde 

Antonio Carlos Campino, economista, professor da Universidade de São Paulo (USP) e avaliador da categoria Economia 

Luiz Felipe Conde, advogado sócio do escritório Conde & Advogados e avaliador da categoria Direito 

  

9h50 – Coffee break e exposição de pôsteres 

  

11h00 – Palestra – Telessaúde e telemedicina: desafios para uma nova era de cuidados 

Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de estudo de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP) 

  

11h30 – Debate – Uma visão integrada dos desafios da transformação digital na saúde 

Debatedores: 

Dr. Carlos Alfredo Lobo Jasmin, diretor da Associação Médica Brasileira (AMB) 

Dr. Chao Lung Wen 

Leandro Fonseca, diretor presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 

Dr. Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 

Mediação: José Cechin 

  

12h30 – Encerramento 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

A transformação digital é uma realidade cada vez mais presente no dia a dia de todos, mudando a vida das pessoas tanto em questões simples, como a troca do dispositivo despertador de um rádio relógio para um celular e, mais recentemente, para smart speakers, até as mais sofisticadas, como o modo que consumimos serviços de saúde ou, em intensidade ainda maior, os recursos empregados pelos profissionais do setor para cuidar do nosso bem-estar. 

Claro, as mudanças vêm acompanhadas de uma série de desafios. Seja de treinamento de pessoal para lidar com novas tecnologias, seja relacionado à segurança da informação – especialmente frente à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em 2020. 

Pensando nisso, decidimos debater o estágio atual em que as empresas brasileiras se encontram neste processo de transformação digital e o que muda para o paciente.  

Não perca o seminário “Transformação Digital na Saúde”. Confira a programação e inscreva-se já

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de divulgar a nova edição da NAB e o resultado aponta mais uma redução no total de beneficiários de planos médico-hospitalares. Foram 106,4 mil vínculos rompidos nos 12 meses encerrados em setembro deste ano – confira nossa análise. O que reduz o total de beneficiários a 47,1 milhões. 

Mesmo com mais este recuo, a saúde (tanto pública quanto suplementar) continua contratando. Ainda estamos apurando os números de setembro, mas de acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, o setor superou a marca de 5 milhões de vagas formais em agosto. 

Olhando apenas para esses números, as contratações podem parecer incongruentes. Entretanto, há alguns fatores que justificam facilmente esse comportamento. O principal deles é o aumento pela demanda de serviços de saúde. 

Apenas entre 2018 e 2017, o total de procedimentos cresceu 5,4%, totalizando 1,4 bilhão de exames, consultas, terapias, internações e outros procedimentos ambulatoriais (OSA). Claro, junto com a procura por estes serviços, subiu a despesa assistencial das Operadoras de Planos de Saúde (OPS), que em 2018 passou os R$ 160 bilhões. Os números constam na análise especial que fizemos do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar

Ou seja, o impulso no total de postos de trabalho formal no setor está associado ao aumento na procura por serviços assistenciais, ainda que menos pessoas contem com o plano de saúde – o 3° maior desejo da população, de acordo com a pesquisa IESS/Ibope

O lado positivo é que o nível de contratação deve continuar avançando no setor. Mesmo que o total de vínculos com planos de saúde não apresente um crescimento expressivo nos próximos meses. Até porque, com o envelhecimento da população pelo qual o Brasil está passando, a tendência é que a busca por serviços de saúde continue avançando – entenda

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Em setembro de 2019, 51,2 mil pessoas realizaram o sonho de passar a contar com um plano de saúde médico hospitalar – o 3° maior desejo do brasileiro, de acordo com a pesquisa IESS/Ibope, como comentado aqui. Apesar do crescimento ante agosto, o total de beneficiários no País diminuiu 0,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que representa 106,4 mil vínculos rompidos de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de publicar. No total, o setor soma 47,1 milhões de beneficiários. 

A publicação também destaca que a busca pelos planos tem variado bastante de um Estado para outro. São Paulo, por exemplo, está liderando a redução de contratos, enquanto Minas Gerais é a unidade da Federação com o maior número de novos planos. Nos 12 meses encerrados em setembro, São Paulo teve 87,1 mil beneficiários deixando de contar com os planos que possuíam. Já Minas Gerais registrou 43,8 mil novos vínculos. 

Somando o resultado negativo do Rio de Janeiro (-7,8 mil) e o positivo do Espírito Santo (+14,7 mil), houve um total de 36,4 mil vínculos rompidos na região Sudeste. 

A região que mais perdeu beneficiários, contudo, foi a Sul: 86,4 mil contratos foram desfeitos no período analisado (menos do que o total registrado em São Paulo). Diferentemente do que houve no Sudeste, todos os Estados da região tiveram queda no total de vínculos. Entre eles, merece destaque o Rio Grande do Sul, com 58,4 mil beneficiários deixando os planos médico-hospitalares. 

A única região que teve alta no total de vínculos foi a Centro-Oeste. O aumento de 30,5 mil contratos aconteceu quase todo em Goiás, que teve 27,1 mil vínculos firmados entre setembro de 2019 e o mesmo mês do ano passado. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram 3,1 mil e 3,5 mil novos beneficiários, respectivamente. Já o Distrito Federal teve 3,2 mil beneficiários deixando seus planos de saúde. 

Em nossa opinião, a aparente estabilidade não é boa para o setor. Especialmente porque a utilização dos serviços de saúde está avançando, ainda que o total de beneficiários não esteja. Estamos vendo um envelhecimento da população e o aumento do uso de serviços de saúde. Um movimento que poderia ser positivo, caso o comportamento fosse motivado por programas de promoção da saúde. Infelizmente, ainda precisamos romper uma barreira cultural e colocar o paciente no centro do tratamento, ao invés da doença. 

Nos próximos dias, vamos apresentar outros números da NAB. 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Ontem, falamos sobre o peso da carga tributária aqui no Blog (LINK). Hoje, decidimos olhar para o outro lado e comentar as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) - Programa do Ministério da Saúde (MS) que busca aumentar o acesso a produtos e medicamentos de alto custo ou importados além de desenvolver novas tecnologias ao mesmo tempo em que estimula o crescimento de empresas nacionais.  

Quem já conhece a iniciativa sabe que o seu foco é tornar os gastos públicos mais efetivos ou, como o próprio MS afirma, “Ampliar o acesso da população a produtos estratégicos e diminuir a vulnerabilidade do SUS”. O que não parece guardar muita relação com a saúde suplementar.  

Mas será mesmo? 

Para nós, há um outro lado desse programa que é ainda mais interessante: a possibilidade de empresas e centros acadêmicos participarem de pesquisas com tecnologia de ponta. Ou seja, o fomento à disseminação de conhecimento, algo que faz parte de nossa missão. 

Além disso, se em um primeiro momento os benefícios podem parecer restritos à empresa participante e à instituição que irá absorver o conhecimento ao longo do processo de transferência de tecnologia, a longo prazo, do ponto de vista da saúde suplementar, há uma série de outras vantagens. 

O mais obvio é a capacitação de mais profissionais. O que, por si só, tende a movimentar o mercado. Depois, o aumento da concorrência, com mais de uma opção para compra de medicamentos ou novas tecnologias em saúde também pode vir a favorecer instituições privadas, como hospitais, clínicas terapêuticas, farmácias e, claro, o beneficiário do plano de saúde. Já que um custo menor de insumos médicos também determina uma conta menor para a Operadora de Plano de Saúde e, em última análise, colabora para o controle de custos e para assegurar a acessibilidade ao benefício tão almejado pela população. Vale lembrar, o plano de saúde é o 3° maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e educação, segundo pesquisa IESS/Ibope, comentado aqui

No fim, o importante é que o principal beneficiado de todo esse processo é o paciente. 

Confira como participar do PDP

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Este ano, batemos o recorde de inscrições de trabalhos de pós-graduação no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Agora, está chegando a hora de conhecer os vencedores. 

O anúncio oficial acontece dia 11 de dezembro, durante o seminário Transformação Digital na Saúde, que tem inscrições gratuitas abertas a partir de agora! O evento acontecerá no hotel Tivoli Mofarrej (Al. Santos, 1.437), em São Paulo, das 8h30 às 12h30. 

Além da cerimônia solene de premiação, também estamos preparando um conteúdo especial, com duas palestras sobre os temas “Telemedicina e Telessaúde: Desafios para uma nova era de cuidados” e “Transformação digital na saúde e impactos da LGPD”, seguidas por um amplo debate com especialistas no assunto. 

Outra atração do evento, assim como aconteceu ano passado, é o espaço para exposição de pôsteres de trabalhos relacionados à saúde suplementar, seja com foco econômico, jurídico ou assistencial. 

Continue acompanhando nosso blog para saber mais novidades. Ainda essa semana anunciaremos o primeiro palestrante! 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Os tributos (impostos, taxas e contribuições) são uma preocupação constante do brasileiro. Certamente você já ouviu alguém se queixando ou você mesmo já reclamou do preço de um telefone celular ou outro aparelho eletrônico e como a tributação o torna tão mais caro. Há uma boa chance de você já ter notado isso em outros setores também. Da garrafa de vinho ao carro, a tributação compõe uma parte expressiva do custo de tudo o que compramos. 

Isso, é claro, além do peso que a tributação tem na renda das famílias. Todo ano, normalmente em meados de maio, lemos notícias sobre a quantidade de dias que trabalhamos apenas para pagar impostos. Em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), foram 153 dias. 

Mas e na saúde? Você já se perguntou qual o peso da carga tributária? 

É comum lembrar dos gastos com planos na época de declaração de imposto de renda – vale lembrar, um direito garantido em constituição, não uma benesse do governo, como já apontamos aqui e em diversos outros posts. Mas a carga tributária tem um elevado peso no setor e quase todo pago pela iniciativa privada. 

O recém-publicado estudo Realidade tributária da rede hospitalar brasileira, encomendado ao IBPT pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH), analisou a carga tributária da saúde entre 2014 e 2018 e revelou que a carga tributária na saúde é crescente, especialmente para a iniciativa privada. 

Em 2014, a arrecadação do setor foi de R$ 77,7 bilhões, o que equivale a 25,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da saúde naquele ano, de R$ 305,1 bilhões. Sendo que R$ 72,3 bilhões do montante arrecadado foram pagos por empresas privadas que atuam no setor. 

Já em 2018, a arrecadação chegou a R$ 103,7 bilhões, sendo R$ 98,6 bilhões provenientes da iniciativa privada. Como o PIB da saúde foi de R$ 378,5 bilhões no ano passado, a carga tributária equivale a 27,4%. Aumento de quase 2 pontos porcentuais (p.p.). 

Afinal, o que isso significa no dia a dia? De onde vem essa arrecadação? De diversos lugares. Os medicamentos que compramos nas farmácias ou são ministrados em prontos-socorros e hospitais têm uma carga tributária média de 33,9%. Do preço de um exame de raio x, 40,3% é composto por tributos. A cama hospitalar usada para tratar um paciente internado tem carga tributária de 42,8% e uma ambulância, de 35,6%. 

Claro que parte do que todas as esferas do governo arrecadam com essas práticas tem a importante função de custear o Sistema Único de Saúde (SUS), mas será que o modelo é realmente efetivo? Ao nosso ver, não. 

O excesso de tributação torna o acesso à saúde mais cara para todos. Não só para os que têm planos de saúde ou para os que almejam tê-lo – e, como já apontamos aqui, este é o 3° maior desejo do brasileiro –, uma vez que essa tributação efetivamente entra na conta do custo dos planos para determinar seu preço de comercialização, mas também para aqueles que contam com o SUS. E não apenas quando vamos a farmácia ou temos que pagar um exame do próprio bolso.  

Empresas privadas, inclusive as que prestam serviços ao SUS, também são confrontadas por essa realidade. Não à toa, de 2010 até maio de 2019, segundo o estudo do IBPT, 2,2 mil hospitais privados fecharam no Brasil. E não estamos falando de grandes hospitais. Em sua maioria, eram hospitais com até 50 leitos (69,9%) no interior dos estados (66,7%). Além disso, cerca de metade (49,2%) atendiam ao SUS. 

Uma perda para o setor e para as pessoas que contavam com essas instituições para cuidar de sua saúde, mas também para a economia do País como um todo. Já que além dos empregos do setor, esses fechamentos impactam a economia local e a redução de demanda para prestadores de serviços indiretos, como restaurantes, agentes de limpeza e outros. 

Acreditamos que o estudo encomendado pela FBH joga luz sobre uma importante questão para o futuro da saúde e do País. Precisamos debater a carga tributária e a adoção de programas que efetivamente proponham incentivos fiscais – como há em outros países, lembre – sob pena de estrangular o desenvolvimento nacional. 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Vivemos um período de intensa transformação digital em todos os campos de nossas vidas. Na saúde (pública e privada), as mudanças têm gerado diversos questionamentos tanto sobre a segurança das informações quanto sobre novas práticas e relações entre os diversos elos da cadeia produtiva. 

Para debater a questão, especialmente, analisando os impactos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na saúde e o potencial de transformação das novas tecnologias em telessaúde, iremos realizar o seminário “Transformação Digital na Saúde” dia 11 de dezembro, das 8h30 às 12h30, no hotel Tivoli Mofarrej (Al. Santos, 1.437), em São Paulo. 

Atenção: a inscrição é gratuita, mas as vagas são limitadas! Inscreva-se agora

Além de palestras com especialistas renomados, outras atrações do evento são a apresentação dos vencedores do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e o espaço para exposição de pôsteres de trabalhos relacionados ao setor. Uma oportunidade única para troca de conhecimento entre gestores e acadêmicos. 

Continue acompanhando nosso blog para saber as novidades da programação e conhecer os palestrantes e debatedores em primeira mão! 

Novembro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Qual o peso de diferenças sociais no uso de serviços de saúde? A resposta, certamente, irá mudar de um País para outro e é possível encontrar iniquidades dentro de uma mesma região do Brasil, mas, de modo, geral, ela é bem elevada. Mais do que nós esperávamos.  

A pesquisa Consumer Social Determinants of Health Survey, realizada pela McKinsey, ouviu mais de 2 mil residentes nos Estados Unidos que contavam com algum tipo de cobertura de serviços de saúde não ofertada pelo empregador e constatou que 53% dos respondentes são impactados por ao menos uma iniquidade social. São problemas como segurança na comunidade onde vivem, habitação, suporte social, alimentação e mesmo transporte. 

Entre eles, a insegurança alimentar é a que impacta o maior porcentual de pessoas, 35% dos entrevistados, seguida pela questão da segurança na comunidade, apontada como um problema por 25% das pessoas ouvidas. Entre os temas levantados, o que impacta menos indivíduos é o transporte. Apenas 15% dos entrevistados afirmam que esse é um ponto determinante para o uso de serviços de saúde. 

Por outro lado, necessidades relacionadas ao transporte, inclusive em questões como a dificuldade para chegar em exames e consultas podem fazer com que um beneficiário de plano de saúde tenha 2,6 vezes mais chances de ser internado do que outro que não tem esses problemas. A insegurança alimentar pode aumentar em 2,4 vezes a probabilidade de internação e a falta de segurança na comunidade onde a pessoa vive, 3,2 vezes. 

Por fim, a pesquisa ainda aponta que pessoas com necessidade sociais tem mais chance de apresentar problemas de saúde física e mental e maior utilização de serviços de saúde em relação aos que não têm esses problemas sociais. 

  

IESS_INIQUIDADE-SOCIAL_GRÁFICOS