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Setembro 2017
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O artigo “Maximizing the potential of real world evidence to support health care innovation” - “Maximizando o potencial das “evidências do mundo real (RWE, real world evidence) para apoiar a inovação na assistência à saúde” - publicada no 18º Boletim Científico, resume as recomendações mais importantes sobre o RWE com o intuito de acelerar inovações em saúde e transformações no cuidado dos pacientes. 

real world evidence, conhecido como “evidência do mundo real”, é um termo usado para descrever descobertas de pesquisas com dados coletados fora dos ensaios clínicos padrões. Esta abordagem é desenvolvida a partir de dados que remetem à utilização por populações mais heterogêneas e amplas, como por exemplo, dados obtidos de registros de saúde eletrônicos, de pacientes ou de declarações de seguros de saúde. Dessa forma, o RWE promete avanços na medicina e a personalização de cuidados aos pacientes ao utilizar rápidas e novas fontes de dados disponíveis. 

A conclusão da maioria dos especialistas envolvidos no estudo é que o RWE desempenha um papel cada vez mais importante para o desenvolvimento de novas práticas de saúde. Como exemplo disso, temos a rápida formação de comunidades on-line de pacientes com informações pessoais de saúde e dados clínicos que podem acelerar pesquisas, e que estão gerando resultados significativos com a possibilidade de se traduzirem em melhores atendimentos aos pacientes, com mais rapidez do que no passado. 

Essa técnica pode ainda apontar o caminho para o estabelecimento do melhor e maior uso de novos produtos, além de intervenções de cuidados em saúde. Mesmo assim, vale ressaltar que durante a pesquisa, nenhum especialista garantiu que o uso do RWE pode substituir o papel dos ensaios clínicos randomizados em investigações biomédicas e afins. 

O tema sobre a incorporação de tecnologias no setor de saúde também foi amplamente debatido no seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que realizamos este ano no Rio de Janeiro, e aqui no Blog.

 

Outubro 2016
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Postamos aqui que a divulgação de indicadores de qualidade e de desempenho na saúde pode se tornar um fator transformador para a área. Capaz de auxiliar o beneficiário na escolha de onde deseja ser atendido, contribuir para a justa remuneração dos prestadores, criar referências sobre performance e possibilitando que cada profissional e instituição tenham condições de analisar seu desempenho atual em comparação aos concorrentes. 

Mas, como seria possível adotar esse padrão de transparência? Essa é uma das respostas que esperamos obter no Seminário Internacional "Indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação de serviços na saúde", que vamos realizar no próximo dia 26, em São Paulo.

No evento, teremos a participação do Ministério da Saúde e da ANS, que apresentarão suas respectivas visões sobre o tema. Nossa análise inicial é que o Ministério dispõe dos dispositivos legais e legitimidade para passar a exigir que os indicadores de qualidade sejam tornados públicos. Mas essa é uma agenda que pode ser construída sem precisar ser imposta.

Para tal, toda a cadeia produtiva do setor de saúde e, principalmente, a população que usa esses serviços, precisa ser sensibilizada a respeito da importância e dos benefícios que a transparência dos dados pode prover ao sistema.

Muitos setores econômicos têm manifestado que a própria sociedade, por meio da academia, de organizações de classe, empresas e profissionais, deveria ser capaz de encontrar as soluções para os problemas que comprometem seu desempenho, sem depender da força de uma lei. O debate de “menos Estado e mais cidadania” tem crescido muito em distintos fóruns.

Entretanto, dadas as características do setor de saúde, especialmente no Brasil, com um elevado grau de regulação e força das leis, nosso entendimento é que a construção do arcabouço regulatório em prol da transparência deve também advir de força de legislação, com total participação e envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva.

Vamos aguardar os debates no nosso evento. Certamente com o conhecimento das experiências internacionais e em um debate franco, ético e técnico, poderemos avançar nas soluções.