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Novembro 2019
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Em setembro de 2019, 51,2 mil pessoas realizaram o sonho de passar a contar com um plano de saúde médico hospitalar – o 3° maior desejo do brasileiro, de acordo com a pesquisa IESS/Ibope, como comentado aqui. Apesar do crescimento ante agosto, o total de beneficiários no País diminuiu 0,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que representa 106,4 mil vínculos rompidos de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de publicar. No total, o setor soma 47,1 milhões de beneficiários. 

A publicação também destaca que a busca pelos planos tem variado bastante de um Estado para outro. São Paulo, por exemplo, está liderando a redução de contratos, enquanto Minas Gerais é a unidade da Federação com o maior número de novos planos. Nos 12 meses encerrados em setembro, São Paulo teve 87,1 mil beneficiários deixando de contar com os planos que possuíam. Já Minas Gerais registrou 43,8 mil novos vínculos. 

Somando o resultado negativo do Rio de Janeiro (-7,8 mil) e o positivo do Espírito Santo (+14,7 mil), houve um total de 36,4 mil vínculos rompidos na região Sudeste. 

A região que mais perdeu beneficiários, contudo, foi a Sul: 86,4 mil contratos foram desfeitos no período analisado (menos do que o total registrado em São Paulo). Diferentemente do que houve no Sudeste, todos os Estados da região tiveram queda no total de vínculos. Entre eles, merece destaque o Rio Grande do Sul, com 58,4 mil beneficiários deixando os planos médico-hospitalares. 

A única região que teve alta no total de vínculos foi a Centro-Oeste. O aumento de 30,5 mil contratos aconteceu quase todo em Goiás, que teve 27,1 mil vínculos firmados entre setembro de 2019 e o mesmo mês do ano passado. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram 3,1 mil e 3,5 mil novos beneficiários, respectivamente. Já o Distrito Federal teve 3,2 mil beneficiários deixando seus planos de saúde. 

Em nossa opinião, a aparente estabilidade não é boa para o setor. Especialmente porque a utilização dos serviços de saúde está avançando, ainda que o total de beneficiários não esteja. Estamos vendo um envelhecimento da população e o aumento do uso de serviços de saúde. Um movimento que poderia ser positivo, caso o comportamento fosse motivado por programas de promoção da saúde. Infelizmente, ainda precisamos romper uma barreira cultural e colocar o paciente no centro do tratamento, ao invés da doença. 

Nos próximos dias, vamos apresentar outros números da NAB. 

Abril 2019
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O setor de saúde suplementar e o mercado de trabalho formal estão vivendo uma relação dicotômica extremamente positiva. Como mostramos aqui, a partir dos dados do último Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar, o setor tem impulsionado a criação de postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Acontece que, ao mesmo tempo, a geração de empregos formais tem motivado a contratação de planos de saúde. 

De acordo com a última edição da NAB, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 0,5% entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, um aumento de 220,3 mil vínculos. No mesmo período, foram criados 173,1 mil novos postos com carteira assinada. 

Mesmo que o ritmo de retomada do mercado de trabalho formal esteja abaixo daquele previsto no início de 2018, o avanço constante desse indicador tem uma influência muito positiva sobre a economia como um todo. Por exemplo, gerando incremento na renda das famílias, na capacidade de consumo e de acessar crédito além de influenciar na confiança da população. Com isso, é natural que as pessoas que se viram obrigadas a deixar o plano ao longo dos últimos quatro anos comecem a recontratar o serviço. Especialmente porque este é um dos três maiores desejos do brasileiro, após educação e casa própria, conforme mostra a pesquisa IESS/Ibope

O resultado foi impulsionado pelos números do Estado de São Paulo, que teve 136,9 mil novos vínculos firmados nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano. Alta de 0,8%. O Estado conta com 17,3 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, o que representa mais de um terço (36,4%) do total do País. 

Por outro lado, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais continuam enfrentando resultados negativos. Juntos, os três Estados registraram o rompimento de 81,9 mil vínculos. São, justamente, aqueles apontados com a pior situação fiscal por um relatório recente da Tendências Consultorias publicado pelo G1 e pelo IG. O que reforça a ligação entre a economia local e a contratação de planos de saúde. 

Iremos analisar mais números da NAB nos próximos dias.