Segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), o setor privado pode encerrar o ano com 48,8 milhões de beneficiários. A projeção representa uma alta de 1 milhão de vínculos em relação à base de fevereiro, que ficou em 47,8 milhões. Para a entidade, uma das explicações para o movimento é o receio da população em perder o plano de saúde em plena pandemia. A projeção acompanha a expansão do segmento no segundo semestre de 2020.
Como já apontamos em outros momentos, há um esforço do brasileiro para não perder o plano de saúde nesse momento. “Isso pode ser visto nas taxas de inadimplência mesmo com a crise econômica e o aumento do desemprego”, diz Renato Casarotti, novo presidente da Abramge.
Segundo apontou a entidade em reportagem publicada no jornal Valor Econômico, em fevereiro, a inadimplência do plano individual foi de 12% e do coletivo (empresarial e adesão) ficou em 5% - percentuais semelhantes aos de um ano antes quando os primeiros casos de covid-19 estavam sendo revelados no Brasil.
Segundo os dados da 55ª NAB, entre janeiro de 2020 e o mesmo mês neste ano, os planos de assistência médico-hospitalar coletivos empresariais e por adesão cresceram 1,8% e os individuais, 0,4%.
A reportagem mostra que o aumento no número de novos usuários, no segundo semestre, ocorreu nas três modalidades de planos de saúde. No individual, a alta foi de 1,24%, no empresarial, 1,44% e no adesão, 2,31%. Essa última modalidade cresceu, em especial, pela migração de pessoas que perderam o emprego formal.
Vale lembrar que os planos coletivos por adesão têm apresentado sucessivas altas nos últimos anos, em especial em momentos de instabilidade. Isso porque não há necessidade de vínculo empregatício, basta vínculo associativo. Por ser coletivo, apresenta valores mais baixos quando comparado aos individuais.
O medo da pandemia levou a maior procura por planos de saúde, que pode ser satisfeita com planos coletivos por adesão, que registram sucessivos aumentos do número de beneficiários desde dezembro de 2018.
Acesse aqui a Nota de Acompanhamento de Beneficiários e veja os números mais recentes. Você também pode acessar a reportagem do jornal Valor Econômico aqui.
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