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Dezembro 2016
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Há tempos, aqui no Blog e em muitas de nossas publicações, temos apontado distorções de mercado que causam, entre outros problemas, uma variação expressiva nos preços de materiais e medicamentos. O tema foi destaque em reportagem na edição de hoje  (15/12/2016) da Folha de S. Paulo sobre a variação de preços de stents coronarianos a depender da região do País, prática que pode estar ligada a condutas antiéticas ou ilegais. 

Dentre as causas dessas diferenças de valores estão a falta de padronização da nomenclatura e da classificação das OPMEs; a falta de critérios para a inserção do produto para a saúde no mercado; as estruturas de custos dos produtos para a saúde; a carga tributária; e algumas das falhas de mercado no setor de produtos de saúde (competição imperfeita, oligopólio diferenciado, assimetria de informação e corrupção). Como relatado no TD 55 – "Distorções nos gastos com OPME".

Para ilustrar o caso: o custo de uma prótese de quadril pode variar entre R$ 2.282 a R$ 16.718, dependendo da região onde é comprada. Nessa formação de preço entra de tudo, passando por comissões de comercialização, sobrepreço e comissionamento aplicados por hospitais e distribuidores, tributos e até prêmios para médicos.

O estudo “A cadeia de saúde suplementar no Brasil: Avaliação de falhas no mercado e propostas de políticas”, produzido pelo Insper a nosso pedido, faz um mapeamento do funcionamento da saúde suplementar e identifica as principais falhas de mercado, abordando esses problemas em profundidade e propondo políticas para corrigir a situação.

O assunto, apesar de “espinhoso”, é fundamental para a sustentabilidade do setor de saúde suplementar e precisa ser mais debatido. Inclusive com mais posts aqui no Blog.  Aguardem.