Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Qual a idade ideal para fazer mamografia?

Janeiro 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

A procura por mamografia teve um aumento relevante entre as beneficiárias de planos de saúde médico-hospitalares de 2013 a 2018. De acordo com a Análise Da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2013 e 2018, que acabamos de publicar, o total de exames desse tipo avançou de 4,8 milhões para 5,0 milhões no período analisado. Alta de 5,1%. 

Mais importante, o levantamento mostra que a procura por mamografia cresceu mais justamente pelo grupo definido como prioritário pelo Ministério da Saúde, as mulheres com idade entre 50 anos e 69 anos. Para elas, o total de mamografias subiu de 2,1 milhões, em 2013, para 2,3 milhões em 2018. Incremento de 7,3%. Apesar do resultado, essa faixa etária ainda responde por menos de metade dos exames desse tipo no País. O que reforça, em nossa opinião, a necessidade de conscientização sobre o câncer de mama e a importância de campanhas como o Outubro Rosa – como já comentamos. 

O assunto ganha ainda mais destaque porque parte da sociedade está interessada em rediscutir a idade inicial recomendada para a realização do exame, como aponta reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O principal motivador do debate é o estudo “Advanced Stage at Diagnosis and Worse Clinicopathologic Features in Young Women with Breast Cancer in Brazil: A Subanalysis of the AMAZONA III Study”, realizado pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog) e publicada no Journal of Global Oncology, que aponta que 43% das entrevistadas (2.950 mulheres com câncer em 9 estados brasileiros) tinham menos de 50 anos no momento do diagnóstico, feito entre janeiro de 2016 e março de 2018.

Não obstante, cabe ressaltar, como também fez reportagem, que a amostra total utilizada no levantamento equivale a menos de 2% dos casos de câncer de mama no País no período analisado. Além disso, não há indicação de quantas dessas mulheres teriam algum histórico familiar da doença (quando há histórico, a idade recomendada para a realização do exame passa de 50 anos para 25 anos). 

Embora a antecipação do exame possa representar um risco para as mulheres ao expô-las a radiação (ainda que baixo) e, no Brasil, o diagnóstico em mulheres na faixa dos 40 anos seja raro, representando apenas 10% dos casos, apoiamos o debate sobre o assunto. Afinal, quanto mais falarmos no tema, maior a chance de que mais pessoas se conscientizem sobre a doença.

Este conteúdo foi útil?