Gastos com saúde http://www.iess.org.br/ pt-br Planos de saúde pagam pelo desperdício nos hospitais http://www.iess.org.br/publicacao/blog/planos-de-saude-pagam-pelo-desperdicio-nos-hospitais <span>Planos de saúde pagam pelo desperdício nos hospitais</span> <a href="/index.php/taxonomy/term/71" hreflang="pt-br">Blog</a> <span><span lang="" about="/index.php/user/246" typeof="schema:Person" property="schema:name" datatype="">aborges</span></span> <span>dom, 01/05/2016 - 20:32</span> /sites/default/files/2021-11/Planos%20de%20sa%C3%BAde%20pagam%20pelo%20desperd%C3%ADcio%20nos%20hospitais.jpg <a href="/index.php/taxonomy/term/131" hreflang="pt-br">Planos de Saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/1071" hreflang="pt-br">Gestão de saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/2481" hreflang="pt-br">Desperdício</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5476" hreflang="pt-br">inflação médica</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/586" hreflang="pt-br">VCMH</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5066" hreflang="pt-br">Gastos com saúde</a> <p><em>Por Luiz Augusto Carneiro</em></p> <p><em>Superintendente Executivo do IESS</em></p> <p> </p> <p>Em todo o mundo, os <a href="https://www2.iess.org.br/?p=imprensa&amp;categoria=noticia&amp;id=118">gastos com saúde crescem acima da inflação</a>. Isso é explicado, em parte, pelo aumento da longevidade das pessoas. Outro fator é a introdução de novas tecnologias em saúde, mais caras do que as anteriores. A saúde suplementar brasileira vive o mesmo fenômeno, mas de uma forma muito mais preocupante.</p> <p>A escalada de custos por aqui dá-se em proporção superior à média global, provavelmente devido às nossas características estruturais peculiares. O resultado perverso é conhecido de todos: aumento dos custos para a contratação de planos de saúde, apesar de a margem das operadoras ter <a href="https://www2.iess.org.br/?p=imprensa&amp;categoria=noticia&amp;id=116">reduzido nos últimos anos</a>.</p> <p>O setor carece urgentemente de uma agenda que o reestruture e assegure sustentabilidade financeira e assistencial, ao mesmo tempo que contenha o aumento nos gastos arcados por empresas e pessoas contratantes de planos de saúde. Crises econômicas, como a que o país passa, são oportunidades reais para promover transformações que a economia tanto carece.</p> <p>Desde 2010, o índice VCMH (Variação dos Custos Médico-Hospitalares), medido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), tem estado acima de dois dígitos. Apresentou, em junho de 2015, alta de 17,1% em relação aos 12 meses anteriores –enquanto o IPCA foi de 8,9%.</p> <p>Estudos recentes mostram que cerca de 50% das despesas arcadas pelos planos de saúde decorrem de internações hospitalares. De 2008 a 2013, a taxa de internação dos beneficiários manteve-se estável, em 13,4%. Mesmo sem aumento de internações, o gasto médio por internação subiu explosivos 95,8%, enquanto o IPCA acumulado no período foi de 32,2%. E esse aumento foi puxado principalmente por materiais e medicamentos, itens que representam, aproximadamente, 50% do gasto com internações.</p> <p>É inusitado que o PIB brasileiro tenha apresentado taxas de crescimento negativas desde o segundo trimestre de 2014, e que desde então a inflação dos gastos com saúde não tenha cedido na saúde suplementar. Um <a href="https://www2.iess.org.br/?p=imprensa&amp;categoria=noticia&amp;id=114">estudo recente do IESS</a> mostra que internacionalmente há uma redução da taxa de crescimento dos gastos com saúde per capita toda vez que há uma redução da taxa de crescimento do PIB. Isso leva a crer que as causas da inflação médica na saúde suplementar brasileira sejam estruturais.</p> <p>A primeira causa estrutural é o modelo de pagamento de operadoras aos hospitais. Hoje, vigora o regime de "conta aberta" (fee for service). O hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Há um estímulo ao uso dos insumos mais caros e a conta é paga pelo plano, incorporando os desperdícios.</p> <p>Boa parte das demais causas estruturais estão relacionadas a situações que combinam poder de mercado de integrantes da cadeia privada de saúde com a grande falta de transparência sobre preço e qualidade de bens e serviços. O resultado é uma condição de mercado com pouca concorrência, o que impede os agentes econômicos de terem informação para poder para selecionar fornecedores e prestadores de maior qualidade e custo mais baixo.</p> <p>Outro fato relevante é a incorporação de novas tecnologias de saúde <a href="https://www2.iess.org.br/?p=imprensa&amp;categoria=noticia&amp;id=117">ainda sem maiores critérios de custo-efetividade</a>, porém já são vistos aprimoramentos nesse assunto por parte do órgão regulador.</p> <p>A solução para essas distorções requer reformas nas bases estruturais do sistema. Felizmente, não faltam exemplos daquilo que é feito em países em que há sistemas de saúde desenvolvidos. São fartas as melhores práticas em termos de modelos de remuneração e regras que propiciam a transparência de preços e qualidade em saúde.</p> /sites/default/files/2021-11/Planos%20de%20sa%C3%BAde%20pagam%20pelo%20desperd%C3%ADcio%20nos%20hospitais_0.jpg /sites/default/files/2021-11/blog_eode2qtu.jpg /sites/default/files/2021-11/blog_eode2qtu_0.jpg <div class="container container-comment"> <div class="comment-box col-xs-12 col-sm-12 col-md-8 col-lg-8"> <section> <drupal-render-placeholder callback="comment.lazy_builders:renderForm" arguments="0=node&amp;1=14381&amp;2=field_comment&amp;3=comment" token="Re35DR01dFIkxJU5DXnwFBnigjNL1g6BbWr8nmBOirI"></drupal-render-placeholder> </section> </div> </div> <drupal-render-placeholder callback="flag.link_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14381&amp;2=favorite_button" token="oYDnbFhf6xrssGZ43t1YcrCHiFaBmpfstNfX5VpwNm0"></drupal-render-placeholder><drupal-render-placeholder callback="like_and_dislike.vote_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14381" token="CCPZBY2NDsu-kYgPFEU1pX98v-ywCLN7cf17BX6f6V0"></drupal-render-placeholder> Sun, 01 May 2016 20:32:12 +0000 aborges 14381 at http://www.iess.org.br Dr. Sam Rossolimos explica como o mundo tem melhorado a gestão dos insumos médicos http://www.iess.org.br/publicacao/blog/dr-sam-rossolimos-explica-como-o-mundo-tem-melhorado-gestao-dos-insumos-medicos <span>Dr. Sam Rossolimos explica como o mundo tem melhorado a gestão dos insumos médicos</span> <a href="/index.php/taxonomy/term/71" hreflang="pt-br">Blog</a> <span><span lang="" about="/index.php/user/246" typeof="schema:Person" property="schema:name" datatype="">aborges</span></span> <span>seg, 25/04/2016 - 16:55</span> /sites/default/files/2021-11/Dr.%20Sam%20Rossolimos%20explica%20como%20o%20mundo%20tem%20melhorado%20a%20gest%C3%A3o%20dos%20insumos%20m%C3%A9dicos.jpg <a href="/index.php/taxonomy/term/131" hreflang="pt-br">Planos de Saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5066" hreflang="pt-br">Gastos com saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5521" hreflang="pt-br">Tecnologia da saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/6" hreflang="pt-br">IESS</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5526" hreflang="pt-br">contenção de gastos com saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/3656" hreflang="pt-br">Sunshine Act</a> <p>A adoção de novas tecnologias em saúde e como encarar seus custos são um desafio que o mundo tem se organizado para enfrentar. Há, entre os países desenvolvidos, a busca por melhores métodos de classificação e categorização, além de regulação dos produtos que entram no mercado, afim de garantir que sejam seguros e eficientes. Esse é um modelo que o Brasil deve se inspirar, cada vez mais.</p> <p>A análise é do médico Dr. Sam Rossolimos, membro do American College of Healthcare Executives, expressa durante palestra no Seminário Internacional "OPMEs: Análise setorial e adoção de boas práticas", realizado pelo IESS, em 2015.</p> <p>Rossolimos observa que a reforma em curso no setor de saúde dos Estados Unidos tem como objetivo melhorar os resultados do paciente e reduzir os custos do serviço por meio da lei de proteção e cuidado ao paciente. Dentre as práticas, exige-se evidência científica nas práticas da Medicina e para tomada de decisões nas políticas de saúde.</p> <p>Há, inclusive, um grupo de representantes de atividades reguladoras nos Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Canadá, chamado “Força Tarefa de Harmonização Global”, que trabalha para homogeneizar os regulamentos para medical devices e melhorar a segurança, eficácia e qualidade desses dispositivos por meio de diretrizes que já começam a ser adotadas por muitos países.</p> <p>A palavra de ordem é transparência. Rossolimos deixa clara a importância dos relatórios de transparência financeira e leis como o Sunshine Act dos Estados Unidos e França, que exigem relatórios dos fabricantes de medicamentos e dispositivos médicos sobre pagamentos a profissionais da saúde e hospitais, garantindo que não aconteçam conflitos de interesses.</p> <p>Assista a apresentação completa do Dr. Rossolimos:</p> <p><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lb4_5dpL-ZY" width="560"></iframe></p> /sites/default/files/2021-11/Dr.%20Sam%20Rossolimos%20explica%20como%20o%20mundo%20tem%20melhorado%20a%20gest%C3%A3o%20dos%20insumos%20m%C3%A9dicos_0.jpg /sites/default/files/2021-11/rosso_hom8p2xa.jpg /sites/default/files/2021-11/rosso_hom8p2xa_0.jpg <div class="container container-comment"> <div class="comment-box col-xs-12 col-sm-12 col-md-8 col-lg-8"> <section> <drupal-render-placeholder callback="comment.lazy_builders:renderForm" arguments="0=node&amp;1=14436&amp;2=field_comment&amp;3=comment" token="0RcNIfOTDGGOz57SSKms1JvWi-FuPomTi-F2V491mYs"></drupal-render-placeholder> </section> </div> </div> <drupal-render-placeholder callback="flag.link_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14436&amp;2=favorite_button" token="eb-on0Elaz7GNueOwdWjpSKXNVl4HW3kUCOW72nr3TU"></drupal-render-placeholder><drupal-render-placeholder callback="like_and_dislike.vote_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14436" token="bpbDeKCg3bQFihs-ZPclZwW62f_gXKFPgCD6uV7veqI"></drupal-render-placeholder> Mon, 25 Apr 2016 16:55:21 +0000 aborges 14436 at http://www.iess.org.br Planos com franquias altas tendem a conter os gastos? Nos EUA, sim http://www.iess.org.br/publicacao/blog/planos-com-franquias-altas-tendem-conter-os-gastos-nos-eua-sim <span>Planos com franquias altas tendem a conter os gastos? Nos EUA, sim</span> <a href="/index.php/taxonomy/term/71" hreflang="pt-br">Blog</a> <span><span lang="" about="/index.php/user/246" typeof="schema:Person" property="schema:name" datatype="">aborges</span></span> <span>qui, 21/04/2016 - 17:13</span> /sites/default/files/2021-11/Planos%20com%20franquias%20altas%20tendem%20a%20conter%20os%20gastos%20Nos%20EUA%2C%20sim_1.jpg <a href="/index.php/taxonomy/term/131" hreflang="pt-br">Planos de Saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/6" hreflang="pt-br">IESS</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5186" hreflang="pt-br">Economia da saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5066" hreflang="pt-br">Gastos com saúde</a> <a href="/index.php/taxonomy/term/5536" hreflang="pt-br">CDHP</a> <p>Recomendamos a leitura do artigo “Do ‘Consumer-Direct’ health plans bend the cust curve over time?” (“Os planos de saúde do tipo “consumer-directed” reduzem o custo ao longo do tempo?”), produzido pelos pesquisadores Amelia M. Haviland, Matthew D. Eisenberg, Ateev Mehrotra, Peter J. Huckfeldt e Neeraj Soodg, publicado no Volume 46, de março passado, do Journal of Health Economics. O material consta na última edição do <a href="https://www2.iess.org.br/?p=publicacoes&amp;id_tipo=17">Boletim Científico do IESS</a>.</p> <p>Nos Estados Unidos, há um tipo de plano de saúde que tem crescido bastante recentemente, os chamados planos “Consumer-Directed” ou CDHP. Esses contratos possuem franquia alta e são conjugados com contas de poupança para gastos médicos com vantagens fiscais. No boletim, os autores do artigo abordam o impacto desse tipo de plano sobre os gastos com saúde dos indivíduos e seus desdobramentos.</p> <p>O resultado apontou que o crescimento dos gastos com saúde entre as empresas que oferecem o CDHP foi menor em relação aos anos anteriores. Os autores reforçaram que o impacto do plano de saúde não é apenas temporário, mas ressaltam que a queda nos gastos foi menor nos últimos anos da análise quando comparados aos primeiros.</p> /sites/default/files/2021-11/Planos%20com%20franquias%20altas%20tendem%20a%20conter%20os%20gastos%20Nos%20EUA%2C%20sim_2.jpg /sites/default/files/2021-11/adobestock94194322_bcm1vapv.jpeg /sites/default/files/2021-11/adobestock94194322_bcm1vapv_0.jpeg <div class="container container-comment"> <div class="comment-box col-xs-12 col-sm-12 col-md-8 col-lg-8"> <section> <drupal-render-placeholder callback="comment.lazy_builders:renderForm" arguments="0=node&amp;1=14446&amp;2=field_comment&amp;3=comment" token="btq4J1xTH17Gp6nomVLxQxkIO9lYaJCE_p6MeUhtgN0"></drupal-render-placeholder> </section> </div> </div> <drupal-render-placeholder callback="flag.link_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14446&amp;2=favorite_button" token="v3BgVOkiEwQnBdLWIlt0MWuglA59cjTsw3JrCxOcLjY"></drupal-render-placeholder><drupal-render-placeholder callback="like_and_dislike.vote_builder:build" arguments="0=node&amp;1=14446" token="MIOIXHYVXqiZJWktC_roSCQfeXg77TG1fZ8SaaZA7_w"></drupal-render-placeholder> Thu, 21 Apr 2016 17:13:31 +0000 aborges 14446 at http://www.iess.org.br