A atual crise sanitária e econômica da Covid-19 tem colocado uma enorme pressão sobre a força de trabalho, infraestrutura e cadeia de abastecimento do setor da saúde, além de expor as desigualdades nesta indústria. A pandemia também está acelerando a mudança em todo o ecossistema e forçando os sistemas de saúde público e privado a se adaptarem e inovarem em um período curto.
Nós já falamos em outros momentos do relatório “Perspectivas globais do setor de saúde 2021”. Ele aponta que estamos atravessando um momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação e inovação, seja em função do número cada vez maior de novas tecnologias, ou ainda pelo aceleramento da mudança por conta da pandemia de Covid-19.
A COVID-19 impactou diversos setores e o da saúde viu a oportunidade de acelerar a inovação digital. A publicação mostra que na Europa, 65% dos provedores da área adotaram tecnologias para apoiar os médicos e suas rotinas de trabalho e 64% forneceram suporte virtual e novas interações com os pacientes.
Além disso, a crise sanitária ajudou a quebrar regulamentações, questões financeiras e barreiras comportamentais para permitir que o atendimento virtual fosse amplamente integrado aos sistemas de saúde. Com isso, a interoperabilidade de dados é uma capacidade essencial para permitir a entrega de programas voltados ao paciente e tecnologias associadas, reduzir os custos administrativos e dos cuidados, aumentar a eficiência da prestação de cuidados, aumentar a receita e o crescimento, entre outros pontos.
Um exemplo é a Inteligência Artificial (IA). Até então focada em automatizar processos manuais no setor da saúde, essa tecnologia passou a ser usada para ajudar a resolver problemas clínicos e não clínicos com a atual crise sanitária.
A própria computação em nuvem, que teve grande destaque em 2020, continuará exercendo papel fundamental neste ano e nos próximos. Os gastos com a tecnologia aumentaram 11% no segundo trimestre do ano passado, revelou a Deloitte.
Isso ocorreu em função da necessidade de migrar sistemas de TI para a nuvem e facilitar a adoção de ferramentas de dados e análises. Agora, a expectativa é que o setor consiga criar uma área de trabalho virtual escalonável e permitir atendimento remoto e trabalho a distância, segundo o relatório da Deloitte.
Como reforça o relatório, o modo como os stakeholders irão lidar, analisar, entender e responder a essas questões moldará sua capacidade de se recuperar e prosperar no pós-pandêmico "novo normal", avançando em sua jornada ao longo do caminho para o Futuro da Saúde.
Acesse o relatório na íntegra aqui.
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Até agora, em 2021, foram US$ 122,4 milhões aporta...Globalização e o Futuro da Saúde
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Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é di...Conforme mostramos aqui, a pesquisa “Perspectivas globais do setor de saúde 2021” mostra que este é o momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação.
Para tanto, elencou uma série de questões que o setor deve ficar de olho ao longo deste ano, como a experiência do consumidor; inovação do modelo de assistência; transformação digital e dados interoperáveis; desigualdade (no acesso ao sistema de saúde); cooperação em todo ecossistema; futuro do trabalho e reserva de talentos etc.
Sobre essas questões setoriais, o relatório aponta que tem se observado uma aceleração no ritmo da transformação do setor da saúde. Isso porque não só esse segmento, mas diversos outros, passaram a usar mais a tecnologia para monitorar a saúde, assim como se habituaram a ter consultas virtuais, por exemplo.
De 2019 para o início de 2020, cresceu de 15% para 19% o número de pessoas que realizavam algum tipo de consulta on-line. Já em abril do ano passado, o uso dessa modalidade por pacientes saltou para 28%.
Como falamos aqui, no último ano, mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à FenaSaúde. Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.
Mas vai além disso. Vale reforçar que cada vez mais pessoas têm monitorado a saúde a partir de dispositivos (pulseiras inteligentes, smartwatches etc.). Entre as que fazem um acompanhamento da saúde, 75% disseram que essa atividade mudou o comportamento.
Levando o uso da tecnologia para outras esferas, há uma mudança da prestação de serviço à saúde com a maior adoção de novas ferramentas. Não só pacientes, mas profissionais da área, clínicas e hospitais passaram a se apoiar nessa inovação. Tanto que toda a cadeia acredita em novos modelos de negócio e que as tecnologias podem apoiar essa transformação.
Alguns números do relatório chamam a atenção:
- 72% dos consumidores têm a saúde e bem-estar como prioridades
- 60% dos médicos buscam priorizar a prevenção e bem-estar dos pacientes
- 75% dos pacientes esperam trabalhar em parceria com fornecedores de serviços de saúde (academias, profissionais de educação física, de nutrição, entre outras áreas).
Com isso, a pesquisa reforça que o modelo de assistência do futuro será mais orientado no paciente, com foco em prevenção e ênfase na saúde e bem-estar. Continuaremos apresentando outros dados da pesquisa ao longo dos próximos dias, mas você pode acessar por meio do link.
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Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é di...Por meio da telemedicina é possível levar a saúde mais longe, aumentar a qualidade e a eficiência para salvar vidas – ainda mais em tempos de pandemia. E isso fica claro pela quantidade de consultas realizadas ao longo do último ano. Desde o início da crise do novo coronavírus, diversas instituições públicas e privadas de saúde passaram a oferecer atendimento a distância para seus pacientes.
Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, a força de trabalho, a infraestrutura e a cadeia de abastecimento do setor da saúde enfrentam os mesmos desafios de outros segmentos quando o assunto é inovação durante esse período.
Apesar do cenário ser desafiador, a pesquisa “Perspectivas globais do setor de saúde 2021” da Deloitte mostra que este é o momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação.A publicação destaca algumas questões setoriais urgentes que toda a cadeia deve ficar de olho para este ano como:
- Consumidores e experiências humanas;
- Inovação do modelo de assistência;
- Transformação digital e dados interoperáveis;
- Desigualdade (no acesso ao sistema de saúde)
- Cooperação em todo ecossistema;
- Futuro do trabalho e reserva de talentos.
São pontos que desafiam governos, profissionais, investidores e outros stakeholders para se adaptarem e inovarem rapidamente. Olhando para um período pós-pandêmico, alguns fatores vão impactar a retomada dos gastos no setor, como o envelhecimento da população, aumento da demanda por cuidado, recuperação econômica gradual dos países, avanços clínicos e tecnológicos, custos trabalhistas, expansão do público e dos sistemas de saúde para a população.
São fatores que, ao lado das questões setoriais mais específicas, irão comandar a transformação do setor — mais tecnológica, centrada no paciente e inclusiva.
Iremos apresentar mais detalhes da pesquisa ao longo dos próximos dias, mas você pode acessar por meio do link.