Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Julho 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Nos últimos dias, temos analisado os resultados da Pesquisa IESS/Ibope que aponta que 8 a cada 10 beneficiários estão satisfeitos com seus planos e que eles são o terceiro maior desejo do brasileiro

Qual seria então, a maior barreira para que 73% dos não beneficiários que afirmam desejar um plano de saúde médico-hospitalar passem a contar com benefício? De acordo com o levantamento do Ibope, 77% dos entrevistados apontaram o valor da mensalidade ou a falta de condições financeiras como o principal impeditivo para a realização deste sonho. 

A pesquisa IESS/Ibope também aponta que dos 54% da população que já teve plano, metade deixou de contar com ele por questões relacionadas ao mercado de trabalho. Ou seja, o plano era ofertado pelo empregador e, após perder ou trocar de emprego, o benefício foi cancelado. Como a pesquisa compara os números de 2019 com 2017, também foram captados aí aqueles beneficiários que tinham direito a continuar com o plano (pagando do próprio bolso) por mais algum tempo após sair do emprego e o fizeram, mas não conseguiram recolocação no mercado ao longo desse período e, consequentemente, não passaram a contar com um novo plano coletivo empresarial. 

Em nossa avaliação, a questão está mais diretamente relacionada ao nível de emprego com carteira assinada no Brasil. Hoje, o País conta com 13 milhões de desempregados buscando recolocação ou o primeiro emprego, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a maior parte dos planos de saúde guarda uma relação mais direta com a carreira das pessoas do que com sua remuneração propriamente dita. Isso porque, a maior parte dos planos é ofertada pelo empregador (planos coletivos empresariais) ou feita por meio de uma entidade de classe (planos coletivos por adesão). Segundo dados da última edição da NAB, 67,1% dos vínculos com planos médico-hospitalares são coletivos empresariais e 13,5% são coletivos por adesão, um total de 80,6%. 

Assim, concluir que a questão é puramente financeira (diretamente relacionada à massa de rendimentos das famílias em contraponto às contraprestações pecuniárias dos beneficiários) não nos parece uma análise precisa. Especialmente porque o plano de saúde é o 3° bem mais desejado do brasileiro, atrás apenas de educação e casa própria. Ou seja, mesmo perdendo o emprego ou tendo uma redução na renda, as famílias tendem a cortar outros gastos e manter o benefício tanto quanto for possível. Além disso, assim que voltam a recompor sua renda, este é um dos primeiros itens a serem readquiridos, muitas vezes antes de quitar completamente outras dívidas. 

Claro que não pretendemos menosprezar a questão do custo dos planos. Esse é um ponto que merece ser debatido e acreditamos que esse debate começa pela regulação atual, que impede modulações que tornariam os planos economicamente mais interessantes para grande parte da população. Não se trata de tolher direitos. Mas seria mais inteligente e barato que uma pessoa que viveu a vida inteira em um lugar e não tem intenção de sair contratar um plano com cobertura regional ao invés de nacional. Contratando um adicional em momentos de viagens, por exemplo. 

E há espaço para novas modalidades de plano, como afirmaram os próprios entrevistados da pesquisa. Mas isso é assunto para um próximo post. Não perca! 

Pesquisa realizada entre abril e maio de 2019, pelo Ibope Inteligência a pedido do IESS, com o objetivo de captar a avaliação dos usuários de planos de saúde sobre os serviços prestados pelas operadoras no País, gerando importantes indicativos de qualidade para que as operadoras de saúde possam trabalhar em prol da contínua melhoria dos serviços oferecidos.

Julho 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Contar com um plano de saúde é o 3° maior desejo de consumo do brasileiro, como aponta a pesquisa IESS/Ibope, que já destacamos aqui. De acordo com o levantamento, os quatro itens mais desejados pelos brasileiros (tanto os que já contam com plano quanto os que não) são educação (1°), casa própria (2°), plano de saúde (3°) e seguro de vida (4°). 

O plano de saúde permanece como o terceiro maior desejo do brasileiro desde 2015, apesar de o País ter passado por momentos econômicos distintos, independentemente do momento econômico, se as famílias estão com mais ou menos renda, mais ou menos endividadas ou mesmo do nível de emprego no País, o desejo por planos de saúde se manteve elevado nas 3 edições da pesquisa, 2015, 2017 e 2019.  

Além disso, os números da pesquisa indicam que esse desejo está mais diretamente relacionado com a percepção de qualidade dos planos de saúde do que uma eventual percepção negativa da capacidade de atendimento do sistema público. 

De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros que não têm plano de saúde já contaram com o benefício em algum momento e 73% desejam ter/voltar a ter plano médico-hospitalar. E o principal motivo para desejar contar com um plano deste tipo, apontado por 82% dos entrevistados, é a qualidade do atendimento, entendida como maior facilidade de acesso e disponibilidade de tecnologia médica mais recente. Vale destacar que grande parte das opiniões é emitida com base em experiência própria e não percepção a partir de comentários de conhecidos, pesquisas e notícias.  

Olhando as três edições da pesquisa, nota-se que houve uma mudança na primeira colocação entre os beneficiários de planos de saúde. Em 2015, educação era o item mais desejado, seguido por casa própria. Em 2017, a ordem foi alterada, com moradia própria se tornando o maior desejo dos beneficiários. Já este ano, educação voltou ao topo da lista. Acreditamos que a mudança se deu por conta do momento econômico. Em 2017, o desemprego tinha atingido proporções muito elevadas e muitas famílias estavam passando por dificuldades para se manterem em dia com as prestações da casa própria ou mesmo pagar o aluguel.  

Fora do setor de saúde suplementar, a pesquisa também demonstrou outros desejos dos brasileiros e que há poucas diferenças entre aqueles que têm planos e os que não tem. A distinção entre os desejos de beneficiários e não beneficiários começa a aparecer no 5° item da lista. Enquanto os beneficiários desejam contar com previdência privada, os não beneficiários anseiam por celulares. Mas a diferença é pequena. Previdência privada é o 6° maior desejo dos não beneficiários e celular, o dos beneficiários. 

Confira a lista dos maiores desejos dos beneficiários e não beneficiários de planos de saúde: 

  

BLOG_1

Maio 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Como já abordamos em diferentes momentos e, recentemente, na última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) e em nosso “Painel da Odontologia Suplementar (2011 a 2017)”, o segmento de planos exclusivamente odontológicos tem evoluído a passos largos no País.  

Por meio dessas publicações, mostramos a maior profissionalização e a oferta cada vez maior desta modalidade por parte das empresas aos seus colaboradores com o objetivo de atrair e reter talentos. Importante ressaltar que enquanto os planos médico-hospitalares registraram o rompimento de mais de três milhões de vínculos desde 2014, o os exclusivamente odontológicos passaram a atender quatro milhões de novos beneficiários. Movimentos completamente antagônicos. 

Importante, portanto, iniciativas que colaborem ainda mais com o desenvolvimento desse setor, como a nova edição do SIMPLO, realização do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (SINOG) e da Universidade Corporativa ABRAMGE (UCA), que acontece essa semana em São Paulo. Desde 2006, o evento apresenta conteúdos e discussões que fazem parte da rotina das operadoras de planos odontológicos, como novas tecnologias, métodos e processos para o aperfeiçoamento desse mercado. 

Inspirado no tema Resiliência e adaptação: os caminhos para a sobrevivência da Odontologia Suplementar, a 14ª edição acontecerá nos dias 9 e 10 de maio, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo.  

A programação completa pode ser vista no site oficial do evento. Nós estaremos por lá e traremos novidades sobre esse setor. Fique ligado. 

Abril 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

O setor de saúde suplementar e o mercado de trabalho formal estão vivendo uma relação dicotômica extremamente positiva. Como mostramos aqui, a partir dos dados do último Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar, o setor tem impulsionado a criação de postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Acontece que, ao mesmo tempo, a geração de empregos formais tem motivado a contratação de planos de saúde. 

De acordo com a última edição da NAB, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 0,5% entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, um aumento de 220,3 mil vínculos. No mesmo período, foram criados 173,1 mil novos postos com carteira assinada. 

Mesmo que o ritmo de retomada do mercado de trabalho formal esteja abaixo daquele previsto no início de 2018, o avanço constante desse indicador tem uma influência muito positiva sobre a economia como um todo. Por exemplo, gerando incremento na renda das famílias, na capacidade de consumo e de acessar crédito além de influenciar na confiança da população. Com isso, é natural que as pessoas que se viram obrigadas a deixar o plano ao longo dos últimos quatro anos comecem a recontratar o serviço. Especialmente porque este é um dos três maiores desejos do brasileiro, após educação e casa própria, conforme mostra a pesquisa IESS/Ibope

O resultado foi impulsionado pelos números do Estado de São Paulo, que teve 136,9 mil novos vínculos firmados nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano. Alta de 0,8%. O Estado conta com 17,3 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, o que representa mais de um terço (36,4%) do total do País. 

Por outro lado, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais continuam enfrentando resultados negativos. Juntos, os três Estados registraram o rompimento de 81,9 mil vínculos. São, justamente, aqueles apontados com a pior situação fiscal por um relatório recente da Tendências Consultorias publicado pelo G1 e pelo IG. O que reforça a ligação entre a economia local e a contratação de planos de saúde. 

Iremos analisar mais números da NAB nos próximos dias. 

Março 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Há algum tempo temos reforçado a importância da geração de postos de trabalho com carteira assinada para uma retomada consistente do mercado de saúde suplementar, especificamente no que tange à contratação de planos médico hospitalares. Em nossa Área Temática você pode encontrar várias referências ao tema. 

Basicamente, contudo, a relação é simples: os planos de saúde são um dos três bens mais desejados pelos brasileiros, de acordo com a pesquisa IESS/Ibope. É um dos últimos bens que as pessoas abrem mão quando perdem renda e tem que cortar custos e um dos primeiros serviços que recontratam quando recuperam o emprego ou recompõem a renda de alguma forma. 

Os trabalhos informais, no entanto, não costumam oferecer nem estabilidade para as pessoas investirem em um plano, nem o benefício de um plano de saúde, como já apontamos aqui

Assim, a informação apontada no último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de que a economia brasileira fechou fevereiro com saldo de 173,1 mil postos de trabalho formal é extremamente positiva para o setor. 

O resultado foi a maior alta para o mês nos últimos cinco anos. E se analisamos os dados por setor da economia, é fácil notar que Serviços (+112,4 mil) e Indústria (+33,5 mil) foram os segmentos que mais contrataram. Esses são, também, os setores que historicamente mais oferecem o benefício de plano de saúde aos seus colaboradores, normalmente amparados nos acordos coletivos. 

Resta, agora, ver como o total de beneficiários vai se comportar na próxima Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). Não deixe de acompanhar. 

Março 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de publicar a última edição do boletim Conjuntura Saúde Suplementar. A publicação traz os dados consolidados do mercado de saúde em 2018 e os compara aos principais indicadores econômicos, traçando um paralelo para explicar, por exemplo, a alta de beneficiários de planos de saúde, especialmente nos planos coletivos. Um movimento que está intrinsicamente ligado à geração de empregos no País, especialmente aos postos de trabalho com carteira assinada. https://apps.facebook.com/candycrush/?fb_source=bookmark&ref=bookmarks&count=0&fb_bmpos=_0 

De acordo com o Conjuntura a taxa de desocupação encerrou o ano passado em 11,6%, com tendência de queda. O que é positivo para o setor de saúde e para a economia como um todo.  

Infelizmente, o resultado foi impulsionado, principalmente, por empregos informais e por isso teve sua influência do mercado de planos de saúde dissipada. Como o boletim explica, isso acontece porque esses trabalhos oferecem uma remuneração menor e sem benefícios, como plano médico-hospitalar, plano odontológico, ou mesmo outras contrapartidas ainda mais comuns, como vale transporte e alimentação. 

Além de possuir esses benefícios, a remuneração média de uma pessoa com carteira assinada no setor privado no País é de R$ 2.129. Por outro lado, um colaborador no mercado informal recebe em média R$ 1.371 e os trabalhadores por conta própria, R$ 1.670. O que compromete a capacidade dos indivíduos e das famílias de contar com um plano de saúde, por mais que o desejem -  como já mostramos aqui e em outras oportunidades que tivemos de comentar a pesquisa IESS/Ibope

Janeiro 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

A necessidade de transparência e combate ao desperdício sempre foi uma das “bandeiras” que mais defendemos. Ao longo do último mês, especificamente, abordamos exaustivamente o assunto, destacando que a “Ausência de ato regulatório impacta 15% das despesas com saúde suplementar no Brasil” e os “Tipos de fraude na saúde”, entre outros pontos de destaque do estudo especial “Arcabouço normativo para prevenção e combate à fraude na saúde suplementar no Brasil”, que fizemos em parceria com a PwC Brasil. 

Já que temos cobrado (e estimulado) a adoção de políticas que combatam esses problemas, não poderíamos deixar de parabenizar iniciativas nesse sentido. É o caso da RN 443, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determina a adoção de práticas de governança corporativa pelas Operadoras. Apesar de o Caput da resolução (o breve descritivo que vem no topo da normativa) falar em “práticas mínimas de governança corporativa”, consideramos que é um primeiro passo importante. 

A RN 443 foca, principalmente, em mecanismos para garantir a solvência das Operadoras de Planos de Saúde (OPS) e, com isso, assegurar a capacidade de atendimento de beneficiários. O que, certamente, é positivo e desejável. Entretanto, o que mais nos chama atenção é o primeiro princípio a ser considerado para a determinação das práticas e estruturas de gestão corporativa: transparência, com “divulgação clara, completa e objetiva de informações”. 

Claro que a medida está restrita às OPS e, infelizmente, não atinge toda a cadeia da saúde suplementar. Mas é um primeiro passo no combate de fraudes e desperdícios. Um importante primeiro passo. 

Setembro 2017
Salvar aos favoritos Compartilhar

A pesquisa de “Avaliação dos Planos de Saúde” IESS/Ibope apresenta distintas características de beneficiários e não beneficiários de planos de saúde em relação aos cuidados da saúde, além de destacar a satisfação dos beneficiários com os planos de saúde médico-hospitalares e outras informações. 

Um dos dados apontados na pesquisa é de que beneficiários de planos de saúde possuem hábitos mais saudáveis e tendem a cuidar melhor de sua saúde com a realização de consultas e exames com maior frequência do que os demais brasileiros, conforme mostramos aqui no blog

Ainda sobre esta questão, um dos dados mais surpreendentes da pesquisa diz respeito à saúde do homem. No grupo de beneficiários de planos de saúde, o percentual de homens que realizaram exames de próstata se manteve estável – 61% na pesquisa anterior (2015) e 62% na pesquisa atual, de 2017. Chama a atenção, entretanto, a diminuição da porcentagem de entrevistados, do grupo de não beneficiários, que dizem realizar exames de próstata: enquanto a pesquisa de 2015 apontou que 51% dos homens realizaram esses exames, os números recentes mostraram incidência de 38% dos respondentes, uma queda de 13 pontos porcentuais.

A pesquisa IESS/Ibope aponta que cerca de 42% dos beneficiários afirmaram usar o serviço de saúde para acompanhamento, por rotina ou prevenção, enquanto que essa frequência entre os não beneficiários foi de 25% em 2017. Pelos beneficiários terem uma frequência maior de exames de rotina ou prevenção, eles consequentemente apresentarão maior prevalência de exames de próstata. Segundo levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) 51% dos homens com mais de 45 anos não foram ao médico recentemente. Já dados do Ministério da Saúde mostram que as consultas ao urologista são de 3 milhões anualmente, enquanto ao ginecologista chega a 20 milhões.

É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.

Agosto 2017
Salvar aos favoritos Compartilhar

Você acredita que o plano de saúde deveria cobrar mais barato de quem tem hábitos de vida saudáveis? No total, 837 pessoas responderam nossa última enquete nas redes sociais e a resposta da maioria (62,8%) foi “Sim”. 

O resultado foi similar ao encontrado na pesquisa IESS/Ibope, que que revelou que 74% dos brasileiros acreditam que quem tem hábitos saudáveis deveria pagar mensalidades de plano de saúde mais baratas. 

Claro, nossa enquete é apenas uma ferramenta de interação, que não tem o mesmo peso de uma pesquisa com metodologia bem desenhada como a pesquisa IESS/Ibope. Dos 837 votos únicos (consideramos apenas um voto por usuário, independentemente de quantas vezes você votou) 526 votaram “Sim” e 311 (37,2%), “Não”.

Obrigado a todos que participaram! Nos próximos dias, iremos apresentar um post com nossa analise sobre o tema.