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Presença feminina registra recorde em planos de saúde, aponta IESS

NAB
Junho 2025
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  • Relatório mostra que 27,6 mi são beneficiárias de planos médico-hospitalares (53% do total de vínculos) 
  • Avanço está ligado ao emprego formal e à valorização do cuidado em faixas etárias mais elevadas 

 

São Paulo, junho de 2025 - O volume total de mulheres na saúde suplementar brasileira atingiu o maior patamar já registrado: 27,6 milhões de beneficiárias em abril de 2025, o equivalente a 53% dos 52,3 milhões de vínculos médico-hospitalares ativos. A informação consta na mais recente edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB nº 106), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A íntegra está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-06/NAB%20106_CAE.pdf

 

A Análise Especial da publicação aponta que o avanço da presença feminina se deve a uma combinação de fatores como recomposição do mercado de trabalho formal, envelhecimento da população, e uma crescente valorização da atenção à saúde em todas as fases da vida. Em comparação com o pico anterior, registrado em 2014, com 26,6 milhões beneficiárias, o número atual representa um acréscimo de 1 milhão de vínculos femininos.

 

“O crescimento mais expressivo nas faixas de 40 a 49 anos e acima de 75 anos revela uma preocupação crescente das mulheres com saúde preventiva e acesso ao sistema privado de saúde”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

A análise etária reforça essa tendência. Entre 2020 e 2025, o número de mulheres com planos médico-hospitalares cresceu 9,2%, com destaque para os grupos de 45 a 49 anos (+27,6%), 40 a 44 anos (+21,9%) e 75 a 79 anos (+24,4%). Por outro lado, houve retração entre crianças de 0 a 1 ano (-12,3%) e 1 a 4 anos (-7,8%), indicando desafios na inclusão de públicos mais jovens e como reflexo da migração etária em curso no País.

 

“A saúde suplementar deve enxergar essas informações como um ponto de atenção e garantir estruturas de cuidado preventivo e tratamento adequadas às especificidades da saúde feminina. As mulheres, historicamente, são mais cuidadosas com a saúde do que os homens — e isso deve ser considerado no planejamento dos serviços”, avalia Cechin.

 

Os planos coletivos empresariais continuam sendo o principal canal de acesso das mulheres à saúde suplementar. Em abril de 2025, 69,2% dos vínculos femininos estavam associados a essa modalidade — o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de beneficiárias. A região Sudeste concentra a maior parte desse público: 59,6%, com destaque para o estado de São Paulo, que sozinho concentra 9,7 milhões de mulheres com cobertura médico-hospitalar privada, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões.

 

“O vínculo formal de trabalho é a base da saúde suplementar no Brasil. Quando há mais mulheres no mercado formal, há mais mulheres com acesso a planos de saúde empresariais”, reforça Cechin.

 

Mercado

 

A NAB também detalha o panorama geral da saúde suplementar. Entre abril de 2024 e abril de 2025, o número total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 1,9%, com 996,8 mil novos vínculos. Já os planos exclusivamente odontológicos apresentaram um avanço ainda mais robusto: 5,9% de crescimento, com 1,9 milhão de novos contratos, totalizando 34,8 milhões de beneficiários.

 

Essa expansão está diretamente associada à recuperação do mercado de trabalho. O estoque de empregos formais no país passou de 46,5 milhões para 48,1 milhões de vínculos celetistas ativos, conforme dados do Novo Caged. Só o setor de serviços gerou 867.204 novos postos com carteira assinada, o maior crescimento absoluto entre os segmentos econômicos.

 

“O comportamento dos planos coletivos empresariais praticamente espelha o movimento do emprego formal. Não é coincidência que, em 12 meses, o número de beneficiários desse tipo de plano tenha crescido 3,9%, com 1,4 milhão de vínculos a mais”, pontua Cechin.

 

A íntegra da NAB nº 106, com gráficos e tabelas por faixa etária, estados, tipo de contratação e evolução por modalidade das operadoras, está disponível no site do IESS: www.iess.org.br

 

Sobre o IESS

 

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Jander Ramon

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